terça-feira, 8 de novembro de 2011

Deus tira a mão do meu bolso!

By André Sanchez

Quando falamos em honrar a Deus muitas coisas passam pela nossa mente. Pensamos que alguém que honra a Deus o respeita, o obedece, o ama, tem fé Nele, vive uma vida que o agrada. Tudo isso é honrar a Deus, mas poucas pessoas pensam que Deus também deve ser honrado através dos seus bens, dos seus ganhos, do seu dinheiro.

Aliás, honrar a Deus através do “bolso” parece ser um assunto que poucos querem falar e refletir; não é muito popular. Grande parte das pessoas tem o seu “bolso” como um território sagrado, só seu, e do qual ninguém tem o poder de tocar ou determinar regras. Em alguns casos, nem Deus tem essa “permissão”.

Deus não se agrada quando partimos a nossa vida em áreas, onde, em algumas delas Ele domina e é honrado, e em outras não. Deus quer ser honrado por 100% do que somos e por 100% do que temos. Assim, os nossos recursos financeiros também devem ser instrumentos para honrar a Deus.

“Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações” (Pv 3:9 – NVI)

Existem pelo menos três formas de honrar o Senhor com nossos recursos:

1- Sustentando a obra de Deus

Deus estabeleceu que a manutenção de Sua obra fosse responsabilidade daqueles que o amam e o honram. A proclamação do evangelho é de graça, mas é bancada financeiramente pelas pessoas que honram a Deus. Quase tudo que fazemos neste mundo capitalista custa alguma coisa, assim, é responsabilidade dos que amam a Deus custear as despesas realizadas em prol da realização da obra de Deus.

2- Usando dos recursos que Deus nos deu com sabedoria

Honramos a Deus quando não somos caloteiros, usurpadores, avarentos e mal falados. Deus é honrado quando somos diligentes na administração dos recursos financeiros que Ele nos deu, quando agimos de forma equilibrada e correta no uso do nosso dinheiro e dos nossos bens.

3- Olhando para o próximo

Muitas pessoas passam por dificuldades. Honramos a Deus com nossos recursos, quando somos altruístas, quando olhamos com carinho para a necessidade dos outros, e, na medida do possível, abrimos a nossa mão com amor em favor da necessidade de alguém.

Como anda seu bolso? Está honrando o Senhor através Dele?


“Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações” (Pv 3:9 – NVI)


Extraído do blog "Esboçando Idéias"

Você chama isso de relacionamento?

By Ed René Kivitz


Acabei de dar uma espiada na minha caixa postal de emails. Concentrei a atenção nos emails recebidos. A lista é imensa, classificadas em categorias do tipo:

. não lidos

. lidos e esquecidos

. lidos e com resposta pendente

. não sei porque ainda estão aqui

. não faço ideia do que se trata

. não sei quem é essa pessoa

. o que é que eu tenho a ver com isso

. meu Deus do céu, como deixei passar isso

dentre outras.

A maioria classificada na categoria:

. baixou, não posso ler ou responder agora, faço isso depois, esqueci porque baixaram mais, e agora não sei o que fazer com isso

Evidentemente me senti péssimo por deixar algumas pessoas sem resposta. Lamentei profundamente esse vácuo dos relacionamentos e comecei a pensar coisas do tipo:

. acho que isso já foi resolvido sem a minha ajuda

. cansou de esperar a minha resposta

. como será que as coisas se resolveram, se é que se resolveram

. será que ainda posso fazer alguma coisa

. o que é que as pessoas pensam de mim

. nossa, deve estar pensando que eu sou inacessível

O sentimento que me invadiu foi um misto de vergonha, culpa, e indignação. Na verdade uma mistura de sentimentos que somados dá qualquer coisa muito ruím. Mas não me dei por vencido e me dediquei a fazer o que geralmente faço quando estou em apuros: pensar. Aprendi com Jesus: o antídoto contra a ansiedade é a reflexão – pare e pense, veja se o que você está sentindo é racional e justificável. Foi essa a recomendação que ele fez aos ansiosos: preste atenção nos passarinhos e nas flores, e veja se a sua ansiedade tem algum fundamento razoável, isto é, veja se faz sentido você se sentir desse jeito.

Foi então que me surgiram alguns insights, suficientes para que eu consiga ir para a cama um pouco mais leve, já que já passa das dez da noite e acabaram de chegar mais dezessete emails em minha caixa postal.

Considere comigo. Há apenas alguns anos, caso uma pessoa desconhecida ou de relacionamento distante desejasse falar com você, tal pessoa deveria (1) esperar até conhecer você pessoalmente e receber de você seu telefone de contato, momento quando você escolheria se iria informar o telefone particular ou de trabalho, ou (2) acessar você através de uma pessoa conhecida, um amigo comum por exemplo, ou então (3) fazer contato ligando no seu local de trabalho para encaminhar assuntos profissionais. Mas as redes sociais abriram um acesso de relações jamais imaginado e impossível de ser controlado.

O celular deixa você à distância de alguns toques no teclado e você recebe torpedos desnecessários com comentários bobos de gente que se julga íntima. O twitter (quem mandou ter twitter?) faz surgir em suas mentions comentários do tipo “chupa @edrenekivitz” logo em seguida ao primeiro gol do Corinthians num jogo em que os gambás tomaram de 3. Desconhecido o remetente, não respondi, até porque não gosto de bater em bêbado.

Mas o sério mesmo é o email. Os maiores culpados são os caras que desconhecem o significado daquele CCo na terceira linha do cabeçalho do email a ser enviado. Recebo um sem número de emails circulares com cópias abertas, e fico sabendo do email de um montão de gente com quem não tenho qualquer contato pessoal. Caso os emails coletivos fossem enviados com Cco, isto é, cópia oculta, minha privacidade e a dos meus pares seria protegida. Mas em tempos de www. privacidade é algo ultrapassado.

Outro dia mesmo eu estava almoçando na residência de uma família amiga e alguém me fotografou à mesa para postar no seu facebook ou twitter, sem a menor preocupação em saber se eu queria que minha vida privada fosse compartilhada com seus quatrocentos e vinte e sete “amigos”.

O email e o twitter substituiram o contato pessoal. Isso signfica que antigamente o número de pessoas com quem teríamos algum contato que demandaria resposta cabia na agenda diária. Algo semelhante ao que acontece com os médicos. Você deseja uma consulta com o Dr. Fulano De Tal? Marque uma consulta. Caso ele não possa atender você nessa semana, aguarde o próximo horário disponível, pois o Dr. Fulano De Tal só consegue atender oito pessoas por dia. Mas imagine que o e-mail do Dr. Fulano De Tal fosse público e que em média ele recebesse 40 mensagens de possíveis pacientes contendo relatos de situações pessoais com descrições de sintomas e histórico de exames e tratamentos aos quias já se submeteram. Imagine também que alguns desses constassem URGENTE no campo Assunto do cabeçalho do email. Certamente chegaria o dia quando o Dr. Fulano De Tal olharia sua caixa postal e se daria conta de centenas de mensagens pendentes não respondidas e algumas inclusive sequer lidas. E provavelmente seria invadido por um peso imenso, pensando no destino de cada um dos pacientes que fizeram contato virtual.

Foi o que aconteceu comigo hoje.

Visto no Genizah Virtual e extraído do site do autor
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