sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Na Confissão Positiva, nada é por acaso.

By Thiago Lima Barros


Caso não se arrependam, ou não tenham se arrependido em vida, os grandes corruptores da fé cristã (Essek Kenyon, Kenneth Hagin, Benny Hinn e Cia. ltda.) ouvirão de Cristo o já conhecido “apartai-vos de mim”. Quando isso acontecer, eles verão que de Deus, realmente, não se zomba, pois se há uma coisa pela qual Ele preza é pela sua soberania sobre tudo e todos, conforme registrado em Sua Palavra.

O “quadrado tenebroso” da teologia da mágica gospel – Confissão Positiva, Teologia da Prosperidade, Batalha Espiritual e Quebra de Maldições – no afã de elevar o ser humano ao controle de todas as situações possíveis e imagináveis, faz de tudo para negar o senhorio divino, reduzindo o Criador, em suas alucinações, é claro, a um reles fantoche em suas mãos pecadoras, obediente a comandos risíveis (ordeno, determino, profetizo, tá amarrado, tomo posse...) e “atos patéticos”.

A sensação que me fica é de nada disso surgiu meramente de uma leitura equivocada das escrituras ou, no caso de Hagin, de alegados “revelamentos” hauridos de idas e voltas habituais ao Céu e ao Inferno. Parece mesmo a criação deliberada de uma doutrina para-cristã, pois a leitura cuidadosa de algumas das bases doutrinárias desses heresiarcas, mesmo não guardando semelhanças perceptíveis, aponta para essa emasculação do poder da Trindade. Aliás, esse foi um dos pontos que favoreceu a adesão maciça à magia branca cóspel, pois eles não têm uma estrutura eclesiástica centralizada, e muito menos uma construção doutrinária sistêmica, valendo-se de livretos superficiais, de fácil leitura e sem embasamento bíblico, a maioria escrita por Hagin e Hinn, para propagarem seus ensinos mentirosos.

(Foto - Hagin na capa da famosa "palavra da fé")

O exemplo que cito neste artigo é dos mais batidos: a grossa e deslavada mentira que dá conta de uma suposta descida de Jesus ao Inferno, entre a Crucificação e a Ressureição, para ser torturado por Satanás e suas hostes, a fim de supostamente pagar a pena imposta pelos nossos pecados, e que inclui uma triunfal reviravolta, com Jesus virando o jogo e tomando supostas chaves das mãos do Diabo, com o propósito de libertar a humanidade da sentença de morte que havia sobre ela. Tão fundamental é esse ensino para os falsos profetas da Confissão Positiva, que uma das mais conhecidas discípulas de Hagin em nosso país, a cantora mineira Ana Paula Valadão (cujo irmão, André, estudou no Rhema Bible Training Center, fundado por Hagin em Tulsa, Oklahoma, EUA), compôs uma música que o expressa de maneira patente, denominada, ironicamente, “A Vitória da Cruz (confira a letra anti-bíblica de Valadão).”

Ora, pensaria o heresiarca, se um mal deve ser cortado pela raiz, então o “mal” da soberania de Deus deve ser abatido no nascedouro, e assim as pessoas acreditarão mais no seu próprio poder! E fazer isso negando ou mitigando a eficácia do sacrifício de Jesus terá um efeito devastador sobre Deus (é ou não é para rir de uma patacoada dessas?). Sim, pois a majestade de Cristo, mesmo exaurido de suas forças e dilacerado pelos ungulae e lanças romanos, se revela quando ele proclama: “Está consumado”! Omitir esse dado da exegese do texto, pensaram, teria o efeito de tornar o Filho do Homem um mero joguete nas mãos de Satanás, e deixar a estrada livre para o primado da fé na fé, e não em seu Autor e Consumador.

Mas a mentira cai por terra quando se lê a Palavra de Deus. Glosando Renato Vargens (ele põe essa frase em 11 de cada 10 posts de seu blog, risos), “como costumava dizer o reformador João Calvino, o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e ela é o escudo que nos protege do erro”. Lucas 16:19-31 nos mostra que havia uma proximidade física entre os destinos dos que morriam com ou sem Deus: os primeiros iam para o Seio de Abraão, ou Paraíso; os segundos, para o Inferno (gr.: hades; hb.: sheol). E havia um grande abismo separando esses locais (v. 26), apesar de a comunicação verbal ser possível.

(Foto - Confira na imagem acima a inspiração da logomarca de Valadão)

Lúcifer jamais esteve em nenhum desses dois compartimentos. Segundo o texto sagrado, ele é o príncipe das potestades do ar (Ef. 2:2), o que sugere que ele habita ao redor da nossa atmosfera, sondando oportunidades para agir em desfavor dos homens (Jó 1:7). Como, então, ele e suas legiões estariam no mundo dos mortos para torturar o Filho de Deus?

O relato feito por Pedro em sua primeira epístola (3:19-20) fecha o cerco. Jesus, como homem, cumpriu as ordenanças que Ele mesmo, como Deus, havia determinado. Se Ele mesmo profetizara que desceria por três dias e três noites ao seio da terra (Mt. 12:40), assim ele o fez, mas não para ser torturado. Ele foi para lá para anunciar que a salvação, pela qual os fiéis que criam em seu advento esperavam, fora finalmente consumada! Sim, pois se a nossa alma e espírito ficam em estado consciente após a morte, quanto mais os do Príncipe da Paz? Afora isso, o Senhor também se dirigiu especificamente aos que foram descrentes nos dias de Noé e do dilúvio. Um ser torturado, “apegando o verminoso”, nas palavras blasfemas de Kenneth Copeland, teria tamanha autoridade? É evidente que não.

Tancredo Neves, mineiríssimo como o pão de queijo e a família Valadão, dizia que, quando a esperteza é muita, fica grande e come o dono. E é o que ocorre com os tupiniquins seguidores das doutrinas espúrias de Hagin e assemelhados. Pensavam que todos engoliriam suas esparrelas com aparência de piedade – até porque, convenhamos, o final da historinha a que nos referimos é um climax perfeito para os triunfalistas. É óbvio que milhões de pessoas no globo, principalmente na África e América Latina, aderiram a esse concílio de morte. Porém, a fé da verdadeira Igreja é uma só: Jesus não veio para se sujeitar Diabo, mas sim para destruir as obras dele (I Jo. 3:8), o que, convenhamos, é muito mais glorioso.

E pouco nos importam os milhões que estão com Macedo, R.R. Soares, Valdemiro, Valadões e assemelhados: minoria com Deus é maioria. No recente entrevero envolvendo o capo da Universal e a prima donna da Lagoinha, assistimos a uma briga do sujo com o mal-lavado, em que os fâs dos dois contendores se atracaram, sem saberem que, na verdade, essa era uma guerra dentro da mesma facção (Hagin deve estar se revirando no túmulo!). O Nosso Deus, por sua vez, vê no imbróglio uma oportunidade para mostrar, mais uma vez, a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Ele e o que não serve (Ml. 3:18).

Pra terminar, se eu fosse analisar os scripts elaborados por Deus e por Hagin, eu não vacilaria um instante em escolher o primeiro: é muito mais épico e glorioso. O roteiro do heresiarca ianque cheira a canastrice do começo ao fim!

Portanto, joguemos no lixo as doutrinas espúrias das estrelinhas góspeis e fiquemos com a boa e nova Palavra de Deus.



Thiago Lima Barros, diácono, funcionário público, concurseiro, dublê de teólogo e de crítico de cinema.

Extraído do Genizah Virtual

Adoração não é brincadeira.

By Renato Vargens

Ontem, durante a mesa redonda da 27ª Conferência Fiel para Pastores e Líderes, ouvi uma frase do Dr. Heber Campos que mexeu comigo. Ao dissertar sobre a glória de Deus, Heber afirmou de forma extremamente emocionada que adoração não é brincadeira e que os homens prestarão contas ao Senhor por aquilo que tem feito dela.

Pois é, à luz dessa afirmação fico pensando sobre aquilo que parte dos evangélicos tem chamado de adoração. Infelizmente em nome de uma espiritualidade equivocada, pastores e cantores estão brincando com a glória de Deus entoando cânticos cujo objetivo final visam a satisfação humana. Há pouco ouvi uma destas canções cujo "espírito da música" era ordenar que Deus os abençoasse poderosamente dando-lhes bens, propriedades e riquezas.

Caro leitor, por favor, pare, pense e reflita nas letras das músicas que são tocadas nos cultos evangélicos. Sinceramente algumas delas são absurdamente ridículas, além obviamente de um mal gosto musical que denota a incompetência dos compositores. Se não bastasse isso, os princípios teológicos disseminados nestas canções são destruidores.

Sinceramente fico a pensar por que os músicos de nossas comunidades evangélicas não submetem suas "poesias" a pessoas qualificadas para que à luz das Escrituras avalie o conteúdo de suas canções.

Outro dia tomei conhecimento de uma versão evangélica da música "Bonde do Tigrão" intitulada “Bonde do Ungidão”. Tal canção baseia-se no funk e numa de suas famosas músicas muito tocada neste país há alguns anos passados, senão vejamos:

Quer mudar, quer mudar
Ungidão vai te ensinar
Eu vou passar óleo na mão
Vou sim meu irmão Vou ungi você varão
Vou sim, vou sim
Orando de hora em hora
Vou sim ,vou sim
Conquistar sua vitória
Agora, agora Eu vou passar óleo na mão
Vou mostrar que o ungidão
O senhor é Jesus Cristo
Então desperta, desperta
E o Bonde do Ungidão
Segure a Bíblia e levante a mão
É o bonde do ungidão
Quer mudar quer mudar
Ungidão vai te ensinar
Só as varoas / hú,hú,hú,hú,hú
Abençoadas / hú,hú,hú,hú,hú,hú
Varões de guerra / hú,hú,hú,hú,hú,hú
A igreja toda / hú,hú,hú,hú,hú,hú

Pois é, esse povo está brincando com coisa séria. Estão brincando com a glória de Deus! Quão temível é isso!

Caro leitor, infelizmente em nome de uma pseudo-espiritualidade circence, ligamos o nosso achômetro na tomada da sintologia esquecendo de fazer da Palavra de Deus referência para as nossas vidas. Mais do que nunca torna-se necessário que redescubramos a importância e a centralidade da Palavra de Deus. Em tempos como este é mister que sejamos como os de Bérea, ou seja, fazendo da Palavra de Deus a bússola que norteia os nossos passos e caminhos.

Como inúmeras vezes afirmei neste blog, confesso que estou absolutamente perplexo e preocupado com os rumos da igreja evangélica. Chego a conclusão de que mais do que nunca a igreja brasileira precisa URGENTEMENTE de uma nova reforma. Como costumava dizer o reformador João Calvino o verdadeiro conhecimento de Deus está na bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro. Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.

Pense nisso!

Extraído do blog do Pr. Renato Vargens
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