sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Jesus nunca idealizou uma igreja perfeita.

By Maurício Zágari

Igrejas são como zoológicos. Nelas há todo tipo de “animal”: ovelhas, bodes, serpentes, burros de carga, gorilas preguiçosos, muitos pavões e outros espécimens interessantes da fauna humana. Em meio a essa confusa Arca de Noé, é possível encontrar também uma alva e ativa pomba branca, que sobrevoa constantemente todos os outros animais. Ela remove com seu bico carinhoso todo tipo de parasita, pulga, espinho, farpa, carrapato e outras cracas daqueles bichos que lhe pedem auxílio, arrependidos por terem rolado na grama ou na lama e ali adquirido o que não deveriam. Como em todo zoológico, nas igrejas há de tudo, inclusive coisas ruins, como cheiro de estrume, fossos mal-cuidados, jaulas enferrujadas, animais que tentam comer o alimento uns dos outros e uma série de outros problemas. Não deveria ser assim, mas é.

Convidando visitantes

A grande questão aqui é que aqueles que fazem parte da congregação adotaram o hábito de, na maior parte das vezes em que convidam um visitante, promover o zoológico e não a pomba que ajuda a remover todos os carrapatos dos que entram pelas suas portas. Aliás, perdoe-me, a culpa é minha por não ter falado isso ainda: a pomba é a principal atração do zoológico. Os outros animais estão ali apenas para serem limpos por ela e para a amarem.

O resultado de convidarmos um visitante para conhecer o zoológico em vez de conhecer a pombinha é obvio. Se você chama alguém prometendo a ele que o zoológico será um lugar de animais educadinhos, sem sujeiras, onde os bichinhos não se estapeiam se são postos na mesma jaula… O que aquele visitante terá é uma enorme decepção ao ver como a coisa é de verdade. Seu passo seguinte será fazer o que qualquer um de nós faria: sair correndo daquele zoológico cheio de jardins mal-cuidados, macacos que atiram fezes nos visitantes e onde cada animal acha que sua jaula deveria ter mais destaque que a dos demais.

O mais triste disso é que cada visitante que chegou porque lhe dissemos que “o meu zoológico é abençoado” ou “o zelador do zoológico é muito legal” foi até lá cheio de pulgas, carrapatos, farpas e outras cracas e acabou indo embora sem ter a chance de ser limpo pela pombinha branca.

Por isso temos que acabar com essa mania de evangelizar as pessoas oferecendo igrejas em vez de Cristo. “Venha ao culto, minha igreja tem um astral superlegal”; “Venha ao culto, meu pastor prega muito”; “Venha à igreja, os irmãos são abençoados”; “Venha à igreja, o clima lá é ótimo”; “Venha ao culto, você tem algo melhor o que fazer domingo à noite?”. E por aí vai. Só que qualquer um desses discursos é errado.

Quer convidar alguém para a sua igreja? Seja honesto. Diga-lhe isto: “Venha à igreja, é uma instituição imperfeita, formada por pessoas imperfeitas, mas ali você ouvirá a pregação do Evangelho e, mediante isso, Jesus pode resgatar você da sua vida de pecados e salvá-lo para passar consigo a eternidade. Você verá que o pastor e os irmãos cometem muitos erros, mas de qualquer maneira é ali que você poderá ouvir a pregação das verdades divinas, é ali que vão orar por você, é ali em que poderá celebrar a cerimônia máxima da nossa fé – a Ceia do Senhor – junto com os irmãos, é ali que, depois que você amadurecer no Evangelho, poderá ajudar aqueles que chegarem em busca desse mesmo Cristo que nos redime e nos dá a vida eterna“.

O Espírito Santo não precisa que você venda ao pecador aquilo que é imperfeito para que ele corra aos braços dAquele que é perfeito. Você só tem que proclamar. Só. Mais nada. Quem convence é Ele. Quem dá o dom da fé é Ele. Quem tem graça a oferecer é Ele. Pare com essa mania de tentar convencer o pecador a se converter. Pare de encher a paciência das pessoas para que elas conheçam a sua igreja.

E, principalmente – pelo amor de Deus! – se na sua igreja fazem apelo ao final de cada pregação, não fique insistindo inconvenientemente ao convidado para que ele vá à frente e levante a mão diante da congregação. Se Cristo o salvar mediante a fé, o perdido será desperto pela pregação da Palavra: seu visitante receberá o toque do Espirito ali no banco mesmo, sem que você tenha de fazer nada. E das duas uma: ou ele vai à frente sozinho ou ele cai de joelhos, às lagrimas, sob o peso da consciência do seu pecado. Aborrecer as pessoas que não foram tocadas pela graça é perda de tempo e é antibiblico. Lance a semente. O resto é com Deus. É ou não é Ele quem dá o crescimento?

Jesus nunca idealizou uma igreja perfeita

Entenda uma coisa que em geral todos pensam o contrário: a proposta de Deus sempre foi uma igreja imperfeita. Jesus falou que o joio cresceria com o trigo até a época da colheita. Então por que a surpresa? Por isso os desigrejados me entristecem, porque não tiveram a capacidade de compreender a realidade da congregação dos santos, acharam que o zoológico fedorento seria um parque cheio de animaizinhos saltitantes e felizes. Então no primeiro coice que a zebra leva do camelo ela já quer pular fora.

Sim, somos um zoológico. Mas enquanto a pomba sem mácula sobrevoar a imundície dos animais que se aglutinam ali embaixo e cuidar para que todos os dias eles fiquem limpinhos… Não existe nenhum outro lugar do mundo em que eu prefira estar.


Eu preciso muito. Meus carrapatos, minhas farpas e minhas pulgas são feios e doem, machucam demais. E os seus? É por isso que, por mais que o zoológico seja muitas vezes um aglomerado de animais estranhos e com cheiros não muito agradáveis, é ali que eu estarei. Para que a pomba sem mácula pouse sobre mim diariamente e me livre das minhas sujeiras. Enquanto ela faz isso eu a acaricio e lhe agradeço eternamente, pois vejo na pontinha de suas asas e de suas patinhas furos provocados por cravos que dois mil anos atrás foram postos ali. E quando ela termina a limpeza do dia eu saio pelos portões do zoológico e vou anunciar ao mundo que só aquele lindo exemplar da fauna divina é capaz de resgatar todos aqueles que se entregarem a seus cuidados. Ela limpará todos esses de toda impureza, sujeira, parasitas e a dor que eles causam.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Extraído do blog "Apenas1"

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

E Deus escreveu no chão...

By Alan Brizotti


"Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo" (João 8.6)

A cena é devastadora: uma mulher desesperada, sentindo a morte rondar-lhe por todos os lados. Um grupo radical, legalista e sua armadilha dogmática e impiedosa. Olhares mistos: curiosidade, raiva, expectativa e até um certo êxtase macabro, afinal a multidão adora espetáculos dolorosos. A mulher, no centro de todos os ódios, na convergência efervescente de todas as teologias. O ápice do caos parece iminente. Parece...

Jesus também estava lá. Ele sempre está perto de quem sofre. É o Deus da empatia: do grego, "em" + "patos": dentro do sentimento. O Deus de todos os "ais". O Deus que se sensibiliza, que conhece os bastidores da fúria, as cavernas do medo, as raízes de amargura, as palavras que se mesclam aos gemidos, os sonhos destruídos, a dor em toda sua extensão.

Levaram uma mulher para ser morta dentro do Templo. Teologias da vingança, da fúria e do terror não respeitam geografias. Têm pressa para matar. São os caçadores de escândalos que Davi tão bem retratou no Salmo 35. 21: "Com a sua boca dizem: nós vimos, nós sabemos de tudo!" Gente triste que só consegue um mínimo de prazer ao destruir a alegria dos outros.

Eles queriam um espetáculo do terror, e Jesus lhes deu um: em suas próprias mentes: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra" (8.7). Em cada mente um tsunami de impurezas começa a jorrar. Somos feitos da mistura estranhamente complicada de imperfeições. Não podemos sair mirando, fulminando, julgando. Esses verbos são conjugados em nossas almas todos os dias.

Jesus, curvado, escreve no chão... Deus escrevendo no pó!

Foi a ação mais extraordinária que ele fez. E deu tão certo! Até hoje - séculos depois - ainda estamos olhando para aqueles rabiscos. Jesus tirou de cima da mulher TODOS os olhares. Ele a libertou da munição do olhar.

Silêncio. Talvez alguns soluços daquela mulher. O texto, a narrativa de João insiste em colocar a marca que os maldosos queriam tatuar nela: adúltera! Jesus não! Ele se levanta e a chama de "mulher" - devolve a dignidade que a marca queria roubar. Mulher! Então faz a pergunta que complementa o processo de liberdade: "Onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?" Só condena quem julga - e Jesus não a julgou, ele a curou!

O Deus que escreveu no chão agora escreve uma nova história: "Vá e não peques mais!" É como se o Éden fosse redimido. É Deus dizendo à sua filha: "É melhor ficar comigo!" Não peque! Mas, como o mesmo João vai escrever depois: "mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" (I João 2.1).
Por causa de Jesus sei que sou livre!


Extraído do blog Genizah Virtual

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dedique tempo para oração.

By Elionai Oliveira
Queridos e mui amados irmãos, paz e bem!

“Se pudéssemos dar a cada indivíduo a quantidade certa de nutrição e exercício físico, teríamos encontrado o caminho mais seguro para a saúde.” (Hipócrates)

Já que reconhecidamente os exercícios físicos fazem tão bem à saúde, como já observado anteriormente, ganhos como: Sentir-se melhor; manutenção e regulação do peso; melhora da postura deixando-a mais correta; articulações, coluna e pescoço ficam mais flexíveis diminuindo dores que ali se instalam; músculos tonificados e mais fortes, etc. Imagine o bem que os exercícios espirituais podem provocar. O apóstolo Paulo sublimou a regularidade da prática da piedade. “Pois o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, visto que tem a promessa da vida presente e da que há de vir.” (ITimóteo 4:8)

Os exercícios são mais bem assimilados quando feitos sob disciplina, regularidade e repetições. Segue hoje o segundo exercício do plano sugerido para seu crescimento e desenvolvimento espiritual. Deve ser praticado diariamente.

2. Dedique tempo para oração

A. Sem oração não há paz de Deus - Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. (Filipenses 4:6-7).

B. Na oração há uma força de Deus - Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai, para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, (Efesios 3:14,16,20).

C. Há uma oportunidade de Deus - Orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus nos abra uma porta à palavra, a fim de falarmos o mistério de Cristo, pelo qual também estou preso, (Colossenses 4:3).

D. Na oração há tranqüilidade de Deus - Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, (1Timóteo 2:1-4)

E. Orar com fervor
1. Enquanto você lê a Palavra de Deus, ore por sabedoria
2. Orar diariamente para ter, força, oportunidade, coragem, esperança.
3. Conforme necessidade, ore pela paz, cura e tranqüilidade.
4. Ore sempre e por todos os motivos. Não há nada que Deus não possa ouvir. Perseverai na oração, velando nela com ações de graças, (Colossenses 4: 2)
Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem retirou de mim a sua benignidade. Salmo_66:20

Quero sugerir sua visita a este vídeo



O Pr Elionai Oliveira é uma pessoa que tenho o prazer de chamar de amigo. Ele é pastor da Primeira Igreja de Carapicuiba, e contribui aqui em nosso blog.

5 razões por que, como crente, não tomo bebidas alcoólicas

By André Sanchez

O assunto bebidas alcoólicas e cristãos é bem polêmico. Resolvi fazer este artigo por dois motivos: Primeiro, porque vejo muitos cristãos perdidos sem saber muito o que pensar sobre esse tema. Segundo, por ver alguns crentes causando muitos estragos por causa da forma com que fazem uso das bebidas alcoólicas, sem refletir muito. Os motivos abaixo são os meus motivos. Espero que possam servir para reflexão e, quem sabe, de direção para algumas pessoas que se sentem perdidas nesse tema.

1) Cristo me libertou, sou livre

Jesus Cristo me libertou de quaisquer imposições que a sociedade, a carne ou o diabo possam colocar sobre mim. A liberdade que Cristo me dá é suficiente para que eu tenha plenas condições de dizer “não” a qualquer coisa que achar inconveniente, mesmo se me for licita biblicamente. A Bíblia não me manda tomar bebidas alcoólicas, por isso, tenho a liberdade de dizer “não” se enxergo que ela não me convém, sem ser condenado por isso.

2) A linha entre o beber “socialmente” e a embriaguez é difícil de ser traçada

Apesar de concordar que a Bíblia proíba apenas a embriaguez, me pergunto: Quanto de bebida é necessário para que eu me embriague? Ainda não encontrei alguém que respondesse satisfatoriamente essa questão. Além do mais, o consumo de bebida alcoólica pode facilmente me enganar e me levar à embriaguez. É o que acontece com a maioria. Toda pessoa embriagada diz saber o limite. Nesse sentido, o organismo de cristãos ou não cristãos é igual. O limite é quase sempre desconhecido.

Alguns países estabelecem limites que determinam o que é estar embriagado ou não. O interessante é que esses “limites” são bem diferentes entre eles. Qual seria o real? Não sei! Não existe um consenso. Por isso, prefiro não brincar com algo tão forte e viciante quanto o álcool.

3) Onde moro a bebida é mal vista na vida de um cristão

No lugar onde moro, bebida alcoólica não é associada com uma vida correta diante de Deus. Eu sei que Deus vê o meu coração, mas não posso desconsiderar que sou sal e luz. Não posso desconsiderar que, como crente, devo pastorear os mais fracos na fé e ser um testemunho positivo na vida de quem ainda não conhece a Deus. Pra mim o espiritual vem antes do material. Se algo material traz um mal espiritual a mim ou a outra pessoa, tenho plena liberdade em Cristo de abrir mão dele, mesmo que me seja licito. É o que Jesus fez: Abriu mão de si mesmo pelo próximo.

Além disso, algumas questões me levantam dúvidas: Que exemplo estou dando aos mais jovens ou as pessoas de minha comunidade? Quando eles me veem bebendo, será que entendem a forma correta de usar a bebida ou entendem de uma forma negativa o meu ato? Com meu testemunho estou levando mal ou bem para a vida das pessoas, baseado na forma como a minha cultura entende a bebida na vida do crente? E aquela parcela de pessoas que têm tendência ao alcoolismo, será que não posso ser uma pedra de tropeço a elas?

Por mais esse motivo, não me envolvo com bebidas alcoólicas.

4) Bebidas alcoólicas fazem bem a saúde?

Já vi médicos defendendo certas doses de bebida alcoólica como saudáveis. Mas já vi também médicos defendendo que a bebida é bastante prejudicial. Novamente se debate a respeito de qual seria a quantidade exata que faria bem. E também se seria aplicada a qualquer organismo. Outra coisa que me preocupa: Será que a indústria da bebida não move seus pauzinhos para fazer a bebida “aparentar” algo bom com o propósito de manter seus lucros? Não sei! Mas é uma possibilidade.

Deus me deu um corpo para eu cuidar. Diante dessas questões, prefiro ainda não beber bebidas alcoólicas.

5) Existem outras opções

A bebida está associada na maioria das vezes a comemorações, a momentos de lazer, a “rebater” o calor (Isso em minha região que é muito quente). Porventura não há outras opções? Não há uma diversidade de bebidas que pode substituir a alcoólica e me trazer o mesmo prazer sem maiores complicações? É evidente que há! O problema é que muitas pessoas já estão viciadas e acham que estão se controlando. Isso é um sério problema. Por mais esse motivo me abstenho das bebidas alcoólicas.

Que Deus nos ajude a enxergar os nossos atos com mais profundidade! E que os nossos atos sejam canal de benção e não de maldição para nós e para as pessoas.

Fique à vontade para colocar seus motivos a favor ou contra o uso de bebidas alcoólicas pelo cristão. Use os comentários

Extraído do blog "Esboçando Idéias"

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Eu fui ao inferno e falei com o diabo.

By Renato Vargens

Virou mania entre alguns evangélicos a afirmação de que foram arrebatados ao inferno, falaram com o capeta, bem como tiveram revelações extraordinárias sobre o sofrimento eterno.

Pois é, lamentavelmente esse tipo de coisa se tornou comum em nossos arraiais, até porque um número cada vez maior de pessoas advogam a causa de que tiveram experiências espirituais que lhes asseguram novos conceitos sobre a morada do cão.

O pior é que quando refutamos essas aberrações teológicas sempre aparece um engraçadinho dizendo: Vocês não acreditam no poder Deus, tem muita coisa nova sendo revelada pelo Espírito Santo, coisas essas que a Bíblia não diz!

Para piorar a situação os profetas de GEZUIZ colocaram no mesmo patamar as Escrituras Sagradas e suas experiências misticas esquizofrênicas. Há pouco, em resposta a um post onde afirmava a discordância bíblica sobre a ordenação feminina ao ministério pastoral, um louco me escreveu dizendo: "- O Apóstolo Paulo errou ao escrever sobre isso, a visão dele infelizmente estava equivocada."

Caro leitor, lamentavemente parte dos evangélicos relativizaram as Escrituras, mesmo porque, para estes as experiências e "revelações" do crente sobrepõem em muito a Palavra de Deus.

Prezado amigo, falta-me palavras diante de tanta ignorância. Confesso que me preocupa o fato em saber que crentes em Jesus preferem acreditar em fábulas a Palavra de Deus. Inevitávelmente isto me faz lembrar da 2ª carta de Paulo a Timóteo que diz: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (2 Tim:4.3,4)

O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro. Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento. Além do mais, afirmo sem titubeios afirmo que os ensinos dos profetas do inferno são anti-biblicos e devem ser rejeitados por todo aquele que ama a Deus e sua Palavra.

Isto posto, faço minhas as palavras do reformador alemão Martinho Lutero: "Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir."


Soli Deo Gloria,


Renato Vargens



Extraído do blog do Pr. Renato Vargens

Quem é Jesus Cristo para você? Parte I

By Carlito Paes

Visite qualquer parte do mundo hoje em dia e fale com pessoas de qualquer religião. Não importa o quanto estejam comprometidas com a sua religião em particular, se conhecem um pouco de história, admitirão que nunca houve um homem como Jesus de Nazaré. Jesus é a personalidade mais singular de todos os tempos. Ele mudou a direção da história. Até a data no seu jornal testifica o fato que Jesus viveu na terra há mais de 2.000 anos: a.C. significa "antes de Cristo"; A.D. Anno Domini, "o ano do nascimento do nosso Senhor".

Centenas de anos antes do nascimento de Jesus, as Escrituras registram as palavras de mais de 300 profecias de profetas de Israel que anunciaram sua vinda. Todos estes detalhes tornaram-se realidade, incluindo seu nascimento miraculoso, sua vida sem pecado, seus muitos milagres, sua morte e sua ressurreição.

A vida de Jesus, os milagres que fez, as palavras que falou, a morte na cruz, a ressurreição e Sua ascensão aos céus, demonstram que Ele não foi um simples homem, porém, mais do que homem. Ele mesmo afirmou: "Eu e o Pai somos Um" (João 10:30),"Quem me vê, vê ao Pai" (João 14:9), e "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim." (João 14:6).

A influência de Jesus é mostrada através da história. Sua mensagem tem produzido grandes mudanças nas vidas de homens e nações. Onde os Seus ensinamentos têm chegado, os direitos e a opinião das mulheres na sociedade foram reconhecidos; escolas e universidades foram estabelecidas; leis para proteger crianças e a escravidão foi abolida e uma multidão de outras mudanças foram feitas para o bem da humanidade. "Aquele que introduz nos negócios públicos o princípio do cristianismo primitivo mudará a face do mundo." Benjamin Franklin, século XVIII, norte-americano inventor e político.

Lew Wallace, famoso general e gênio literário, era um ateu conhecido. Por dois anos Wallace pesquisou nas principais bibliotecas da Europa e América procurando informações que destruíssem para sempre o cristianismo. Enquanto redigia o segundo capítulo de um livro que planejava escrever, subitamente encontrou-se de joelhos chorando e clamando por Jesus, dizendo: "Meu Senhor e Meu Deus." Por causa das evidências sólidas e irrefutáveis, não podia mais continuar a negar que Jesus era o Filho de Deus. Lew Wallace escreveu "Ben Hur", considerado um dos melhores romances ingleses, jamais escrito acerca da época de Cristo.

Do mesmo modo, o escritor C.S. Lewis, professor na Universidade de Oxford na Inglaterra, era um agnóstico que negou a divindade de Cristo por anos. Mas ele também, dentro de uma honestidade intelectual submeteu-se a Jesus como seu Deus e Salvador depois de estudar as evidências esmagadoras da sua divindade..

No seu famoso livro "Cristianismo Autêntico", Lewis fez a seguinte declaração, "Um homem que fosse um mero homem e dissesse o tipo de coisas que Jesus disse, não seria um grande professor de moral. Ele seria ou um lunático, igual a um homem que diz que é um ovo cozido, ou ele seria o diabo do inferno. Você terá que fazer sua escolha. Ou ele era e é o Filho de Deus, ou é um louco ou algo pior. Você pode tê-lo por um tolo ou você pode cair aos seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não é permitido vir com algum disparate sobre ele ser um grande mestre. Ele não nos deixou esta opção."

A maior parte das religiões foi fundada por homens e estão baseadas em filosofias, regras e normas de condutas feitas por eles. Tirem os fundadores destas religiões de suas disciplinas e práticas de adoração e pouco será mudado. Mas tire Jesus Cristo do cristianismo e não teremos nada. O cristianismo bíblico não é apenas uma filosofia de vida, nem um padrão ético ou obediência a um ritual religioso. O verdadeiro cristianismo está baseado numa relação vital e pessoal com um Salvador ressuscitado e vivo.

"Se alguma vez o Divino apareceu na Terra, foi na pessoa de Cristo." Johan Wolfang von Goethe, escrito pelo dramaturgo alemão nos últimos anos de sua vida.

Um abraço.

Pr Carlito Paes

Extraído do site "Artigos do Pr. Carlito Paes".

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cristão deve ouvir música do mundo?

By Maurício Zágari
Claro que não! Simples e objetivamente: um cristão não deve ouvir música do mundo. “Nossa, Zágari, agora você foi radical, pegou pesado!”, você poderia dizer. Calma. Antes que você, que discorda do que escrevi, me crucifique, é importante que você entenda exatamente o que estou querendo dizer. É que há um ponto nevrálgico nessa discussão: temos de entender precisamente o que é “música do mundo” – que não necessariamente é o que se costuma chamar por aí de “música do mundo”. Pois música “secular” é uma coisa, música “do mundo” pode ser outra completamente diferente. E aí nós temos uma questão interessante a debater. Que, para solucionar, temos que pensar sempre dentro da Bíblia.

(Só um alerta, em amor: essa questão não se define em 3 ou 4 parágrafos. Por isso, este será um post longo e, se você estiver sem tempo de ler ou não tiver paciência de ler textos compridos, sugiro que nem vá adiante. Mas, se quiser prosseguir, vamos juntos, passo a passo.)

1. O que a Bíblia chama de “mundo”?

Primeiro temos que compreender o que a Biblia chama de “mundo”. No contexto das Escrituras, “mundo” (do grego kosmos) é todo um sistema de valores e práticas que se opõem ao Evangelho, ou seja, àquilo que Jesus ensinou. Ao Reino de Deus. Às boas-novas de salvação. Logo, tudo o que contraria os genuínos ensinamentos cristãos, a ética cristã, a moral cristã, os conceitos bíblicos é… do mundo. E, nesse sentido, não é “mundo” com significado de “universo” ou “planeta terra”, mas no sentido de tudo aquilo que, em resumo, levaria Jesus a fazer careta.

2. Os cristãos não devem se misturar com o que é do mundo

Tendo entendido o que é “mundo” segundo a Biblia, vamos ao segundo passo: provar biblicamente que Jesus e o que é do mundo não se misturam. E, logo, que o cristão e o que é do mundo não se misturam. Para isso, vamos à Palavra de Deus:

1 João 2:15 – “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”.

João 1:10 – “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu”.

1 Jo 4.4,5 – “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve”.

João 3:17 – “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”.

João 15:19 – “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia”.

Há muitas outras passagens, como a famosa Jo 3.16, mas, para não tornar este texto demasiadamente enfadonho, acredito que essas já são suficientes para demonstrar essa realidade: se você é cristão, se você é sal da terra e luz do… mundo… não deve se misturar ao que vai contra Cristo e aos ensinamentos de Cristo.

E tudo o que vai contra Cristo… É mundo.

Até aqui tudo bem? Ficou claro que, segundo a Biblia, o cristão não deve se misturar com valores anticristãos, ou seja, mundanos? Ok então, vamos adiante.

3. O que é música “do mundo”?

Seguimos para o terceiro e fundamental passo: dedinir o que exatamente é “música do mundo” – aquela que, pelo que já vimos pelos dois passos anteriores, tem de ser evitada pelo cristão. “Música do mundo” seria, então, aquela que contraria o Evangelho, que se opõe aos ensinos de Jesus, que leva aos ouvidos (e, em seguida, ao cérebro e, como consequência, ao coração e à alma) mensagens que batem de frente com a ética de Cristo, com as boas-novas do Reino de Deus. Então, o conceito de “música do mundo” está ligado diretamente a aquilo que determinada canção diz: seus valores, sua filosofia, seus ensinamentos.

Portanto, biblicamente, uma música ser ou não do mundo não tem nada a ver com estilo musical, instrumentos utilizados, melodia, harmonia ou ritmo. Tem a ver com MENSAGEM. Com o que ela diz. Com o que ela defende. Com o que ela ensina.

Tendo compreendido isso, vamos falar a respeito de alguns mitos e algumas verdades sobre música “do mundo” e música “cristã”:

Fato 1) A Bíblia não determina cantarmos ou ouvirmos apenas músicas religiosas
Embora todos amemos e devamos louvar, elogiar o Senhor em canções e reconhecer quem Ele é e faz, a Bíblia não afirma diretamente em nenhuma passagem que o cristão só pode ouvir músicas que falem de Deus ou que sejam louvores. Pelo contrário, uma leitura atenta dos livros de Salmos, Cântico dos Canticos e até mesmo Jó, por exemplo, demonstram que a exaltação da criação de Deus, do amor, de sentimentos belos são algo lícito ao povo de Deus. O Salmo 150 infere que louvar deve ser uma explosão de amor pelo Criador. Mas não há proibição bíblica de cantar o amor de um homem pela mulher que ama, por exemplo. Assim, não é antibíblico (logo, não é pecado) eu escrever uma poesia de amor para minha amada ou mesmo uma que exalte as belezas da cidade onde vivo e em seguida musicar esses versos. Poderia, por exemplo, cantar…

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar


ou

Cidade maravilhosa,
Cheia de encantos mil!
Cidade maravilhosa,
Coração do meu Brasil!
Jardim florido de amor e saudade,
Terra que a todos seduz,
Que Deus te cubra de felicidade,
Ninho de sonho e de luz.


…e não estaria cometendo absolutamente nenhum pecado. Simplesmente porque nada do que a letra dessas músicas diz contraria o Evangelho, se opõe aos ensinos de Jesus, leva ao coração mensagens que batem de frente com a ética de Cristo, com as boas-novas do Reino de Deus. Então a conclusao lógica e bíblica é que músicas de amor, canções que exaltam belezas naturais ou até mesmo que, sei lá, contem uma história sobre dois capiaus em visita a uma fazenda – e muitos outros tipos de músicas seculares que não necessariamente são cantadas em igrejas, gravadas por cantores supostamente cristãos ou que sejam tocadas em rádios ditas “evangélicas” – são “música do mundo”. Simplesmente porque não se encaixam na definição bíblica de “mundo”. Não contrariam a Bíblia. Não se opõem a Cristo. Não ensinam nada diferente do que está nas Sagradas Escrituras.

São músicas seculares? Sim. São músicas que não necessariamente falam de Deus ou de seus feitos? São. Mas são músicas que contrariam Cristo ou o Evangelho? Não. Então, evidentemente não são louvores ou músicas sacras, mas também não são músicas “do mundo”, ou seja, músicas pecaminosas.

Fato 2) Muitas músicas seculares são sim “do mundo” e devemos evitá-las
Aí você pode estar pensando “Uhu! Então liberou geral! Posso ouvir o que quiser!”. Nananinanão. Não é bem assim. Biblicamente você pode ouvir uma música que não necessariamente fale de Deus, mas você SEMPRE tem que prestar atenção na letra das músicas, na MENSAGEM que elas transmitem. Se essas músicas apregoam valores antibíblicos, porque aí sim elas são músicas do mundo. E aqui vou dar exemplos práticos. Em pleno Rock in Rio, li no twitter uma cristã dizendo que estava triste porque não poderia assistir ao show dos Titãs. Por isso, decidi tomar esse grupo como exemplo. Bem, os Titãs têm músicas cujas mensagens são claramente antibíblicas. E, por definição, são “música do mundo”. Por exemplo, comecemos com a música mais óbvia, chamada Igreja. Leia com atenção a letra, com especial atenção ao que está em negrito:

Eu não gosto de padre
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei.
Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém.
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis.
Não! Não!
Eu não gosto do terço
Eu não gosto do berço
De Jesus de Belém.
Eu não gosto do papa
Eu não creio na graça
Do milagre de Deus.
Eu não gosto da igreja
Eu não entro na igreja
Não tenho religião.
Não!
Não! Não gosto! Eu não gosto!
Não! Não gosto! Eu não gosto!


Agora… você, que é cristão, me responda sinceramente: você cantaria essa música achando que “não tem nada a ver”? Se alegrando, sorrindo e pulando? Isso é algo que uma pessoa lavada e redimida pelo sangue daquele que foi à Cruz pelos pecadores sai cantando feliz da vida? Haveria anjos ao redor se alegrando? Você responda.

Vamos a outra: Homem Primata. Selecionei um trecho:

Vamos a outra: Homem Primata. Selecionei um trecho:

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pro céu
É bom aprender
A vida é cruel…


E aí, crente? Cantamos e nos alegramos cantando isso? “Deus contra todos”? Por favor, apenas pare um minuto para pensar no que você está cantando: “Deus contra todos“! Como assim?!

Para completar o pacote, só mais uma, da qual extraio um trecho: Epitáfio

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar…


O acaso? Mas se a Bíblia diz que há um Deus que controla todas as coisas, como seria possível que “o acaso” protegesse alguém? Biblicamente, “acaso” é um conceito que não existe. Logo, Epitáfio traz uma mensagem antibíblica. E, logo, lamento informar, é música do mundo.

Usei os exemplos do Titãs porque é um grupo bem conhecido e você possivelmente já cantou essas canções (e outras que são tão chulas que nem me atrevo a escrever a letra aqui), como eu mesmo já cantei milhares de vezes antes de Jesus me converter, fui a shows, comprei os CDs. Só que aí somos salvos, o Espírito Santo passa a habitar em nós e começa a nos convencer do pecado, da justiça e do juízo. E você, que é salvo, sabe como essas coisas nos incomodam, não é? Aí você começa a ouvir as MENSAGENS que grupos como os Titãs passam em músicas como essas (e olha que só citei três, hein) e algo faz um clique no teu espírito sobre esse papo “careta”, “radical”, “ortodoxo” e “fundamentalista” de “não ouvir música do mundo”.

Mas, para não ficarmos falando somente de uma banda, deixe-me pegar apenas um outro exemplo de um universo de grupos e cantores que poderiam pegar: o conhecido Barão Vermelho. Seleciono uma música que tem um título bem sugestivo e que era a minha preferida deles antes de Jesus me justificar, chamada Nunca existiu pecado. Reproduzo as 3 primeiras estrofes:

A rapidez velha do tempo
Revive inquisições fatais
Um novo ciclo de revoltas
E preconceitos sexuais


Por mais liberdade que eu anseie
Esbarro em repressões fascistas
Mas tô a margem disso tudo
Desse mundo escuro e sujo


Não tenho medo de amar
Pra mim nunca existiu pecado
Essa vida é uma só
Nesse buraco negro eu não caio.


Ou seja, Barão Vermelho está defendendo por meio da mensagem dessa letra que:
1. Não existe pecado;
2. O Cristianismo é sexualmente preconceituoso;
3. A ética de Cristo é uma “repressão fascista” porque contraria aquilo que o pecador deseja fazer;
4. Quem afirma que existe pecado (obviamente nós, cristãos) representa um “mundo escuro e sujo”;
5. A defesa da ideia de que existe pecado é um “buraco negro”.
.
Agora me diga você: em sua opinião, a letra dessa música contraria o Evangelho, se opõe aos ensinos de Jesus, leva ao coração mensagens que batem de frente com a ética de Cristo, com as boas-novas do Reino de Deus… ou não? Se a sua resposta foi “sim”, então essa é uma música “do mundo”. Portanto, chegamos aqui à grande conclusão: segundo os padrões bíblicos, “música do mundo” NÃO é sinônimo de “música secular”. Logo, as músicas do mundo sim, devemos evitar. As seculares, não necessariamente.

Fato 3) Não existe um estilo musical chamado “música evangélica”
O que existe é música feita a partir de realidades bíblicas. E que podem ser feitas em diferentes estilos. “Vem com Josué lutar em Jericó…”, por exemplo, é rock. “Aquele que tem sede busca beber da agua que Cristo dá…” por sua vez, é axé. Cassiane em geral tem muito forró. E por aí vai. Logo, não existe nenhum estilo “maldito” ou, como diz um amigo meu, “não existe dó maior ungido e sol sustenido endemoninhado”. Se você for analisar com cuidado, verá que “música evangélica” no imaginário popular é:

● Música cantada em igreja;
● Música cantada por cantor que frequenta igreja (dito “cantor evangélico”);
● Música gravada por grupo de louvor de igreja;
● Música que toca em rádio “evangélica”;
● Música lançada por gravadora “evangélica”;
● Música que consta em algum hinário tradicional.

Só que, desses itens, alguns são muito duvidosos. Das músicas cantadas em igrejas, muitas carregam em si heresias e são músicas “do mundo” (calma, falaremos em detalhes sobre isso daqui a pouco). Eu conheço pessoalmente “cantores evangélicos” que vivem como pagãos, são pecadores, só estão atrás dos bens materiais que sua notoriedade pode lhes proporcionar. Conheço “grupos de louvor” que tocam pela fama e o dinheiro e não por um desejo real de louvar o Senhor. Sei que muitas “rádios evangélicas” só existem para gerar lucro e poder para seus donos, que por sua vez vivem vidas pecaminosas e totalmente fora do Evangelho. Conheço os bastidores de certas “gravadoras evangélicas” onde o ambiente é tão mundano que nenhum funcionário confia em sair pra almoçar e deixar a bolsa em cima da mesa, pois ocorrem furtos ali dentro. E entenda: eu conheço. Não ouvi falar. Sei o que estou dizendo.

Portanto, dizer que só podemos ouvir “música evangélica” (se por “música evangélica” entendermos o que mencionamos acima) é uma afirmação cheia de buracos.

Fato 4) Fazer versões de músicas seculares com letras cristãs não é pecado
Pelo contrário, é uma prática muito, mas muito mais usual em nossos hinários do que você imagina. Uma enorme quantidade das músicas contidas em hinários como a Harpa Cristã e o Cantor Cristão, por exemplo, originalmente eram canções entoadas em prostíbulos (não vou dizer quais para que da próxima vez que você for cantá-las não as considere indignas). Os músicos que tocavam nessas casas de pecado se convertiam, pegavam as melodias que conheciam (muitas das tinham letras originais que falavam sobre encher a cara de uísque e vinho, além de coisas similares), punham letras cristãs e passavam a cantá-las durante os cultos, nas igrejas. Isso é histórico, basta você estudar um pouco sobre isso que vai comprovar, não estou inventando nada disso.

E não só músicas de bordel. Músicas seculares de outras linhas também. O hino 185 da Harpa Cristã, por exemplo, é o Hino Nacional da Inglaterra com uma letra cristã: “Vem tu, ó Rei dos reis, buscar os teus fiéis…“. Já o conhecido hino “Os guerreiros se preparam para a batalha…” é o Hino Nacional das Ilhas Fiji, você sabia? O tradicionalíssimo hino “Vencendo vem Jesus” (Glória, glória. Aleluuuuuia!) é uma versão de uma música militar da época da guerra civil americana chamada “John Brown”s Body”, que exaltava os esforços de um homem na guerra. Um mulher cristã ouviu a melodia, gostou e pôs um letra cristã. E, a partir daí, começamos a cantar em nossas igrejas, Deus sempre foi louvado maravilhosamente por intermédio dessa canção, a entoamos ainda hoje e o religare do homem com o Criador ocorre perfeitamente – apesar da origem pagã da música. Ou você achava que essa música desceu do céu trazida por um anjo numa bandeja de prata? Não, muitas músicas que consideramos “hinos sagrados” (e são!!!) têm origem secular e são adaptações feitas para o canto religioso.

Mais recentemente há exemplos como o do cantor Marco Aurélio, que gravou “Caminhada” (“Eu vi Jesus, Jesus me viu, no mesmo instante me redimiu…“). Ela nada mais é do que a canção “My Way”, cantada por músicos como Frank Sinatra e Elvis Presley. E por aí vai. A pergunta é: essas versões deixam de ser válidas ou dignas de serem cantadas em cultos e igrejas como hinos congregacionais porque originalmente eram seculares? De jeito nenhum. Pois tornaram-se músicas com MENSAGENS cristãs.

Fato 5) Muita música dita “evangélica” é “do mundo”
E aqui chegamos ao ponto mais polêmico de todos. Só porque uma música foi composta ou é cantada por alguém que se apresenta como cristão isso não quer dizer que ela transmita valores biblicamente corretos. Há muitas e muitas músicas “evangélicas” que são “do mundo”. Exemplo: tem um conhecido grupo gospel (que inclusive saiu brigado de sua igreja) cujo vocalista (que agora já saiu da banda para seguir carreira solo) na “ministração” antes de começar uma de suas mais cantadas músicas em igrejas fala como se estivesse orando a seguinte frase (está registrada inclusive no CD):

- Nós queremos um romance contigo, Senhor.

Peraí. “Romance” com Deus? O Todo-Poderoso Criador dos Céus e da Terra agora virou o quê? Nosso namoradinho? Desculpem-me, mas isso é antibíblico e, logo, mundano.

Outro exemplo: um conhecido corinho cantado em muitos louvores, às lágrimas, por muitos de nós, diz a seguinte coisa:

Diante dEle se dobram os reis
E se prostram para O adorar
Nem os anjos que O cercam louvando
Se permitem sua face olhar


Só tem um detalhe: essa letra é antibíblica. Mateus 18.10 diz: “Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste”. Então temos que decidir se os anjos contemplam a face de Deus ou não. Eu fico com a Bíblia, que diz que sim, os anjos contemplam a face de Deus, ao contrário do corinho. E se o corinho diz algo que vai contra o que está na Bíblia, desculpem, é “música do mundo”. “Ah, Zágari, você está sendo radical, o resto da música é perfeito , afinal, é um louvor tão bonito…”, alguém poderia dizer. Bem, aí entram 1 Co 5.6 e Gl 5.9, que dizem que, biblicamente, um pouco de fermento leveda toda a massa. Nesse sentido sou radical sim: basta uma única e pequena heresia na letra de um “corinho”, de um “hino” ou de um “louvor” (como você preferir chamar) para o descartarmos dos nossos cultos.

Isso sem falar dos chamados “corinhos do fogo”, muito habituais nas igrejas pentecostais não-reformadas. Tem um que diz “O fogo santo está queimando, o Espírito Santo está batizando“, referindo-se ao que os pentecostais chamam de “batismo no Espírito Santo” e os tradicionais de “plenitude do Espírito”, seguindo a linha defendida por teólogos como John Stott. Fato é que, biblicamente, o responsável por esse fenômeno é Jesus, o Deus Filho, e não o Espírito Santo. Outro ensino antibíblico e, portanto, “do mundo”.

Fato é que toda letra de cânticos (congregacionais ou não) “evangélicos” deve ser submetida ao crivo bíblico. O certo não é o que a pessoa sente, se ela fica emocionada, arrepiada ou se chora: o certo é o que está de acordo com a Bíblia. Como afirmou o Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho em palestra durante um Encontro de Músicos, na PIB de Manaus, “Raramente se fala de Jesus, e, quando se fala, dá para notar que Jesus é muito mais um conceito para dentro do qual as pessoas projetam seus sonhos de consumo ou de classe média do que o Redentor e Salvador. A linguagem é horrorosa: mergulhar nos teus rios, beber nos teus rios, voar nas asas do Espírito, estar apaixonado por Jesus, subir acima dos querubins… uma série de expressões que não fazem sentido algum”, afirmou Pr. Isaltino. E, convenhamos, com toda razão.

Cantamos na igreja sem saber o que estamos cantando, por ignorância teológica e porque determinada música toca na rádio, é de um grupo famoso, está na moda e o povo gosta. Por exemplo, no “corinho” abaixo…

Quero subir ao Monte santo de Sião
E entoar o novo cântico ao meu Deus
Mais que palavras minha vida eu quero entregar
Purifica o meu coração para entrar em Tua presença
contemplar a Tua grandeza


…o que as pessoas não sabem por desconhecimento bíblico é que o “monte santo de Sião”, segundo Hebreus 12.22-24, é um símbolo do Evangelho, da Igreja de Deus. Consequentemente, todo cristão já está no “monte santo de Sião”. E, por isso, não há teologicamente, segundo o Novo Testamento, por que “subir” nele. Mais um equívoco bíblico. Também cantamos em nossas igrejas:

Eu só quero Te amar,
Eu só quero ver Tua face
Quero Tocar Seu coração
Eu só quero Te amar,
Eu só quero ver Tua face


O mesmo cantor tem outro corinho que diz:

Quero te ver, quero te ver
Eu quero te tocar,
eu quero te abraçar
Quero te ver


Detalhe: é importante repararmos que o cantor está dizendo que quer ver Deus e sua face EM VIDA e não no porvir. Só que se nós formos ler Êxodo 33.20, é claríssimo e inequívoco o que Deus diz a Moisés: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá”. Então o que estamos pedindo nesses corinhos é para ver a face de Deus e morrer? Algo está biblicamente errado e, se formos analisar, estamos fazendo pedidos mundanos a Deus. Como eu “quero te ver” se Ele diz na Biblia que “homem nenhum verá a minha face , e viverá”? Instinto suicida?

Em João 12.45 e João 14.9 Jesus afirma claramente a forma de ver o Pai: ver a Ele próprio, Jesus. “Quem me vê a mim vê o Pai”. Logo, é buscando Cristo e sua pessoa em espírito que temos acesso a Deus, não tem nada a ver com “eu só quero ver a tua face”. No discurso de Pedro no dia de Pentecostes em At 2.28, ele deixa claro que contemplar Deus face a face só ocorrerá na eternidade: “Com a tua face me encherás de júbilo”. A face de Deus é biblicamente inalcançável nesta vida. Logo, por que ficamos cantando pedindo para”ver sua face”, já que isso biblicamente não é possível – logo, é antibíblico? Pronto, não me odeie por dizer isso, mas a falta de canonicidade nessas afirmações de corinho tornam músicas como essas…músicas “do mundo”.

Conclusão

Falar sobe música “evangélica”, “do mundo”, “sacra”, “cristã” ou “secular” é um assunto muito sensível. Pois mexe com muitas ideias pré-concebidas, com muitas práticas que mutidões adotaram por décadas em sua vida de devoção, é contrariar crenças e práticas. Para um pastor, chegar à concusão de que um corinho que ele cantou por anos em sua igreja é música “do mundo” e, assim, removê-lo do rol de canções que são executadas no culto não é uma tarefa fácil. Exige oração, humildade e temor sincero a Deus. Para uma ovelha que anatemizou durante anos músicas seculares achando que “rock é coisa do diabo” e de repente descobrir que bandas de “rock gospel” como Oficina G3 têm letras e mensagens muito mais bíblicas do que certos hinos de 200 anos de idade exige quebrantamento.

Não estou falando aqui de estilo musical. Pois a Bíblia não fala de estilo. Logo, estilo é um assunto restrito aos gostos pessoais e não tem a ver com doutrinas e teologia. Se uma música deve ter bateria ou não, se ela pode ser acelerada ou não, se é rock, forró, bolero, valsa ou o que for, não importa. Simplesmente porque biblicamente não importa. O tal gênero “música evangélica” não existe. Cada “música evangélica” carrega um estilo próprio, seja esses que já mecionei, seja algum diferente, como black music, hip hop, blues, bossa nova, sertanejo, jazz, new wave, pop, reggae, samba, ska ou qual for. Dizer que “música tal não é do mundo porque é estilo evangélico e não rock” é uma inverdade. Pois há músicas evangélicas que são rock. E – repetindo – estilo musical só depende de uma única coisa: gosto pessoal. Não tem nada a ver com Bíblia. Se estou errado, por favor que alguém me prove nas Sagradas Escrituras.

Sendo assim, nós temos de nos voltar para o que interessa: a MENSAGEM. A pergunta que devo sempre me fazer é “o que essa música está dizendo contraria algo da Bíblia?“. Se a resposta for “não”, defendo que é uma música que pode ser ouvida por um cristão. Pois vai trazer alegria, paz, prazer. Sendo ela secular ou religiosa. Ouvir Mozart, Bach, Haendel, Mendelssohn ou uma boa ária de ópera, por exemplo, pode acalmar a alma de alguém em estresse e assim criar uma condição em seu coração que lhe permitirá orar a Deus com muito mais entrega. Eu já entrei muitas vezes na presença de Deus ouvindo o violinista judeu Itzhak Perlman executar ao violino o tema do filme “A Lista de Schindler”, por exemplo. Chorei. Me derramei. E fui muito mais sincero e entregue a Deus do que se tivesse posto para ouvir um desses CDs de pop brega evangélico.

A ao fazermos a pergunta “o que essa música está dizendo contraria algo da Bíblia?” temos de estar preparados para sofrer. Pois vamos perceber que muito do que cantamos em nossas igrejas é música “do mundo” pela simples razão de que afirma coisas que a Bíblia não diz.

Sei que o que aqui escrevi contraria a crença de muitos. Certa vez, ao ministrar numa Escola Dominical uma aluna ficou tão ofendida pela verdade que falei de que hinos da Harpa Cristã vinham de bordéis que se levantou e se retirou da sala. Sei que isso mexe com convicções e emoções. Mas não posso jamais fugir do que as Sagradas Escrituras dizem. Não podemos fugir da verdade. São as Escrituras que devem sempre nos nortear – e não aquilo que ficou estabelecido pela cultura popular (em especial a cultura popular evangélica) ao longo das décadas. E falo como evangélico, não sou desses pastores e teólogos revoltados que inventaram agora que ser “evangélico” é palavrão. Nada disso. Falo como filho da Reforma Protestante, herdeiro de Jesus e também de reformadores como Lutero e Calvino. Não renego minhas origens. Sou cristão, de tradição evangélica e me orgulho disso.

Para terminar, volto ao início de nosso texto, para a pergunta-título deste artigo. Se você me perguntar “um cristão deve ouvir música do mundo?”, eu vou voltar a afirmar: “Claro que não!”. Pois o cristão deve sempre caminhar de acordo com as Sagradas Escrituras. E se uma música, secular ou religiosa, traz em si ensinamentos antibíblicos… meu irmão, minha irmã, jogue o CD fora.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Autor Maurício Zágari do blog "Apenas1"

A música parabéns pra você é do diabo?

By André Sanchez

“A música ‘parabéns pra você’ que costumamos cantar nos aniversários é do diabo e carrega nela uma maldição. A palavra ‘ratimbum’ significa que você está maldiçoando a pessoa. ” Essa é uma afirmação que tem circulado no meio evangélico e que tem feito muitas igrejas proibirem seus membros de cantar o famoso “parabéns pra você” em suas festas de aniversários. Mas será que essa música popular carrega em si palavras de maldição?

Abaixo transcrevo o conteúdo de um e-mail [aparentemente escrito por um cristão evangélico] que tem circulado na Internet e que fala sobre esse assunto. O e-mail é de autoria não identificada:

“RATIMBUM é uma palavra mágica usada pelos magos persas desde a Idade Média. Por muito tempo cantamos inocentemente um “parabéns” para alguém que está aniversariando e, até ai, tudo bem, tudo certo. É um aniversário. O que muitos não percebem é que depois da música vem sempre o tal de Ra-tim-bum! (este é o significado: eu amaldiçôo você). Existiu até certo tempo um programa infantil chamado de Castelo Ratimbum, que tem o significado de “Castelo da Maldição”. Precisamos vigiar mais, pois a Bíblia diz que o povo de Deus perece por falta de conhecimento. Como podemos cantar felicitando uma pessoa e depois amaldiçoá-la? Observe que detalhe sutil: depois de dizer a palavra Ratimbum, pronuncia-se o nome do aniversariante várias vezes. Vamos ficar muito atentos para isto. Se não vejamos: quantas vezes você já cantou para as pessoas: ” É BIG É BIG (é grande, é grande), É hora é hora (neste momento, nesta ocasião): RA-TIM-BUM (Eu amaldiçôo você), Fulano, Fulano, Fulano”.

A expressão ratimbum significa mesmo eu amaldiçoo você?

A resposta é um sonoro NÃO! De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, indicado na página da USP (Universidade de São Paulo), ratimbum é uma palavra de origem onomatopaica, ou seja, uma palavra que imita aproximadamente o som do que significa. Para facilitar o entendimento, veja outras palavras de origem onomatopaica: toc toc (som de batida na madeira); vrum, vrum (som do motor do carro); piuiiii (som do apito do trem); tic tac (som do relógio), etc. Ratimbum é uma onomatopéia que indica o som do rufo (toque) do tambor (instrumento musical de percussão). Simplesmente isso! Não tem nada a ver com maldição alguma!

Como cristão posso cantar o “parabéns pra você” em festas de aniversário?

Pode e deve. Essa música faz parte de nossa cultura e não há nada que a desabone. Qualquer um que a proíba com o argumento de que alguém, ao cantá-la, estará pronunciando uma maldição, o faz sem embasamento, já que em nossa língua o significado dela é o exposto acima e não tem nada a ver com maldição alguma.

O que a Bíblia diz sobre essa questão?

O crente deve ser um pensador, não deve ser levado por qualquer coisa que lhe for afirmado, sem investigar acuradamente. Deve avaliar com bom senso e fundamentação antes de ir afirmando uma verdade. Infelizmente muitas pessoas pararam de cantar essa música baseadas em uma mentira. Não deve ser assim! “julgai todas as coisas, retende o que é bom” (1Ts 5. 21). “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento…” (Os 4. 6)

Assim, concluo que a música parabéns pra você e a expressão ratimbum estão liberadas para serem cantadas nas festas de crentes ou não crentes. Toda a história por traz dessas expressões não passam de invencionices sem fundamentação alguma. Superstições e nada mais!


Extraído do blog Esboçando Idéias

Ri Melhor Quem Ri por Último.

By Carlos Moreira


“Certamente foi-me inútil manter puro o coração e lavar as mãos na inocência, pois o dia inteiro sou afligido, e todas as manhãs sou castigado”. Sl. 73:13-14

Por que prosperam os ímpios? Por que seus planos sempre dão certo? Por que nunca são acometidos de doenças? Por que sobre eles o céu não desaba, ou se abre o chão para tragá-los? Por que nunca sofrem, têm medo, ou são surpreendidos na calamidade? Por quê?

Eis a indignação solitária do salmista! Ela ganha ressonância na voz dos aflitos da Terra: os inquietos, os injustiçados e oprimidos. Por isso eu amo esse texto. Nele não se vê projetado à caricatura de um personagem irreal, um holograma imaterial da frágil materialidade do ser, a imagem do super-homem, ou de um herói da fé, baluarte da santidade, da moral e dos bons costumes. Não. Para quem tiver a coragem de discernir, verá, sim, as vísceras de um coração partido, os escaninhos abertos de uma alma árida, repartida ao meio, os fragmentos de alguém mergulhado em sombras e silêncios, medos e contradições.

Em Asafe, no salmo 73, percebo um homem como outro qualquer, alguém com a coragem de se declarar indignado com a existência, que não tem pudores para afirmar que seus pés quase resvalaram no desfiladeiro das suposições, no precipício das racionalizações, no abismo da amargura. Como diria Nelson Rodrigues, Asafe vocifera sobre “a vida como ela é” – imperfeita, injusta e inconstante.

Preciso confessar: meu coração já visitou esses “ambientes” muitas vezes. Já me revolvi em amargura e desespero de alma, já mergulhei na aridez que faz apagar até o Espírito. Sim, destilei em meu íntimo veneno e o bebi até a última gota, engasguei-me com o fel produzido em meu próprio estômago, pois é fato que dói demais ser traído, enganado, passado para trás, injustiçado.

Escrevo estas linhas, pois vivi nos últimos dias uma situação recorrente na vida: fui injustiçado. Fui esmagado pelas mãos de “poderosos”, descartado como carta de baralho em jogo de pôquer. Mas quem me “feriu” não estava blefando, pois atingiu-me o coração com sua lança certeira, quebrou-me os ossos e os sonhos, desfez a minha esperança, dispersou a minha coragem, apagou a minha fé. Estava correto Max Scheler, o filósofo dos valores, quando afirmou que “a injustiça engrandece uma alma livre e orgulhosa”. Fato é; feito está.

Mas bom é o Senhor e eterna a Sua misericórdia. Como citou Exupéry “o que torna belo o deserto é que ele sempre esconde um poço em algum lugar". Dá-me então, Senhor, de beber desta água, sacia-me a sede, concede-me um gole de vida.

E assim segui lendo Asafe, num salmo que a mim mais parecia autobiográfico, escrito de mim para mim mesmo, expondo em detalhes a minha própria miséria. E foi desta forma que cheguei aos versos 16 e 17 e deparei-me com o imponderável: “quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso; até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles”. Tomei um choque! Despertou o meu espírito! Era à virada do “jogo”, a virada da “mesa”, a virada do “vento”, a virada da vida, retorcida para ser reinventada, refeita, revivida, reescrita de ponta a cabeça, posta ao contrário, disposta ao avesso.

Na minha perplexidade, lembrei-me de Malaquias “então vocês verão novamente a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não o servem”. Estou bem certo, “o jogo” ainda não terminou, pois o Juiz continua assentado no Trono, e tem todas as coisas sob Seu controle e poder. Certamente Ele me fará justiça, e porá diante de mim uma mesa na presença dos meus adversários e ali me ungirá a cabeça com óleo.

Quão maravilhoso é este salmo 73! Ele me ensinou que ri melhor quem ri por último, me fez lembrar que eu tenho um Deus nos céus, “que mal me poderá fazer o homem”? Sim, estou seguro de que paz e misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e “habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre”.

Extraído do Genizah Virtual
Carlos Moreira escreve também na Nova Cristandade

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pastor anda sobre as águas: seria montagem?

Seria montagem, ou quê ???




Impressionante......





Tire suas conclusões....













O que????? Que foi???



Extraído do blog Cristão Confuso

"Moça, por favor..."

By Wagner Antonio de Araújo.


Ao limparem o quarto onde vivia Dona Amélia da Silva, num asilo paulista, encontraram um pequeno diário, escrito com letras trêmulas borradas, ao que parece, por lágrimas.

Lá encontramos a seguinte narrativa:

"Não enxergo direito, mas acho que amanheceu. Pela janela vejo as árvores; está frio... Oh, sim, ainda bem que a enfermeira veio servir-me o remédio; eu ando esquecendo tudo com facilidade!"

"Só não me esqueço da minha casa; quando é que me levarão de volta, meu Deus? Preciso regar minhas avencas, minha samambaia que ganhei de Dona Maria, meu jardim! Não posso deixar a roupa lá fora tanto tempo, vai sujar! Com tanta poluição não há roupa que aguente! E a carne que ficou em cima da pia? Meu Deus, tenho que guardá-la. Ei, enfermeira, o meu filho já chegou? Não? Ele não virá? Por que? Ah, meu Deus, por favor, pede pra ele passar aqui e me levar, quero ir para casa...."

"Elas acham que sou louca porque todos os dias eu peço a mesma coisa. Mas elas não me atendem, tenho que pedir de novo até me atenderem, não? Será que estou errada?"

"Não. Não enlouqueci. Eu envelheci. E não tenho mais casa. Não tenho casa, nem móveis, nem guarda-roupas, nem mesa, nem cozinha, nem nada. Acho que nem filho eu tenho...Virei uma indigente..."

"A que ponto cheguei!"

"Como? Televisão? Não, não quero ver televisão. Vai ligar mesmo assim? Quer dizer que não tenho querer? Hã? Ah, a companheira de quarto quer ver? Está certo, então ligue. Ela também é outra coitada. Deixa ela ver TV. Aqui não se tem privacidade nenhuma, querer nenhum mesmo... Eu cuidava tão bem da minha TV! Onde estão os meus discos, os meus quadros, os meus álbuns de fotografia? Cadê as minhas cartas que o Zezinho escreveu quando éramos namorados?"

"Eu não sei. Acho que jogaram tudo fora. Era tudo lixo, como dizem. Velhos não servem pra nada, só pra dar gastos e dar trabalho! Não sei porque a gente fica velho..."

"Como? Remédio de novo? Mas você já me deu, filha! Não, não quero! Ah... tenho que tomar, né? É injeção? Eu preciso? Está certo. Está aqui meu braço. Aplique. Ai! Obrigado, filha. (já não sei quantas picadas levei desde que me internaram aqui. Meu filho falou que é só por um tempo, porque eu precisava de cuidados; mas pelo visto esse tempo é pra sempre, porque isso foi antes do Natal do ano passado, e já enfeitaram o quarto novamente..."

"Estou no asilo. Chamam de Casa de Repouso, mas é só pra amenizar a nossa dor. Ah, daqui só pro cemitério. O Seu João, aquele do quarto ao lado, foi no mês passado. E a Dona Nena? Coitada, morreu pensando que estava pulando corda, virou criança de novo! Eu às vezes esqueço um pouco das coisas de hoje, fico lembrando de outros tempos melhores. Afinal, se estou presa aqui por que deixar também a mente presa? Queria tanto ver meu filho..."

"Filha, por favor, eu já pedi pra outra enfermeira, peçam pro meu filho vir aqui me pegar! Como? Ele viajou? Mas ele disse que viria me pegar! Eu preciso falar com ele! Ah, assim que voltar me avisam? Está certo."

"Ai,... ui,..., pronto. Sentei. Meu passeio diário: da cama para a poltrona. E aqui passo as horas. Sinto as mãos frias, por que será? Fico o dia inteiro com frio! Se ao menos as minhas netinhas viessem aqui um pouco... Desculpem, não segurei, são gases, eu não consigo mais dominá-los, sinto vergonha, mas o que posso fazer, meu Deus! Perdão de novo, perdoem também as lágrimas..."

"Estou presa aqui. Onde está minha família? Ainda bem que tenho esse caderno para escrever. Mas está difícil enxergar, tudo é tão cheio de fumaça, dizem que é catarata. Eu sei lá, inventam cada coisa pra justificar a idade! No meu tempo não tinha nada disso."

"Eu só não queria morrer presa aqui. Por que tive que ser aprisionada? Ah, meu velho, que saudade de você! Você é que foi feliz, viu? Faz tanto tempo que se foi! Fiquei do seu lado até o fim, lembra? Nossa, às vezes me parece que até escuto ele dizer: 'sim, me lembro...'. Cuidei da minha mãe, do meu pai, da minha sogra e sogro também, porque é o dever de toda boa esposa, filha e mãe. Cadê meu filho que se esqueceu de sua mãe? Sou um estorvo tão grande assim? Desculpem, eu choro mesmo, sinto sua falta..."

"Meu Deus, tenho que ir ao banheiro. Com licença, ai, será que vou ter que me humilhar de novo? Ai, filha, perdão, se eu pudesse evitar isso, você me dá uma ajudinha no banheiro? Que vergonha, meu Deus... Ai, sentei no vaso. Você vai ficar me vendo? Estou tão envergonhada! Não sei se rio, se choro, perdão, minha filha. Pronto. Você me ajuda a vestir? Eu não me alcanço mais. Que vergonha..."

"Deus, onde está meu filho? Filha, por favor, alguém já chamou meu filho?"

"MINHA SENHORA, POR FAVOR, FIQUE QUIETA, A SENHORA PASSA O DIA TODO PERTURBANDO AS ENFERMEIRAS, PEDINDO PRA CHAMAR SEU FILHO; ELE VIRÁ APÓS O ANO NOVO; ELE JÁ DEIXOU AS MENSALIDADES PAGAS E O SEU PRESENTE COMPRADO, VAMOS ENTREGÁ-LO NO NATAL; MAS, POR FAVOR, NÃO PERTURBE TANTO, A SENHORA ESTÁ NOS DANDO NOS NERVOS!"

"Nossa, que vergonha... Vou ficar quietinha aqui na cama. Sinto tanto frio... Me sinto só..."

"Que mão é essa? Quem é você? Voluntária Visitante? Veio me fazer companhia? Nossa, filha, veio gastar tempo com uma velha? Ihihihi, eu fico até sem jeito. Que coisa boa ter alguém aqui pra conversar! Como? Como era a vida na minha infância? Ah, era tão divertida! Deixe-me contar....."

"Já vai embora? Mas você ficou tão pouco! Ah, tem outros velhinhos pra visitar. Certo. Então fique um pouco com essa coitada aí do lado, ela está sempre chorando. (até parece que eu não...)"

"Nossa, já anoiteceu! Será que não vão me levar embora? Só Deus não me abandona! 'Senhor, por favor, eu não aguento mais; leva-me embora, viver assim não é viver. Quero ir para os teus braços, pois sinto-me só. Me ajude! Em nome de Jesus. Amém'"

Dona Amélia ganhou o presente de Natal, mas não recebeu a visita de seu filho. Antes do Ano Novo ela faleceu.

O rapaz foi ao enterro. Ergueu um túmulo bonito, com um pedaço do dinheiro que conseguiu na venda da casa. Ele deixara sua mãe no asilo numa tarde, para buscá-la à noite, e em três anos nunca mais voltou...
Dona Amélia esperou seu filho até morrer.

Não nos esqueçamos dos nossos idosos; eles são o que seremos amanhã. Não os ignoremos, não os joguemos em depósitos humanos, não os consideremos estorvos. Deus não terá por inocente um filho que não cuidar dos seus. Dinheiro não justificará ausência, nem tampouco carência de cuidados médicos; a presença do filho é terapia humana que abre as janelas da alma. Presença nem sempre física, mas sempre emocional e espiritual de quem dá valor e faz saber. Filho, cuide de seus pais idosos. "Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que te dá o Senhor teu Deus." (Dt 5:16.

Pr.Wagner Antonio de Araújo excelente escritor, pastor, servo, um grande amigo. Obrigado pelo artigo.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

10 dicas de um diabão a um diabinho para desvirtuar um pastor.

By Renato Vargens

Odiado Cramulhão Encardido Junior,

Desejo amargamente que você esteja experimentando todo tipo de sofrimento.

Escrevo-lhe essa missiva para lhe orientar quanto a melhor maneira de fazer com que os filhos do adversário produzam cultos sofriveis e despreziveis. Para isto quero lhe dar 10 dicas:

1) Não permita jamais que as Escituras ganhe destaque naquilo que chamam de culto.

2) Faça-os acreditar que a melhor maneira de atrair a multidão é produzindo cultos lotados de entretenimento.

3) Induza-os ao maniqueismo. Faça com que eles falem mais nas obras do nosso pai das trevas do que daquele que morreu na cruz.

4) Tire-os do foco. Não permita com que preguem o evangelho. Faça-os pregar sobre vitórias, dinheiro e prosperidade.

5) Inspire-os a compor canções antropocêntricas e cheias de distorções teológicas. Isso será fundamental ao fracasso de sua missão.

6) Faça-os acreditar que são maiores do que pensam. Instigue os pastores a se transformarem em apóstolos, paipóstos e patriarcas da fé.

7) Leve-os a desprezar a pregação expositiva. Induza-os a pregar tematicamente mensagens de bençãos, prosperidade e auto-ajuda.

8) Instigue os pastores a abandorarem o estudo das Escrituras e a se aperfeiçoarem na psicologia e psicanálise.

9) Faça-os experimentarem novas experiências místicas, instigando-os a valorizar o que sentem abandonando assim a Palavra do adversário.

10) Destrua a Escola Bíblica Dominical. Leve-os a acreditar que o estudo bíblico não é relevante. Instigue-os a acharem a EBD ultrapassada preferindo dedicar seu tempo a famigerada música gospel.

Espero que cumpra com esmero minhas recomendações.

Termino esta carta, desejando todo tipo de maldade,

Com ódio,

Seu tio diabão.


Nota explicativa:

Há alguns anos, o conhecido autor evangélico C. S. Lewis, professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, escreveu uma série de artigos sob o título: "The Screwtape Letters" , ou seja, "Cartas do Inferno" , Edições Vida Nova SP, e os publicou no jornal "Guardian", conhecido órgão da imprensa britânica, lá pelos idos de 1940. Depois, essas cartas foram reunidas em um livro com o mesmo título, que se tornou a obra mais popular desse eminente escritor de temas cristãos. Nessas cartas, o autor imagina uma série de conselhos que Roldão, experiente oficial da hierarquia diabólica, envia a seu sobrinho Lusbim, um diabo neófito que recebeu a incumbência de corromper a fé de um homem que se tornara cristão. Visto que, daquela época para cá, tem-se multiplicado as artimanhas satânicas, é lícito imaginar mais alguns terríveis conselhos enviados pelo sinistro oficial ao seu infernal emissário, em plena ação diabólica para desviar os fiéis do caminho estreito. Usando os mesmos personagens, apenas mudamos os nomes, e tomando emprestado o gênero literário do autor mencionado, aqui apresentamos aos amados leitores uma nova carta imaginária, vinda dos abismos infernais.

Extraído do blog do Pr Renato Vargens

Menina que pega menina.

O preocupante comportamento das denominadas lesbiteens.

By Renato Vargens

Tem sido comum observarmos nas escolas, shoppings, bares e ruas, meninas beijando na boca ou andando de mão de dadas com outras meninas.

As denominadas Lesbiteens se auto-intitulam bissexuais, pois ficam com meninos e meninas. Só que, quando questionadas sobre sexo, só sabem mesmo o que é uma relação heterossexual, o que não impede que na balada se relacionem com outras meninas.

Para a psicóloga Maria Laura Gomes, o comportamento das adolescentes faz parte da identificação com o grupo: "Se a turma toda sai, fica bêbada e beija todo mundo, a adolescente tem que fazer a mesma coisa para ser aceita. Ficar com pessoas do mesmo sexo também é uma forma de se rebelar contra os padrões sociais", explica. O comportamento das Lesbiteens pode ser considerado mais uma condição social do que uma escolha própria: "A sociedade de consumo diz que ser jovem é legal. As crianças se vestem como jovens, os adultos se vestem como jovens. Então, os adolescentes se sentem na obrigação de levar todas as experiências dessa fase ao extremo, querem viver tudo com uma intensidade frenética", explica a psicóloga.

Sem sombra de dúvidas vivemos em um mundo submerso em pecado e que despreza os padrões de moral e justiça divina. A sociedade, de forma geral, encontra-se envolvida em um estilo de vida que se contrapõe aos princípios da lei de Deus. Os padrões de moralidade parecem não mais existir, a forma de se medir felicidade e sucesso difere daquela encontrada na Palavra de Deus. O objetivo de vida do ser humano não é a glorificação do nome do Senhor e sim a busca desenfreada pela satisfação pessoal, ainda que para isso seja necessário desconstruir conceitos e valores jogando-os definitivamente na lata do lixo. Pois é, comportamentos como estes afrontam os pressupostos bíblicos e cristãos. Deus não criou o homem para viver em um estado de libertinagem.

Diante de tempos tão difíceis como os que vivemos torna-se indispensável que a igreja evangélica se posicione audaciosamente contra a promiscuidade que tanto nos apavora. Para tanto, é absolutamente necessário que regressemos a Santa Palavra de Deus, fazendo dela nosso referencial de vida, como também nosso baluarte de vida e santidade.

Como cristãos, não devemos nos curvar diante da imoralidade que tem destruído parte da sociedade brasileira. Como discípulos de Senhor, temos por missão anunciar a esta geração, Cristo, o qual é único capaz de satisfazer o vazio da alma humana.

Pense nisso!

Extraído do blog do Pr Renato Vargens

A igreja cristã no mundo pós-moderno.

By Carlito Paes

O pensamento pós-moderno está esvaziando a religião formal. É real e crescente a rejeição à religião institucional, vivemos dias de alta para a espiritualidade e baixa na institucionalidade religiosa. A religião deixou a dimensão pública e restringiu-se à esfera privada. Na tentativa de se libertar de uma cultura religiosa com padrões morais absolutos, o indivíduo pós-moderno criou uma religiosidade interiorizada, subjetiva e sem culpa. Penso que o mundo nunca foi tão espiritual e as influências espirituais do oriente estão invadindo de maneira forte e reversível no ocidente.

Entendo que a versão evangélica da pós-modernidade seja o neopentecostalismo e seus ramos congêneres. Possui diversos traços de muita continuidade cultural com o catolicismo popular latino-americano. Continuidade que muitas vezes desemboca em sincretismo e no reforço de práticas e concepções corporativistas. Sei que há pessoas sinceras em todos os seguimentos, todavia estou fazendo uma análise e o levando a reflexão. O protestantismo, por sua vez, é a religião da escrita, da educação cívica e racional. Favorece uma cultura política democrática e promove uma pedagogia da vontade individual.

“Protestante” ou “protestantismo” é todo o conjunto de instituições religiosas surgidas em consequência da Reforma Religiosa do século XVI nas suas principais vertentes: luterana e a calvinista, e que procuram manter os princípios básicos protestante da liberdade: a justificação pela fé, a “sola scriptura”. Confesso que não gosto muito dos rótulos, seja protestante, evangélico, batista... prefiro simplesmente cristão. Seguimos Jesus, só isto.

Hoje em dia é difícil incluir entre os protestantes alguns setores do pentecostalismo e, principalmente, do neopentecostalismo brasileiro. Esta é a opinião do Dr. Ricardo Mariano que analisou os modernos movimentos neopentecostais e segundo ele:

O neopentecostalismo, o responsável pela “explosão protestante”, à medida que passa a formar sincretismos, a se autonomizar em relação à influência das matrizes religiosas norte-americanas, a promover sucessivas acomodações sociais, a abandonar práticas ascéticas e sectárias, a penetrar em novos e inusitados espaços sociais e a assumir o status de uma grande minoria religiosa, cada vez menos tende a representar uma ruptura com a cultura ambiente. Tende, pelo contrário, a mostrar-se menos distintivo, mais aculturado, mais vulnerável à antropofagia brasileira e, portanto, cada vez menos capaz de modificar a cultura que o acolheu e na qual vem se acomodando.

O neopentecostalismo, pelo contrário, provêm da cultura religiosa do catolicismo popular, corporativista e autoritário. É a religião da lábia, do engano e da corrupção. Ele favorece o analfabetismo bíblico. Esta nova religiosidade evangélica é um tipo de ocultismo, recheado de citações bíblicas. O Neopentecostalismo há muito deixou de ser evangélico, tornando uma outra forma de expressão religiosa, distante do pensamento protestante e reformado. Uma das rupturas mais sérias do Neopentecostalismo com o pensamento protestante, é o uso da Bíblia. No Protestantismo a Bíblia é sua última autoridade, não a tradição ou personalidades importantes ou mesmo a experiência espiritual, enquanto que o Neopentecostalismo enfatiza o uso mágico da Escritura. Para alguns neopentecostais, a Bíblia é mais um oráculo a ser consultado do que a única regra de fé e prática, que nos leva à ética, moral, justiça e bondade.

Nossa tarefa apologética para esta era pós-moderna é restaurar a confiança na verdade e entregar o amor de Jesus sem parar com toda compaixão. A Bíblia continua sendo a Palavra de Deus. Ela é um documento inspirado da revelação divina, quer este ou aquele indivíduo receba ou não o seu testemunho. Devemos, pois, respeito e obediência à Bíblia, não por ser letra fixa e estática, mas porque, sob a orientação do Espírito Santo, essa letra é a Palavra viva do Deus vivo dirigida não só ao crente individual, mas à Igreja em geral.

Entendo que a fé cristã, é um movimento que fala de morte e vida, renúncia do ”eu” para assumir o viver em Cristo. Porque temos símbolos como cruz, batismo, eucaristia, que nos remete a uma vida de morte para o mundo, e vida para com Deus, sendo assim, o evangelho genuíno de Cristo não pode ser tratado como um objeto em liquidação e sim como um tesouro para transformação do mundo.

Pr. Carlito Paes

Extraído do site "Artigos do Pr Carlito Paes."

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O empobrecimento da música evangélica brasileira.

By Renato Vargens
Lamentavelmente o movimento gospel tem contribuido em muito com o empobrecimento da música evangélica brasileira. Basta olharmos para as canções cantadas em nossos templos que chegaremos a conclusão de que a safra não é tão boa assim.

Bem, antes que alguém me apedreje preciso afirmar que bem sei que pela graça de Deus, temos em nossos arraiais excelentes musicistas, todavia, boa parte das composições evangélicas compostas por estes irmãos, são paupérrimas em graça e conteúdo.

Ora, para inicio de conversa a esmagadora maioria das canções são antropocênctricas, isso sem falar nas melodias que são desprovidas de inteligência e versatilidade. Para piorar a situação o evangelho que tem sido "tocado" por parte de alguns dos nossos cantores é o evangelho de uma nota só. Este evangelho é veementemente contrário do evangelho dos evangelhos, isto porque, anuncia o amor de Deus e esquece o juizo eterno; prega prosperidade e nega solidariedade; fala de fé e não confessa pecados; propaga a vitória, e nega a cruz.

Caro leitor, creio que o empobrecimento das nossas canções se deva em parte ao fato de termos abandonado a exposição e pregação da Palavra. Na verdade, o problema foi que trocamos a Bíblia pela baqueta, deixando de lado o estudo e a reflexão das Escrituras Sagradas, o que contribuiu em parte para o surgimento de uma adoração esquizofrênica, ensimesmada e antropocêntrica.

À luz desta percepção julgo que seja necessário com que a igreja de Cristo regresse aos temas centrais do Evangelho, cantando em seus cultos canções que falam do pecado, da expiação, do sacrificio de Cristo, da vida eterna, do juizo vindouro.

Segue abaixo a canção "quebrantado" que ao contrário de muitas canções cantadas em nosso tempo, exalta e glorifica Cristo.

Pense nisso!

Extraído do blog Pr.Renato Vargens

Eu ouço música do mundo!

By Renato Vargens

Lembro que no início da minha caminhada cristã fui ensinado pelos meus discipuladores que toda música que não fosse evangélica vinha do diabo. Com isso tive que jogar fora todos os meus discos (na época não existiam CDs).

Com o passar do tempo e com a maturidade cristã, entendi a doutrina da graça comum. Em virtude desta compreensão, voltei a ouvir a boa música popular brasileira. Bom, antes que seja apedrejado pelos religiosos de plantão, é importante salientar de que Deus estabeleceu como ordem a graça comum. E que esta é a fonte de toda, cultura, e virtude comum que encontramos entre os homens. Em outras palavras isto significa que Deus em sua infinita graça fez com que o sol nascesse sobre o justo e o injusto, e mandasse chuva sobre o bom e o mau. Entre as bênçãos mais comuns que devem ser atribuídas a esta fonte, podemos enumerar a saúde, a prosperidade material, a inteligência em geral, os talentos para a arte, música, oratória, literatura, arquitetura, comércio, invenções e etc.

Talvez por ignorância, parte dos evangélicos em nome de Deus dicotomizaram a existência dualizando o mundo. Infelizmente fundamentados numa pseudo-espiritualidade, um número imensurável de cristãos tem ao longo dos anos avaliado como profano e imoral tudo aquilo que não brota dos arraiais evangélicos. Para estes, quem ouve musica do mundo ou vai ao teatro assistir uma peça, cede às tentações do diabo. Segundo esta perspectiva, a arte, a cultura e a música secular foram “divinamente satanizadas”.Como disse o pastor Marcio de Souza é absolutamente impossível negar a ação de Deus entre os homens ao ouvir clássicos da música como “One” do U2, ou "Miss Sarajevo" onde Luciano Pavarotti leva qualquer um às lágrimas com sua participação especial.

Eu particularmente sou tocado com a musicalidade de Elis, com o ritmo da bossa nova, com a voz de Maria Rita, com a brasilidade de Gonzaguinha, Com as letras de Renato Russo, com a inteligência do Lenine, com o doce gingado do baião nordestino, com a voz de Frank Sinatra, com as sinfonias de Bethoven, Bach e Mozart, com a música de Roberto Carlos, com a arte do Police, U2 , Dire Straits e tantos outros mais.

Meu amigo, não consigo ver deteminadas manifestações musicais ou culturais como satânicas ou malignas, antes pelo contrário, a multiforme manifestação cultural no ser humano, aponta diretamente para um Deus generoso que é absolutamente apaixonado pela arte, música e cultura.

Louvado seja o Senhor pela graça comum!

Extraído do blog do Pr. Renato vargens

A teologia do tombo e a unção do cai-cai.

By Pr Renato Vargens

Uma das principais características dos cultos neopentecostais é a chamada “unção do cai-cai.” A cantora Ana Paula Valadão, (veja vídeo abaixo) pastora da Igreja Batista da Lagoinha, protagonizou umas das típicas cenas deste movimento onde mediante o sopro de um pastor ela caiu no Espirito.

Pois é, basta com que o pregador sopre ou atire o seu paletó contra o público, que um número incontável de pessoas caem no chão, quer desacordadas ou tomadas por aquilo que alguns denominam de unção do riso.

A unção do cai-cai iniciou-se com o americano Randy Clark, que foi ordenado pastor em 1950. Segundo alguns relatos, ele recebeu uma profecia que afirmava que através de sua vida e ministério pessoas seriam derrubadas no Espírito. Para o pastor Clark, a unção era como dinamite, e a fé como a cápsula que explode a dinamite. Clark é autor do movimento "Catch the fire" ( agarre o fogo) que possuía uma noção estranha do signiifcado do poder divino.

Gostaria de ressaltar que na terra do Tio Sam, a unção do cai-cai virou uma febre. Pastores como Benny Hinn, Keneth Haigin também foram protagonistas na arte do tombo, disseminando sobre milhões de pessoas em toda a América um conceito eerrôneo e equivocado além é claro de anti-bíblico sobre o poder de Deus.

No Brasil, o movimento ganhou popularidade na década de 80 através do pastor Argentino Carlos Anacôndia. Anacôndia chegou ao Brasil, através das Comunidades Evangélicas, que mediante encontros e congressos esparramados em todo país, difundiram na igreja brasileira esta prática e comportamento doutrinário. Em 1990, a unção do cai-cai se espalhou de tal forma, que os crentes em Jesus passaram a acreditar que quando caíam no Espírito experimentavam cura para suas almas e a unção do tombo representava um olhar especial de Deus para com os seus filhos.

Em 1994 na Igreja Comunhão Divina do Aeroporto de Toronto, Canadá. Surge a bênção de Toronto, onde as pessoas movidas por uma “especial unção” cairam no chão, sem fala, rindo, chorando ou dando gargalhadas. Em pouco tempo, o templo estava lotado, vindo pessoas de todos os países e região. Em pouco tempo, as manifestações dos mais diferentes tipos de unções se fez presente no Canadá. Por exemplo, o pastor da Igreja de Vancouver, afirmou também que havia recebido uma profecia que o Espírito Santo se manifestaria imitando o som dos animais. Vale a pena ressaltar que o próprio pastor começou a urrar como leão, alegando que era o leão da tribo de Judá, uma das maneiras como Jesus é chamado na Bíblia.

Caro leitor, a luz disto tudo resta-nos perguntar: Existe fundamento bíblico para este tipo de unção? Em que lugar no Novo Testamento, vemos Jesus ou os apóstolos ensinando sobre a necessidade de cair no Espirito? Ou ainda, quais são os pressupostos teológicos que nos dão margem para acreditar na zooteologia, onde Deus se manifesta através de grunhidos animalescos?

Prezado amigo, vale a pena ressaltar que ao longo da história pessoas caíram prostradas diante de Deus. Jonathan Edwards nos traz relatos absolutamente impressionantes da manifestação do poder e da graça divina. John Wesley, em determinado momento da vida ao pregar o Evangelho da Salvação Eterna levou centenas de pessoas ao chão chorando e confessando os seus pecados. Agora, vamos combinar uma coisa? A quantidade de pessoas que dizem que foram derrubadas pelo Espírito de Deus e que continuam com o mesmo tipo de vida não está no Gibi. As pessoas que caem rugem como leões, latem como cães, comportam-se como animais e vivem uma vida cristã absolutamente aquém daquilo que Deus projetou.

Prezado irmão, quando o apóstolo João, ouviu a voz do Senhor na ilha de Patmos, prostrou-se conscientemente diante de Deus confessando o Senhorio de Cristo. Isaías, quando viu o Senhor no alto e sublime trono, curvou-se no chão dizendo, SANTO, SANTO, SANTO. Agora, o que não dá pra entender é esse cai-cai que não produz mudanças, arrependimentos e conversão de pecados.

Como já escrevi anteriormente creio veementemente que boa parte dos nossos problemas eclesiásticos se deve ao fato de termos abandonado a margem da existência as Escrituras. Não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. É indispensável que entendamos que a autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como das experiências místicas adquiridas pelos crentes. Como discípulos de Jesus não nos é possível relativizarmos a Palavra Escrita de Deus, ela é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.

O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro.

Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento, até porque somente assim conseguiremos discernir o verdadeiro do falso.

Pense nisso!

Renato Vargens

Extraído do blog do Pr Renato Vargens

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