terça-feira, 4 de outubro de 2011

Os loucos, os tolos e os deuses.

By Ed René Kivitz


Limite para liberdade soa como contra senso. Mas não é. A razão é simples: dividimos o mundo com mais de 6 bilhões de pessoas. Quem leu Freud sabe disso: “a civilização descreve a soma integral das realizações e regulamentos que distinguem nossas vidas das de nossos antepassados animais, e que servem a dois intuitos, a saber: o de proteger os homens contra a natureza e o de ajustar os seus relacionamentos mútuos”. Em outras palavras, para sobreviver num universo hostil, cujas forças da natureza espalham sofrimento e desolação, e em meio às gentes dominadas por paixões e com tendências à violência, o ser humano precisa engolir o sapo de aceitar limites à sua liberdade. Não é sem razão que muita gente vive com ânsias de vômito.

A questão, portanto, é distinguir quais são os tais limites à liberdade que devem ser aceitos daqueles contra os quais devemos nos rebelar. Há os que escolhem a própria consciência como paradigma único: eu sou assim; faço o que quero; não admito negociar meus valores; não me submeto a regras idiotas; não me curvo às autoridades; me recuso a manter minha consciência nas fronteiras do socialmente aceitável e politicamente correto. Muitos desses foram loucos, ou rebeldes sem causa, idiotinhas vendendo a alma pelos seus 15 minutos de fama, alguns tantos movidos pelos demônios dos infernos, e outros inescrupulosos prepotentes, coisa de mau caratismo mesmo. Mas não há como negar que muitos desses que pensaram e viveram fora da caixa foram profetas construtores de novos paradigmas de civilização, personalidades à frente de seu tempo que hoje reverenciamos, e um deles até hoje é considerado Deus – Jesus de Nazaré. Esses últimos tinham em comum que quase nenhum escolheu ser quem foi, quase todos lutaram com todas as forças tentando negar o que eram e, com uma exceção, jamais imaginaram que no futuro ocupariam a prateleira das personalidades inspirativas da humanidade. Quem acredita que é, quase sempre não é.

A maioria dos mortais, entretanto, escolhe viver nos limites da média dos valores consensados por suas respectivas sociedades. Os lúcidos questionam os valores coletivos à luz de seus valores pessoais e aceitam o fato inevitável de que o jogo comunitário exige três passos para frente, dois passos para trás, e humildemente submetem suas convicções particulares ao crivo coletivo, acreditando que no conflito e no debate das ideias, a média dos valores consensados vai sendo qualificada no esforço de todos pelo bem comum.

Os limites às liberdades individuais são definidos, portanto, pela média dos valores consensados por uma sociedade. Cada sociedade tem seus valores considerados sagrados ou intocáveis. Em 2005, o jornal dinamarquês Jyllands-Posten publicou as 12 caricaturas intituladas “Os rostos de Maomé” que, em janeiro de 2006, foram também publicadas na revista norueguesa Magazinet. A polêmica foi grande e os grupos islâmicos radicais protestaram com veemência o fato de alguém ousar fazer humor com Allah e Maomé. O mesmo acontece com a comunidade judaica que legitimamente protesta contra o desrespeito à memória do Holocausto, e com os negros que corretamente se ofendem com as piadas de cunho racista. Mas no Brasil sobram anedotas com o Cristo crucificado. A diferença é clara: cada sociedade tem sua média consensada de valores considerados sagrados, seus níveis de tolerância para as diferentes maneiras como podem ou devem ser tratados, e sua índole peculiar que permite maior e menor flexibilidade na manipulação de seus afetos. Essa é a razão porque os brasileiros somos capazes de chorar o luto dos nossos ídolos e contar piadas a respeito deles ao mesmo tempo. Ayrton Senna recebeu tanto o melhor do nosso riso quanto de nossas lágrimas.

Mas uma coisa não se pode negar. Quando alguém cruza a linha e resvala, ainda que irresponsável e displicentemente, no que é considerado sagrado e intocável por uma sociedade, qualquer que seja ela, a resposta é imediata e contundente. O comentário de Rafinha Bastos a respeito de Wanessa Camargo e seu ventre materno extrapolou os limites aceitáveis. No Brasil, você pode contar piada sobre Jesus, José e Maria, mas não pode fazer graça com pedofilia. Quem não respeita limites impostos pelo consenso para a sua liberdade, cedo ou tarde acaba crucificado. O tempo se encarrega de mostrar se o morto será esquecido como louco, sepultado como tolo, ou adorado como Deus.

Extraído do blog do Pr Ed René Kivitz

Foto: Rolling Stones

Lido no Pavablog

A depressão não precisa ser o fim.

By Carlito Paes


Quando você passa por problemas difíceis como doença, luto, desemprego, traumas e se não tomar alguns cuidados, poderá entrar em um estado de depressão. Talvez você esteja atravessando graves problemas que o estão deixando muito mal ou, agora mesmo, esteja bem no meio do “olho de um furacão”, se sentindo menos que nada e estar entrando em depressão.

Para o diagnóstico de depressão foi criada uma tabela. Nela, cinco ou mais dos sintomas relacionados devem estar presentes. Um é obrigatório: estado deprimido ou falta de motivação para as tarefas diárias há pelo menos duas semanas. Os sintomas para diagnóstico de depressão são os seguintes:

- Tristeza constante (deprimido);
- Interesse diminuído ou perda de prazer para as atividades de rotina;
- Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
- Dificuldade de concentração;
- Fadiga ou perda de energia;
- Insônia ou sono excessivo;
- Agitação ou retardo;
- Falta de apetite ou fome constante e
- Ideias decorrentes de morte ou suicídio.

As respostas afirmativas determinam o grau de depressão, divididos em três grupos;

Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido
Distemia: 3 ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido.
Há diversas abordagens para o tratamento da depressão, entre elas destacamos o psicológico, medicamentoso e o espiritual. Dentro de uma perspectiva espiritual, você precisa entender que durante a depressão aquilo que você pensa é o que determina a qualidade do seu dia. Alguém pode usar sua mente como depósito de pensamentos ruins. Você não se dá conta e acha que todo pensamento é seu. Mas pode não ser. Quando você põe um vigia à porta da sua mente, para observar seus próprios pensamentos, você pode atacar uma das fontes do problema que é maligna. Na Bíblia, a mente é também chamada de coração. Em Provérbios diz: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração porque dele procede as saídas da vida.”

A Bíblia relata alguns casos de depressão nos quais Deus aplicou as três abordagens mencionadas. Vejamos o caso do profeta Elias:

“Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. E deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro…” (I Reis 19:4-5)

Sintomas do profeta Elias: isolamento, desânimo, sensação de inutilidade, sono excessivo e desejo de morte. “E deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro; e eis que então um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas, e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho” (I Reis 19:5-7).

Tratamento físico aplicado por Deus: alimentação (levanta-te, come) e palavra de ânimo (porque te será muito longo o caminho), ou seja: não acabou, você viverá e há coisas por fazer.

Tratamento psicológico: como se estivesse no psicólogo, pede e permite que o profeta fale sobre suas angustias e tristezas, insistindo que ele ponha para fora tudo aquilo que o incomoda (Que fazes aqui Elias?) “E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o SENHOR…” (I Reis 19:11)

Tratamento espiritual: a presença de Deus restaura, traz animo e vigor. “Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” (Isaias 40:31).

Se você está depressivo, busque ajuda, não se isole, existe uma clara esperança. Sua depressão tem cura, tenha fé e busque em Deus e cerque-se de pessoas do bem. Levante-se e busque ajuda!


Extraído do site "Artigos do Pr. Carlito Paes"
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