segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Tatuagem, pode?


Uma Resposta Pastoral

As Escrituras declaram que o nosso corpo e templo do Espirito Santo conforme I Coríntios 6.19 “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” Sendo assim é sensato de fato procurar saber qual o padrão de Deus para esse templo.

Temos apenas um texto que fala sobre o marcar o corpo que se encontra em Levítico 19.28
Contudo não temos um claro e explicito mandamento sobre esta questão nas Escrituras, mas temos alguns princípios que pode te ajudar a decidir sobre isso.

Essa formula serve para nos ajudar discernir entre o que é certo e errado.

Questão 1: O que estou prestes a fazer e útil ou proveitoso – fisicamente, mentalmente e espiritualmente? Convém que seja feito?
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm.” I Coríntios 6.12

Questão 2: O que estou prestes a fazer pode me dominar?
“Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” I Coríntios 6.12

Questão 3: O que estou prestes a fazer ofende a outros? Escandaliza?
“E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.” I Coríntios 8.13

Questão 4: O que estou prestes a fazer glorifica a Deus?
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” I Coríntios 10.31

Sabendo que não somos guiados por regras e sim pelo Espirito Santo, e o modo pelo qual o Espirito Santo nos guia é por meio da Palavra de Deus. Leia e medite nestes versículos, e que a vontade de Deus se cumpra sobre a sua vida.

Por João Vitor, colaborador do Voltemos ao Evangelho

Uma Resposta Reflexiva

Penso que se pregar o não-uso de tatuagens (poderia ser um brinco ou uma calça jeans) pela imagem da tradição, pela exaltação da identidade da denominação, pelo glória da imagem moral de si mesmo, Deus ficaria em segundo plano e nesse caso a pregação do não-usar tatuagem seria pecado, pois desfoca a glória de Deus e coloca nas atitudes morais.

Da mesma forma, se quero usar uma tatuagem para afirmar a minha identidade, para confrontar “o sistema” com a liberdade da minha mente, para atrair os olhares e sensualizar, o uso da tatuagem (ou de uma calça jeans) se torna pecado, pois mais uma vez a imagem do homem num prazer fútil coloca Deus de lado.

Enfim, o objetivo do coração do crente é que é o problema. Não a atitude.

Simão, o mago, buscava gozar dos dons do espírito – Paulo dizia que devemos buscar – mas ele o fazia com objetivos completamente carnais e não-regenerados. Se fazemos ou nos abstemos de algo sendo guiados por objetivos baseados em nossos próprios desejos não-regenerados cometemos pecado. Mais específico: se tatuamos ou deixamos de tatuar baseados em nossos próprios desejos não-regenerados cometemos pecado.

Por Bruno Curnha, colaborador do Voltemos ao Evangelho

Uma Resposta Teológica

Levítico 19:28 condena tatuagens no Israel antigo. Essa proibição fazia parte do “código de santidade”, uma seção extensa de Levítico dedicada a leis que foram dadas a Israel para distinguir o povo das nações ao redor deles. Os gentios usavam tatuagens, portanto, Israel não deveria usá-las para fornecer uma demonstração visível do fato que Israel era “santo” (isto é, separado como especial para Deus). A partir do contexto de Levítico 19:28, parece que as tatuagens especificamente proibidas eram aquelas recebidas como parte de uma cerimônia pagã, embora alguns pensem que é uma proibição ampla contra todas as tatuagens.

Contudo, quando Cristo veio, ele derrubou a parede divisória entre judeus e gentios (Ef. 2:12ss.). Especificamente, isso significa que as leis que foram dadas para separar Israel do restante das nações, são agora contraproducentes se aplicadas na mesma forma que o Israel antigo as observava. Devemos adaptar nossa aplicação da Lei para seguir o seu propósito original à luz das mudanças que Cristo trouxe.

Considere o exemplo da circuncisão. Essa estipulação distinguia Israel dos cananistas na Terra Prometida. Mas o Novo Testamento nos ensina claramente que ser santo para Deus não mais requer ser circuncidado (e.g. Rm. 2; Gl. 2; 5). A circuncisão era um símbolo exterior de dedicação a Deus. Mas esse símbolo exterior, dividindo povos ao longo de linhas raciais, não é mais útil. O povo de Deus procede de toda nação, e os símbolos de santidade que devemos carregar agora são um coração puro (e.g. Rm. 2:28-29, que também era requerido no Antigo Testamento) e o batismo (que não tem quaisquer conotações raciais, e substituiu a circuncisão como o sinal do pacto; Cl. 2:11-12).

Ora, isso não é dizer que tudo o que aparece no “código de santidade” pertence somente a tal separação – há outros fatores em ação também, tais como os morais (a moralidade de Israel era para ajudá-la a se distinguir das outras nações). Se alguém está convencido que as tatuagens eram uma questão moral, então tal pessoa deve se abster delas. Eu, contudo, não posso pensar em nenhuma razão para a tatuagem ser uma questão moral – certamente a Bíblia não declara que existem falhas morais envolvidas no uso de uma tatuagem, não importa qual seja o contexto. O caso seria muito similar aos mandamentos que não devemos cortar o cabelo em redondo ou danificar as extremidades da barba (Lv. 19:27). Essas são práticas inocentes em si mesmas. Elas eram erradas no antigo Israel por causa de sua associação com práticas pagãs (tais como adivinhação, rituais de morte, prostituição cúltica, etc.; cf. Lv. 19:26-31). Se essas ações não possuem associações perversas em nosso tempo, não existe nenhuma razão para proibi-las.

Por Ra McLaughlin

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

Disponibilizado por: monergismo.com

O Upgrade Burro da Igreja


Um dia eu entrei no Twitter e deparei-me com uma ameaça imposta numa tarja laranja, bem berrante, que dizia: “you will automatically be upgraded to New Twitter very, very soon” (ou, numa tradução livre: “seu Twitter automaticamente sofrerá um upgrade para o Novo Twitter muito, muito em breve”). Por alguns segundos fiquei ali, parado, meio estarrecido com a imposição de algo que não quero, meio decepcionado por perder uma interface que caminha comigo há dois anos e que me atende perfeitamente bem. Quando lançaram o novo twitter eu tentei usar, confesso – mas odiei. O visual é confuso, não encontrava as funcionalidades que mais usava… o caos. Estressado e meio perdido, cliquei no botão salvador que me levou de volta à segurança do meu bom e velho twitter. Ah, sim, agora eu estava em casa! Que upgrade que nada, deixem-me em paz com aquilo que funciona bem e que tem funcionado tão bem há tanto tempo!

Isso é fruto de uma mania: nossa sociedade vive a ditadura do upgrade. Meus aplicativos do iPhone vivem recebendo upgrades, toda semana tem algum. Até mesmo meu notebook tem as famigeradas “atualizações automáticas” (ou seja: upgrades que independem de eu clicar em qualquer botão) que, por diversas vezes, já causaram problemas no meu computador. Tem momentos em que tenho vontade de gritar: “Deixem-me em paz! Não preciso de mais upgrades! Deixem-me com o que funciona!”. Aí a Apple lança a versão 2.1.0.2.3.5 do Ipad e aquele meu amigo, com a gana típica da sociedade de consumo, corre à meia-noite para a fila da loja para adquirir o último modelo, antes que… Bem, antes que nada, porque se ele permanecesse com seu antigo Ipad continuaria tão feliz como antes, resolvendo sua vida tão bem como antes e jogando paciência da mesma forma que antes.

Mas fato é que vivemos numa sociedade de consumo. Se você para de consumir, as empresas param de ganhar dinheiro. Então não tem a menor importância para elas nem é vantajoso para elas que aquilo que você tem atenda perfeitamente suas necessidades: por meio da propaganda e do marketing as companhias vão te convencer de que você precisa de um upgrade, do mais recente, da novidade, caso contrário você será o mais desgraçado e anacrônico homem das cavernas. IPhone 3GS? Fala sério, seu velho! Carro modelo 2009? Ah, faca-me rir. Windows XP? Meu Deus, em que mundo você vive? (Só a título de registro, uso até hoje o Win XP e só troco sob decreto presidencial, pois essa antiga versão é bem melhor do que as que lançaram depois – os malditos upgrades).

A verdade é que vivemos na era do upgrade. Que é uma era ditatorial. Se não fazemos upgrade de tudo é sinal que somos ultrapassados, múmias caquéticas de um tradicionalismo vazio, escravos de antigos pensamentos, retrógrados descontextualizados, pessoas que não querem se adaptar e falar a linguagem dos nossos dias, ortodoxos que não entendem a cultura do século 21. E esse pensamento tem invadido tsunamicamente a Igreja. E, em especial, os redutos jovens da Igreja.

Precisamos de um upgrade na Igreja?

O cristianismo tem 2 mil anos de vida. Nesses dois milênios tanta coisa aconteceu! Mártires deram suas vidas por Cristo, homens sinceros e tementes a Deus discutiram com firmeza e honestidade de fé as doutrinas verdadeiras da Bíblia, hereges e seus pensamentos foram deletados pelo crivo de homens conhecedores das Escrituras, pensamentos apócrifos foram derrotados pela prova do tempo, milhões de cristãos anônimos chegaram ao conhecimento da salvação pela igreja institucional e hoje nos aguardam no descanso celestial. A Igreja também errou muito, como absolutamente qualquer agrupamento ou comunidade formada por seres humanos erra: errou na Inquisição, errou nas cruzadas, errou na omissão diante do nazismo, errou com as indulgências Sim, errou, como eu erro e como você, leitor, erra. Mas vislumbrou os erros, pediu perdão publicamente por muitos deles e, com esse reconhecimento, hoje podemos não cometer os mesmos erros – cometemos novos, não os mesmos.

A comunidade de fé cristã passou por reformas, tem sobrevivido heroicamente ao câncer do liberalismo teológico, trouxe a neo-ortodoxia, conheceu o Movimento Pentecostal moderno, viveu grandes despertamentos e épocas de trevas e frieza espiritual. Hoje a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo é uma senhora vivida, experiente, que carrega consigo a sabedoria dos séculos. E que chegou até nós oferecendo ao cristão do século 21 tesouros do conhecimento bíblico, preciosidades da vivência daqueles que testaram de tudo antes que nós sonhássemos em nascer. A Igreja de que você faz parte hoje carrega em si o sangue dos mártires, o heroísmo dos reformadores, o conhecimento de centenas de estudiosos e pensadores, a devoção de pessoas maravilhosas, como Francisco de Assis, Teresa D’Ávila, Thomas-à-Kempis, John Wesley e outros seres humanos magníficos… Ou seja, eu e você recebemos de herança na nossa era o legado de uma Igreja que foi provada e aprovada pelos milênios, que aprendeu, feriu e foi ferida, errou, acertou e chegou cheia de cicatrizes mas também cheia de vida até nós. Uma vida insuflada pelo Espírito Santo, que fortalece, aperfeiçoa e vivifica a Noiva do Cordeiro.

Aí um dia eu acordo de manhã e descubro que estão querendo fazer um upgrade na Igreja.

Assustado, vejo grupos que querem acabar com a igreja institucional. Outros que querem legitimar uniões que a Bíblia não legitima. Olho para os lados e vejo denominações fazendo um upgrade na missão da Igreja, transformando-a de piedade em prosperidade material. “Que vida humilde que nada, a nova versão da Igreja oferece carro do ano, emprego, fortuna e fama”, promete o rótulo da caixa. Outros ainda que acham que a versão 2.0.1.1 da Igreja está descontextualizada da nossa cultura e que por isso devemos abandonar tudo o que vivemos em 2 mil anos, vestir calças jeans rasgadas e pregar Cristo como se Ele fosse um rock star. Que devemos falar palavrões, ouvir músicas com letras questionáveis, frequentar antros onde pulula o pecado, chamando isso de “contextualização”. Mas esse upgrade que querem fazer não é contextualizar, é simplesmente transformar filé mignon espiritual em papinha de neném, porque, afinal, o mundo engole papinha com mais facilidade. Queremos dar papinha para o mundo engolir algo que nunca precisou dessas estratégias “contextualizadas” para ser engolido. Há ainda muitas outras formas de upgrade do cristianismo puro e simples, que tenta dar caras novas e funcionalidades novas para algo que funciona muito bem, obrigado, há 2 mil anos – conduzindo pessoas ao conhecimento de Cristo e à salvação de suas almas.

O upgrade do Evangelho não é a resposta. Podcasts moderninhos não vão revolucionar a pregação da Palavra. Falar e se vestir como qualquer pessoa do mundo underground não vai fazer a antiga tradição de homens de fé como Agostinho, Wesley, Whitefield, Atanásio, Bunyan e outros perder sua validade. Com todo respeito, esse é um upgrade burro. Pois simplesmente não traz nada de novo que sirva para melhorar algo antigo que estava ruim. É só uma nova embalagem, coloridinha, bonitinha, mas de um papelão bem sem qualidade. Que não soma nada vezes nada à mensagem da Cruz.

“Ah, Zágari, mas se não contextualizarmos o Evangelho as novas gerações não aceitarão Cristo”. Chego a rir quando ouço isso. Os que propõem esse upgrade se esquecem dos jovens que durante dois mil anos viveram uma vida com Cristo sem precisar de nenhuma novidade, nenhuma contextualização que fuja dos padrões ortodoxos. Os jovens metodistas de Oxford viveram a fé porque conheceram o amor de Cristo e não porque um deles pintou o cabelo de vermelho. Os morávios não glorificavam em paz o Senhor ante o risco iminente da morte porque alguém falou gírias e palavrões a eles. Os jovens cristãos que foram dilacerdados por feras no Coliseu não estavam nem aí para o que a sociedade em que viviam dizia. Os jovens pietistas, os puritanos, os monges pré-reformados, tantos e tantos, jovens e mais jovens e mais jovens viveram o cristianismo versão 1.0 por séculos sem precisar de upgrade algum. Basta ter um mínimo de conhecimento histórico para saber dissso.

Tudo o que eles tinham era a Palavra. E a pregação da Verdade. E isso ainda é tudo de que nossos jovens precisam hoje. E nada mais.

Quem não vier a Cristo pela simples proclamação do plano de salvação, meu amigo, pode ter certeza de que não virá porque no upgrade da fé ligaram pedal de distorção na guitarra, puseram pedal duplo no bumbo e falaram gírias no meio da pregação. Isso é pura criação de nicho, embalada pela lógica da sociedade de consumo. Isso mesmo. O que um ou outro líder quer fazer para encher suas igrejas e ganhar notoriedade é lançar uma versão do cristianismo com upgrade. Upgrade de prática, de discurso, de aparência, de métodos e estratégias, de liturgias, de jargões e de locais de reunião. Upgrades que só mudam o hardware do Evangelho e não melhoram em nada o software. Pois esse não precisa de nenhuma mudança, nunca precisou e nunca vai precisar. É o que é. Sempre foi e sempre será. E sofro por ver legiões de jovens que não enxergam isso, agarrados ao desejo consumista de ter a nova versão, de conseguir o produto com upgrade, de mostrar para os amigos que não fazem parte da fé “velha” e “tradicionalista”, mas que estão na crista da onda da modernidade cristã. Que são cool. Uhu!

Uhu? Fala sério…

No dia em que meu Twitter sofrer o upgrade automático eu ficarei triste. E peço a Deus que o Evangelho nunca tenha que enfrentar nenhum upgrade. Pois Ele é o mesmo ontem, hoje e será para sempre. Se encontrar um jovem pecador, seja onde for, em que época for e em que ambiente social for, eu lhe direi: “Você é um pecador, mas Jesus Cristo morreu e ressuscitou pelos seus pecados e se você entregar sua vida a Ele hoje e passar a viver como um discípulo do Mestre ele te justificará, regenerará, adotará e te fará caminhar com Ele por toda a eternidade, numa vida de amor, justiça, paz e devoção de um ao outro”. Depois, e só depois, eu me preocuparei com esse papo de contextualização. Mas, sinceramente? Aí eu acho que isso já nem será necessário, pois, uma vez que a Palavra da Salvação é proclamada, o Espírito Santo é suficientemente capaz de salvar quem Ele quiser dentro do contexto que Ele quiser. O resto é pura invencionice humana.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Escrito por: Mauricio Zágari
Fonte: Gospel Prime

Pastor realiza Culto Cristão em Boate após a balada – Confira…

Dentro da boate na rua Augusta, 486, SP, um culto cristão começa depois da balada de sábado na direção do Pr. Junior Souza(foto).O Clube Outs abre suas portas no sábado às 3h a dezenas de flanelados, tatuados e emos para dançar hits da música pop dos anos 1980 e 90.-CONFIRA VÍDEO NO FINAL DO POST E COMENTE…

Para entrar, é preciso enfrentar seguranças engravatados e desembolsar R$ 20. Lá dentro, flanelados, tatuados e emos.

(Na foto) O pastor Junior Souza, 37, que fundou a Capital Augusta há dois anos, em frente à boate onde acontecem os cultos

No dia seguinte, por volta das 18h, a casa continua a mil. Mas as portas estão abertas a qualquer um. Sob a luz de holofotes, uma banda anima um público jovem. Num telão, letras de músicas sobre louvor e compaixão. No bar, as garrafas de Smirnoff e Heineken permanecem intocadas.

O show termina, e Junior Souza, 37, surge. Veste uma camiseta preta estampada com o símbolo matemático que representa o “diferente”, tem o antebraço tatuado e brinco na orelha.
Dá alguns avisos, indica o lugar onde fica a caixinha de contribuições e anuncia pelo microfone: “Agora a gente vai fazer um intervalo e já continua o culto, beleza?”.

A pausa serve para que os fiéis da Capital Augusta possam trocar ideias. A Capital, como os habitués a ela se referem, é uma igreja protestante, fundada em 2009 pelo pastor Junior. O grupo inicial era formado por músicos, designers e gente que “já vivia a vida da Augusta”, segundo o pastor, que é professor de inglês e dá aulas na Faculdade Teológica Metodista Livre.

Quando o intervalo termina, Junior, de frente para um laptop, começa a ler um versículo da Bíblia. Carismático, ele às vezes quebra a leitura e traduz um trecho sagrado para uma fala informal.

(Na foto) Culto da Capital Augusta, igreja que reúne cristãos protestantes aos domingos no Clube Outs, na rua Augusta

A maioria dos presentes ainda não chegou aos 30 anos. São jovens antenados, que compartilham sua fé no Facebook e no Twitter. No site da igreja, são disponibilizados podcasts religiosos.
Dono de um corpo tatuado, o skatista e publicitário Bidu Oliveira, 20, diz que sofreu preconceito em outras igrejas e ali encontrou uma comunidade. “O foco aqui é Jesus”, justifica.

A Capital permite a ingestão de bebidas alcoólicas, desde que com moderação. Sexo, melhor dentro do casamento. “O projeto ideal é a castidade, mas, se não é essa a sua realidade, vamos seguir o caminho da reparação”, aponta o pastor. Gays são bem-vindos. “Na Augusta, é natural que eles frequentem. Nosso slogan é: ‘Proibido Pessoas Perfeitas’.”

Além do culto no Outs, há reuniões semanais nas casas dos integrantes. “Ali dividimos as alegrias e frustrações da vida em SP”, diz Junior, um paranaense de Assis Chateaubriand.
Antes de chegar à capital, ele era ligado, no interior, a uma igreja Vineyard, associação criada na Califórnia dos anos 1970. Não gosta de ser chamado de evangélico. “Tenho vergonha do que esse termo se tornou no Brasil”, confessa.

O aluguel do imóvel na Augusta é bancado por 12 pessoas da liderança da Capital. O dinheiro das doações, segundo o pastor, vai para missões religiosas e outras instituições. Valentim Van der Meer, promoter da boate, diz que aceitou alugar o espaço por simpatizar com a igreja. “É o mesmo público que frequenta o Outs na balada.”

Por volta das 21h, o culto termina ao som de Metallica. Por uma coincidência irônica que só uma rua tão augusta pode permitir, a poucos metros dali, no número 501, fica o Inferno Club. “É legal ter uma igreja na porta do inferno, mas, infelizmente, ele não está acessível. Eles cobram o dobro do aluguel daqui”, diz o pastor, rindo.

Confira vídeo:
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Fonte: Folha.com – por: Juliana Vaz – post inforgospel.com.br
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