sexta-feira, 4 de maio de 2012

Oração para mim.... ou para Deus?

Outro dia ouvi alguém contando sobre um destes pregadores “famosos” de uma certa rádio que disse que “Deus é obrigado a nos dar tudo o que queremos”. Quando ouvi isto não fiquei nem um pouco perplexo, pois na verdade a teologia predominando neste século estimula as pessoas a pensarem que a afirmação deste pregador seja verdadeira. Jesus Cristo certa vez disse que tudo o que pedirmos em seu nome (de Jesus) receberíamos João 14.14, de fato isto é real, porém o que diz no verso anterior esclarece “...a fim de que o Pai (Deus) seja glorificado no Filho”. Não é necessário a lógica para entender que nada que não glorifique a Deus em Jesus nos será concedido, ou seja, será que tudo que eu realmente acho que é importante para mim de fato glorifica ao nosso Deus? E qual a obrigação de Deus de satisfazer todas as minhas vontades? Que Deus é este que vive em detrimento dos desejos de um “filho” mimado? Pois nada mais seriamos do que isto, mimados, se Deus fizesse tudo o que pedíssemos. Tiago nos lembra em sua epístola “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tg 4:3), a questão talvez seja: “Como pedir bem para receber?”

E pensando em tudo isto quero compartilhar a situação de um amigo pastor que está passando por um momento de como ter suas orações atendidas por Deus.

Este amigo trabalhou por quase oito anos em uma igreja evangélica, que antes dele ter exercido seu ministério ali, esta igreja já era bem conhecida por não tratar adequadamente seus obreiros. E isto foi comprovado com o fim de suas funções pastorais. A igreja não fez com ele um acerto econômico como fizera com o pastor anterior a este meu amigo; não usaram da mesma medida. Ele saiu dali literalmente sem nada, ou pelo menos quase sem nada. Não vou entrar no mérito se a igreja tinha condições ou não, pelas informações que obtive, eles tinham, mas o problema foi mais uma questão pessoal da diretoria com este meu amigo. E se esta não é uma prática obrigatória das igrejas evangélicas em fazer um acerto adequado com seu ministro eu não sei, mas tenho certeza que se a igreja pode, então deve fazer “os certos”, tratando o pastor de maneira legal segundo as leis vigentes no nosso país.

Hoje este pastor, vive em uma situação financeira bem complicada, pelas informações que recebi, ainda não está vivendo de favores pois sua esposa trabalha, mas o que ela ganha não tem sido suficiente. Sei que ele está procurando por um novo ministério, uma nova igreja, onde ele possa exercer as funções delegadas por sua competência através de nosso Deus. Tenho orado para que Deus o abençoe e ajude neste momento de “deserto”, que o Senhor da ceara possa direcioná-lo para uma igreja que torne parte de sua família. Porque para mim a igreja não é trabalho por causa do dinheiro, um local para benefícios particulares. A igreja para mim se torna parte de nossa realidade, se torna parte de nossa vida e de nossa família. O que o pastor recebe não é por misericórdia, mas por mérito de seu tempo e estudo, parafraseando Lucas 10.7 “...digno é o obreiro do seu sustento...”

Meu amigo tem orado todos os dias por uma nova igreja, por um novo ministério, um novo sonho, uma nova família, e tenho certeza que o desejo deste meu amigo pastor é que o nosso Deus o ajude neste momento difícil. E eu peço suas orações em favor deste pastor, “...a oração do justo  pode muito em seus efeitos...” Tg 5.17. E que nossas orações possam ser feitas de maneira que o nosso Deus seja glorificado no Senhor Jesus Cristo, uma oração que atenda os propósitos do nosso Pai para cada um de nós, uma oração segundo os anseios do nosso Deus. Uma oração mais para ele e menos para mim.

Que Deus abençoea a cada um de vocês, um forte abraço.

 

Pr Dener de Oliveira

 

 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pague e Peque! Uma Análise sobre a Questão do Dízimo.

By Carlos Moreira

 

“De fato, é grande fonte de lucro a piedade com o contentamento”. 1ª. Tm. 6:6

A frase de Paulo foi dita ao seu filho Timóteo num contexto de orientação pastoral sobre diversos preceitos que eram necessários ser observados na igreja. O contexto subjacente, todavia, tratava de pessoas que não se conformavam a sã doutrina e faziam alquimia com a mensagem tendo em vista o enriquecimento ilícito.

Que a religião sempre foi fonte de lucro para os perversos, todos nós já sabemos. No caso da religião dos hebreus não era diferente. Por isso Jesus teve aquela reação tão radical quanto ao comércio que era feito no entorno do templo. Na verdade, Ele acabou sendo a “pedra” que “caiu” dentro da “engrenagem” e, como consequência, acabou por desmantelar todo o “sistema”.

Quando a igreja começou a se organizar, a partir de Jerusalém, nos deparamos imediatamente com um episódio que nos oferece algumas informações sobre a questão de como o dinheiro era tratado entre os “do Caminho”. O texto que nos trás esta narrativa está no capítulo 5 de Atos, e registra o episódio da morte de Ananias e Safira.

Pois bem, este casal, de comum acordo, vendeu uma propriedade por certo dinheiro, mas, na hora de trazer a oferta aos “pés dos apóstolos”, subtraiu parte do valor “devido”. Por conta disso e, na minha análise, com intenções “pedagógicas”, Deus permitiu que ambos caíssem mortos diante de toda a comunidade.

Há três questões relevantes nesta passagem que podem nos trazer discernimento e luz suficiente para tratarmos deste ponto tão controverso da fé cristã que é a questão do dízimo.

Em primeiro lugar, a morte sumária de Ananias e Safira demonstrava claramente que Deus não iria mais permitir que se trouxesse diante dEle qualquer que fosse a oferta sem que houvesse como contrapartida a consciência necessária para tal.

Diferentemente da “religião do templo”, que tinha por costume receber “sacrifícios” sem questionar sua razão ou procedência, agora estava posto um novo paradigma, e ele apontava para o fato de que o Senhor não iria mais admitir que a Ele se trouxesse qualquer que fosse a oferta se esta não fosse acompanhada por uma consciência reverente e um coração devotado.

Em segundo lugar, no verso 3, vemos Pedro questionando severamente Ananias pelo fato dele ter mentido ao Espírito Santo. Logo em seguida, sem qualquer explicação, o homem espirou e caiu morto.

O que ficou patente, então, era que atitudes performáticas, como a dos fariseus, que davam quantias vultosas para se exibirem publicamente e ficarem quites com a “Fazenda Celestial”, não tinham mais qualquer desdobramento ou significado, pois, só na luz e na verdade se poderia caminhar no Caminho. Assim, todo disfarce acabava por se constituir estelionato do ser, dessignificava as razões e intenções do coração e tornava inaceitável tudo o que se desejasse trazer perante Deus.

Em terceiro lugar, no verso 4, Pedro nos coloca diante de duas intrigantes questões. Ele faz duas asseverações bastante relevantes e que dão margem a fazermos algumas conjecturas. São elas: (1) “A propriedade não lhe pertencia?”. E (2) “Depois de vendida, o dinheiro não estava em seu poder?”. Ora, o que Pedro está afirmando são duas coisas importantíssimas, a saber:

(1) Que Deus não requer de ninguém que nenhum tipo de oferta lhe seja trazido a não ser que haja motivação no coração para fazê-lo. Os bens que possuímos são nossos por dádiva Sua e assim deve permanecer salvo o caso de haver em nós, de forma livre e espontânea, generosa e apaixonada, consciente e racional, a motivação de vendê-los e ofertá-los. Ninguém, sobre nenhum pretexto, pode ser constrangido a desfazer-se de seus bens sem que deseje fazê-lo, tendo como pretexto e subterfúgio a falsa justificativa de que “deus” está requerendo aquilo que é “seu” para a obra do “reino”.

(2) Que o fruto de toda receita que obtivermos, seja pela venda de um bem e, por analogia, pelo trabalho, pelo recebimento de uma herança, ou seja pelo que for, é nosso, e assim deve continuar salvo haja em nós uma motivação de ofertar parte dela ou mesmo o todo a Deus. O que Pedro afirmou a Ananias foi que, uma vez vendida à propriedade, 100% do valor era seu, e não 90%, descontado o dízimo, ou outro percentual qualquer. O que ficou posto, portanto, foi que a partir de então, toda contabilidade que fazemos com o Eterno é uma questão meramente humana, e não um requerimento Divino.

Quando olho para as práticas vigentes em nossos dias, para o espólio dos incautos através da venda de “milagres”, do tráfico de influência, da venda de objetos supostamente imantados, das barganhas feitas com o “sagrado”, das manipulações calcadas em frases de efeito, dos cálculos que garantem o retorno sobre o “investimento”, fico imaginando o que pensa o Todo-Poderoso a respeito disso...

O que temos aí é, na verdade, doutrinas de demônios! É o “pague e peque”, o “dá ou desce”, o “dê que cresce” e o “você merece”. Eu confesso que temo e tremo só de imaginar como o Pai tratará aqueles que estão profanando o Sangue do Cordeiro. Sim, é isto que estão de fato fazendo, uma vez que reeditam a necessidade de se fazer novamente sacrifício em prol de se alcançar todo tipo de benesse e, de quebra, até a salvação.

E mais... Peca quem faz da igreja seu cabide ministerial, sua realização pessoal, quem retira financeiramente dela aquilo que ela não suporta, quem compromete quase que integralmente todas as receitas para viabilizar o salário de obreiro(s) e pastor(es). Eu sou pastor, servo da igreja, portanto, tenho autoridade para pregar o que prego!

De minha parte, continuarei a asseverar aquilo em que creio, conforme vejo em vários textos do Novo Testamento, sobretudo em Paulo, que dá quem quer, quanto quer, como bem entender. Oferta é uma questão de consciência, de zelo, de compromisso, de paixão. Quem não está provido destes pensamentos e sentimentos não deve dar nada a Deus, pois, assim fazendo, torna sua oferta abominação ao Senhor!

Portanto, quem quiser pregar sobre o dízimo que assim o faça, com boa consciência e fé, deixando as pessoas livres para fazê-lo com alegria, como recomenda Paulo aos Coríntios. Ensine que a prática não se constitui  "Lei do Tesouro", nem assuste o povo com textos fora de contexto, como no caso de Malaquias 3, totalmente inaplicável para a igreja, nem tão pouco estabeleça metas e percentuais a serem alcançados, pois igreja não é empresa! 



Por fim, se cremos que Jesus é o Cabeça da igreja, então, Ele que se responsabilize por provê-la. Se, ela, por algum motivo, vier a se inviabilizar por questões financeiras, melhor mesmo é fechá-la, pois, se o Dono não a deseja, porque nós deveríamos insistir em mantê-la? 
 



Achou pouco? Então durma com um barulho desse... 

Extraído do site do Genizah Virtual

quarta-feira, 25 de abril de 2012

07 razões porque eu não creio em mulheres pastoras.

By Renato Vargens

Na minha perspectiva a ordenação de mulheres ao pastorado é uma grave distorção teológica. Lamentavelmente tenho visto nos últimos anos  inúmeras igrejas  consagrando mulheres ao ministério pastoral. Isto posto, gostaria  de forma prática e objetiva elencar 07 motivos porque  não creio em mulheres pastoras:

1- As Escrituras não referendam a ordenação de mulheres ao ministério pastoral. Não vejo na Bíblia nenhum texto que apoie a ordenação feminina ao presbiterato.

2-  Jesus não chamou apóstolas entre os doze. Todos os apóstolos escolhidos por Jesus eram homens.

3- As Escrituras não defendem o Igualitarismo e sim o complementarismo.

Igualitaristas:  Esta corrente, afirma que Deus originalmente criou o homem e a mulher iguais; e que o domínio masculino sobre as mulheres foi parte do castigo divino por causa da queda, com conseqüentes reflexos sócios-culturais. Segundo os igualitaristas mediante o advento de Cristo, essa punição e reflexos foram removidos; proporcionando conseqüentemente a restauração ao plano original de Deus quanto à posição da mulher na igreja. Portanto, agora, as mulheres têm direito iguais aos dos homens de ocupar cargos de oficialato da Igreja. Além dos igualitaristas, encontramos os complementaristas, que por sua vez entendem que desde a criação – e portanto, antes da queda – Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher, visto que ambos são peculiarmente diferentes. A diferença entre eles é complementar. Ou seja, o homem e a mulher, com suas características e funções distintas se completam. A diferença de funções não implica em diferença de valor ou em inferioridade de um em relação ao outro, e as conseqüentes diferenças sócios-culturais nem sempre refletem a visão bíblica da funcionalidade distinta de cada um. O homem foi feito cabeça da mulher – esse princípio implica em diferente papel funcional do homem, que é o de liderar.

4- Paulo não fala de presbíteras, bispas, muito menos pastoras. As referências a essas vocações nas Escrituras sempre estão relacionadas aos homens. Não é preciso muito esforço para perceber que não existiam pastoras nas igrejas do Novo Testamento.

5-  Os reformadores  e os pais da Igreja não nunca defenderam o ministério pastoral feminino.

6- Os apóstolos determinaram que os pastores  deveriam ser marido de uma só mulher e que deveriam governar bem a casa deles – obviamente eles tinham em mente homens cristãos (1Tm 3.2,12; Tt 1.6).

7- A mulher não possui autoridade sobre o marido.( I Tm 2:12 ) Ora, se ela é pastora e o seu marido não, ela fere o principio de autoridade da Bíblia, tornando-se lider do marido.

Prezado leitor, quando afirmo que mulheres não podem ser pastoras o faço na perspectiva de governo. O governo da igreja juntamente com os oficiais que a regem são eminentemente masculinos. Na Bíblia você nao vê nem tampouco encontra mulheres que governam a igreja. Todas as recomendações Paulinas quanto a presbíteros são para homens. Todavia, o fato das mulheres não governarem a igreja, não impede com que preguem ou ensine a palavra de Deus, entenderam? O governo da igreja é masculino e não feminino. As mulheres podem servir a Deus, contudo, governa-las é uma prerrogativa masculina.

Pense nisso!

Extraído do blog do Pastor Renato Vargens





sexta-feira, 2 de março de 2012

Perdão! Um caminho difícil a ser percorrido!

By Renato Vargens

Outro dia ouvi uma história muito interessante ocorrida na guerra do Kosovo. Em 1999, três americanos foram capturados e ficaram reféns por mais de um mês. Após intensas negociações, os prisioneiros foram postos em liberdade. Roy Lloyd fazia parte da delegação que conseguiu a sua libertação, na ocasião declarou: “Os três soldados são muito religiosos. Um deles, Christopher Stone, não saiu de lá até que lhe fosse permitido ir ter com o soldado que serviu de seu guarda e orasse por ele."

Caro leitor, este soldado poderia ter saído daquela prisão com um enorme ódio por aqueles que o mantiveram em cárcere privado. Poderia também ter desenvolvido um significativo sentimento de vingança do tipo toma-lá-dá-cá, entretanto, movido pela compaixão ele abençoou aquele que o maltratara.

Por acaso você já deu conta de que como este rapaz somos chamados a abençoar aqueles que nos perseguem? De que forma você tem lidado com aqueles que lhe ofendem? Será que você é daqueles que dá um boi para não entrar numa briga e uma boiada para não sair dela? 

Outro dia uma irmã em Cristo me falou: "- Eu sou difícil de brigar, mas se eu rodar a minha baiana gospel, ninguém me segura!" 

Prezado amigo, Cristo nos chama a exercermos misericórdia e perdoar INCONDICIONALMENTE aqueles que nos ofendem, ainda que isto implique em lágrimas e dor. É o Senhor que nos ensina a oferecermos a face em detrimento as afrontas e agressões sofridas.

A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir. Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação e foi algumas vezes usada nas Escrituras no sentido de perdoar um débito financeiro.

E você? De que forma tem lidado com os que lhe machucaram a alma? Tem guardado ressentimento? Tem nutrido o coração com o veneno da mágoa? Como alguém bem disse, quem guarda ressentimentos, bebe veneno, esperando que o outro morra.

Pois é, o caminho do perdão não é fácil, todavia, sem passarmos por ele não nos é possivel desfrutarmos da paz que somente Cristo pode nos dar.

Pense nisso!

Extraído do blog do Pr Renato Vargens



quinta-feira, 1 de março de 2012

Pule, pule e pule com Rodrigo Santoro.

By Maurício Zágari

Passando por um ponto de ônibus, vi o cartaz de um curso de inglês. Ele se resumia à frase “Quanto vale aprender inglês mais rápido?” e a foto  de… Rodrigo Santoro, o ator. Fiquei pensando: o que afinal tem a ver Santoro com o curso (sinceramente, você acredita que ele seja aluno do tal curso?) ou com aprender mais rápido? Não faz o mínimo sentido. Aliás, usá-lo como garoto-propaganda de escola de inglês chega a desmerecê-la, pois é de amplo conhecimento público que o domínio que o referido ator tem da língua inglesa é tão fraco que sua única fala no filme “As Panteras – Detonando” foi cortada na edição final, sua voz no longa-metragem “300″ foi dublada e lhe deram pouquíssimas linhas em “Simplesmente Amor”. Então… por que usar alguém que notoriamente fala um inglês fraco para fazer propaganda de um curso de inglês? É como pôr Jô Soares para fazer propaganda de academia de ginástica. Aparentemente ilógico. Mas há uma resposta, que é pura e simples: Santoro é uma celebridade. E como tal atrai atenção. E, claro, dinheiro.

Essa é a cultura do mundo: marketing, consumo, aparências. Segundo a agência de publicidade que criou a campanha, em 7 dias ela atingiu 84% da população só no Rio de Janeiro. Até aí a gente entende, pois o negócio é faturar. O problema é que essa cultura invadiu o universo cristão. A maior parte da igreja evangélica em nosso país idolatra pastores ou cantores celebridades, por exemplo. Afinal, se o cara está na TV é porque o que ele diz deve estar certo, não é? Do mesmo modo que um ex-BBB aparece em tudo o que é mídia, da revista Playboy ao Domingão do Faustão, um famoso evangélico que está constantemente na mídia deve ser grande coisa, não é?

Vejo famosos do mundo gospel (sejam pastores, cantores e, inacreditavelmente, até maridos de cantoras) falarem, pregarem, ensinarem e escreverem em seus blogs, facebooks, twitters, programas na TV, na rádio ou na web as maiores barbaridades bíblicas, heresias e frases lindas mas ocas em termos de doutrina, mas que o povo absorve como alguém que se matricula num curso de inglês só porque Rodrigo Santoro estava na foto da propaganda. Ou seja: pelas razões erradas.

Ah, os cantores gospel! Meu Deus! Tem uns que só falta quererem arrancar pedaços de suas roupas, como as fãs alucinadas dos Beatles faziam. E em grande parte das vezes suas músicas são paupérrimas, suas letras bizarras em termos bíblicos e muito do que falam em suas igrejas e em programas seculares de auditório chega a dar vergonha. Um testemunho péssimo. Mas são famosos… então devem estar certos! Se são famosos a bênção e a unção de Deus deve estar sobre eles!

Mas não é nada disso.

Preste muita atenção: Santoro faz propaganda de curso de inglês mas seu inglês é horrível. Assim como muitos pastores que vendem livros de suas editoras, CDs e DVDs na TV estão vendendo lixo bíblico. O que há de pior em teologia, em doutrinas bíblicas. Mentiras que não estão nas Escrituras e promessas que a Palavra de Deus não faz. Mas as multidões adoram! Afinal, foi a celebridade quem apareceu divulgando e, olha, NA TELEVISÃO!!! Melhor ainda: você pode pagar no cartão ou cheque pré! É de Deus!

Santa ingenuidade…

É hora de despertar. Como diz meu líder, “acabou a hora do recreio”. Se você ainda é daqueles que acreditam no que um evangélico famoso fala só porque ele tem um programa de TV, porque ele vai a programas de auditório ou shows da Globo, porque ele tem dezenas de milhares de seguidores no twitter… ACORDE!!!

Hoje vi no twitter uma querida irmã reproduzir o que imagino ser alguma música gospel da moda (desculpem, confesso que sou ignorante nessa área, pois não acompanho o que está na moda. O que toca nas rádios evangélicas passa longe de mim). Dizia assim: “Todo mundo pulando, pulando, pulando, pulando na presença de Deus ♪”. Aí eu penso em como seria mais produtivo e bíblico cantar “Todo mundo orando, orando, orando na presença de Deus”. Mas… suponho que seja algo cantado em muitas igrejas e que esteja na moda na voz de algum cantor-celebridade. E vejo o vazio que há nessa letra: pular na presença de Deus gera que benefícios espirituais mesmo? Santifica alguém? Aproxima alguém de Deus? Afasta alguém do pecado? Cria intimidade entre quem canta e Deus?

Enfim… pelo fato de um artista ser celebridade, músicas como essa, sem função bíblica alguma na vida espiritual de quem canta, invadem nossos cultos e momentos de louvor. Que loucura. Chega a ser patético, perdoem-me, que se cante algo assim num momento de culto reverente ao Todo-Poderoso. A igreja está virando um circo e nem nos damos conta. Você pula na presença de Deus? Tá. E daí?

Entenda: não estou criticando indivíduos, o cantor A ou B. Minha crítica é contra uma cultura mundana que invadiu as igrejas e faz nossa devocionalidade se tornar vazia porque, por exemplo, cantamos coisas que não nos levam a lugar nenhum mas que, bem, todo mundo está cantando, né? Então deve ser bom. Pular na presença de Deus? Ok. Pra quê mesmo? Querido, querida, preste atenção: pular na presença de Deus não serve para absolutamente nada.

Oremos, irmãos. Voltemos à Bíblia. Leiamos e compreendamos pelo estudo o que dizem as Sagradas Escrituras. Jejuemos. Leiamos livros de bons e sérios escritores. Resgatemos as disciplinas espirituais. Louvemos o Senhor com louvores cujas letras sejam bíblicas e nos elevem ao Altíssimo. Voltemos aos fundamentos da nossa fé. E paremos de desperdiçar nosso precioso tempo com… desculpem, mas eu vou dizer: com bo-ba-gens sem nexo algum. Em vez de se preocupar em cantar uma música de alguma celebridade que faz você ficar pulando como uma pipoca – salgada e engordurada – durante um culto, peça ao seu pastor, líder de jovens, líder de adolescentes, grupo de louvor ou ao próprio Deus, se for o caso, para que o que se cante na hora de adorar o Onipotente Criador do universo seja não uma canção que te deixe feliz e que movimente sua adrenalina, mas que exalte de fato com letras bíblicas, cristocêntricas e reverentes Aquele que se fez homem para morrer na Cruz pelos seus pecados. Seja maduro. Seja cristão. Chega.

Você não precisa de Rodrigo Santoro para aprender inglês. E não precisa de músicas de cantores famosos para adorar a Deus. O que eu e você precisamos é de uma vida espiritual madura e sólida. E isso não é entre as celebridades e os famosos gospel que encontraremos. Faça uma experiência: ponha Rodrigo Santoro para pular, pular e pular e veja se isso vai fazer com que ele aprenda inglês. Do mesmo modo, pule, pule e pule e veja se isso te aproxima de Deus. E quando você tiver desistido, comece a orar e ler a Bíblia.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Extraído do blog "Apenas1"

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Dor de tristeza.


By Digão

Há dias em que, a despeito de terem acontecido coisas boas a você, vindas diretamente do Pai, você fica triste, meio chocado, com uma sensação ruim no peito.

 Hoje, chegando ao trabalho, ligo o PC e leio a triste notícia que a Sociedade Bíblica do Brasil publicou a “Bíblia Apostólica”, com notas do sr Estevan Hernandes, autoproclamado apóstolo, e com introdução do Sr. Renê Terra nova, autoproclamado patriarca. Mesmo sabendo que a SBB é uma empresa privada, e que em nossa sociedade capitalista o lucro é um objetivo a ser alcançado, vi que um limite, o da ética, do bom-senso e o da sã doutrina, foi ultrapassado. Puxa, a SBB é empresa privada, mas publica Bíblias! A Bíblia não pode ser fetichizada ou coisificada. Não é commodity ou debênture. Com certeza o empreendimento “apostólico” vai vender horrores neste hospício que se tornou a igreja evangélica. Mas o custo social para a SBB será altíssimo.

  Logo, leio uma segunda notícia, a de que D. Robinson Cavalcanti e sua esposa morreram esfaqueados pelo filho adotivo. Acompanho D. Robinson desde minha conversão, há 23 anos atrás. Ele ajudou-me a entender melhor o mundo à minha volta. Seus escritos sobre cristianismo e política, especialmente, me fizeram entender que ser um cristão de esquerda é uma proposta válida de exercício de cidadania e fé. Seu posicionamento firme contra a avalanche ideológica do movimento gay-hedonista, seu repúdio à teologia liberal e seu alerta contra o fundamentalismo secular me alegraram por ver uma voz profética em meio ao caos religioso em que nos encontramos. Infelizmente, as drogas fizeram com que seu filho adotivo cometesse um desatino desses.

  As pessoas direitas morrem, e ninguém se importa; os bons desaparecem, e ninguém percebe. É o poder do mal que os leva embora, mas eles encontram a paz. Os que vivem uma vida correta descansam em paz na sepultura (Is 57.1, 2, NTLH). D. Robinson está, com certeza, na paz do Pai. Nós, que aqui ainda militamos, e que nos chocamos com tantos desatinos cometidos em Seu nome (mas não certamente em Seu espírito), somente temos o que lamentar, a suplicar e a clamar. A lamentar, a tristeza de saber que um irmão que nos auxiliou em nossa caminhada cristã já não está mais entre nós; a suplicar, a misericórdia do Altíssimo em tempos em que a paganização do cristianismo evangélico brasileiro avança paulatinamente; a clamar, volta logo, Senhor!

 



Extraído do blog "Genizah Virtual"

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

5 ferramentas que todo cristão deveria saber manusear muito bem.

By André Sanchez

Uma ferramenta é um instrumento facilitador, que nos ajuda a realizar determinadas atividades de forma mais produtiva. Com as mãos não conseguiríamos pregar um prego em uma madeira, mas a ferramenta martelo realiza e facilita esse trabalho. Com as mãos não conseguiríamos derrubar uma árvore, mas a ferramenta machado afiado realiza e facilita esse trabalho. Na vida espiritual essa verdade não é diferente! Existem muitas coisas que não conseguimos fazer sem as ferramentas espirituais dadas por Deus para nosso manuseio e bom uso. Usando-as podemos realizar os trabalhos dados por Deus de forma mais facilitada e eficaz.

A questão é que precisamos conhecer essas ferramentas e aprender a manuseá-las em nosso dia-a-dia.

Ferramentas, Oração, amor, Palavra de Deus, Jejum, Fé1º ferramenta: Fé

A fé é uma ferramenta indispensável, pois ela é a exigência número um de Deus. Deus, por várias vezes, ensinou em Sua palavra que a ferramenta fé é indispensável para seus servos. Ele disse:“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus…” (Hb 11. 6). Por esse fato precisamos aprender a manusear a fé! Jesus repreendeu várias vezes os seus discípulos por causa de sua falta de fé ou por eles não a usarem de forma eficaz: “Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?” (Mc 4. 40). Outras repreensões de Jesus pela falta de fé (Mt 8. 26; Mt 14. 31)

2º ferramenta: Palavra de Deus

Se a ferramenta fé nos habilita a crermos em Deus, a ferramenta Palavra de Deus nos habilita a fazermos a Sua vontade e influenciarmos positivamente a vida das pessoas. O Salmista, que amava a Palavra de Deus, declarou a utilidade dessa ferramenta em sua vida: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.” (Sl 119. 105). A Bíblia ainda fala que esta ferramenta “é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas” (Hb 4. 12 – NTLH).Definitivamente precisamos saber manuseá-la bem!

3º ferramenta: Oração

Orar é falar com Deus, relacionar-se com Ele. Um crente que não manuseia bem a oração não está próximo de Deus. A oração é mostrada na Palavra de Deus como uma ferramenta indispensável na vida do cristão. Jesus exemplificou o bom uso dessa ferramenta, incentivando que a usemos em todo tipo de situação: (Mt 5. 44; Mt 26. 41; Mc 13. 33). Jesus também orientou como orar (Mt 6. 5). E diversas vezes vemos na Bíblia demonstrações do poder da oração. Antes de Pedro ser libertado da cadeia por um anjo, vemos escrito que “havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele.” (At 12. 5). Essa ferramenta tem poder e deve ser muito usada!

4º ferramenta: Jejum

Essa ferramenta não é das mais utilizadas ultimamente pelos cristãos, mas é importantíssima! Temos muitas menções dela na Bíblia sendo usada por servos de Deus. Antes de ser tentado pelo diabo, Jesus jejuou: “E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.” (Mt 4. 2). Jesus também orientou que determinadas coisas no reino de Deus só podem ser bem realizadas se acompanhadas do jejum: “Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.” (Mt 17. 21). Assim, o jejum se mostra uma ferramenta muito importante para os servos de Deus que desejam servir a Deus plenamente e eficazmente!

5º ferramenta: Amor

Sem o amor não conseguimos manusear ferramenta alguma! A melhor definição da ferramenta amor que encontrei na Bíblia é: “E, acima de tudo, tenham amor, pois o amor une perfeitamente todas as coisas.” (Cl 3. 14 – NTLH). Manusear bem o amor é fundamental para que todas as outras ferramentas funcionem bem. É através do amor que buscaremos a fé fervorosamente. É através dele que nos empenharemos na busca do conhecimento da Palavra de Deus. É com o uso dele que oraremos pelas mais diversas causas e dobraremos nossos joelhos diante do Pai. É com o amor que conseguiremos dizer não ao nosso corpo egoísta e jejuarmos diante de Deus, dizendo a Ele que O amamos mais que os alimentos. O amor faz todas as ferramentas ficarem amoladas e não enferrujarem.

Conclusão

Quando falamos de ferramentas faz-se necessário alertar que ferramentas precisam estar sempre afiadas para que possam funcionar eficazmente em nossa vida. E para isso elas precisam estar sempre sendo manuseadas, amoladas, preparadas. Assim, manuseie as ferramentas dadas por Deus frequentemente, para que, quando precisar usá-las, elas e você estejam familiarizados!

Extraído do blog "Esboçando Idéias"

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Uma resposta ao Rompimento de Ricardo Gondim.

By Rev. Daniel John Clark

 

Ricardo Gondim rompeu com o "movimento evangélico." O que dizer:

  • 1)       É um gesto vazio. Mesmo sem querer o Gondim vai continuar sendo considerado evangélico. O IBGE não vai criar uma nova categoria no Censo para incluir os membros da Betesda. O termo evangélico no Brasil é abrangente, incluíndo uma diversidade de igrejas, e a Betesda continuará a ser mais uma.

 

  • 2)       É um gesto inútil. Pesquiso a igreja evangélica no Brasil há mais de uma década e posso afirmar com confiança que não existe um "movimento evangélico" com a qual o Gondim possa romper. Como que algo que abrange Augusto Nicodemos Lopes e Edir Macedo, Russell Shedd e Rene Terranova, Marina da Silva e Sônia Hernandes ser considerado um "movimento"?

 

  • 3)       É um gesto que não trará nenhum resultado positivo. Não vejo Edir Macedo, Valdomiro Santiago ou Silas Malafaia se vestindo de panos de saco e cobrindo as suas cabeças com cinzas. Pelo contrário são justamente aqueles que trabalham para que a igreja evangélica mantenha uma fidelidade doutrinária, uma postura ética e uma preocupação pela justiça social que vão ser os mais feridos pelo gesto do Gondim.

Não creio que a ação do Gondim consiste em "apostasia". O teísmo aberto do Gondim é muito mais uma maneira de ex-calvinistas (vejam a sua origem presbiteriana) manterem a fé em face  ao mal que há no mundo do que uma aceitação do ateísmo. Ironicamente, ao "romper" o Gondim manifesta uma das piores faces do evangelicalismo brasileiro, que é o narcissismo, a preocupação pelas ações de pastores "celebridades" que com o advento de tecnologias como Twitter e Facebook chega quase ao insurportável.

Termino dizendo que para aqueles que não se tornam católicos, espíritas ou ateus a igreja evangélica é igual ao Hotel California da música dos Eagles "you can check out whenever you want, but you can never leave."

Compartilhado por meu amigo @revdjclark

 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O rompimento de Ricardo Gondim com a Igreja Evangélica Brasileira.

By Renato Vargens

Ricardo Gondim, pastor da  Assembleia  de Deus Betesda em São Paulo escreveu nesta semana um texto onde comunicou o seu rompimento com a Igreja Evangélica Brasileira. (Leia o texto aqui)

Confesso que no inicio da minha caminhada cristã as pregações do pastor assembleiano em muito me abençoou. Tive a oportunidade de ouvi-lo pregar algumas vezes, de vê-lo defender a fé apaixonadamente, bem como de ler alguns dos seus livros. Entretanto, de um tempo pra cá, Gondim enveredou-se  por caminhos perigosos, abandonando na esquina da vida, conceitos absolutamente indispensáveis a saúde cristã. Nesta perspectiva, ele abraçou o Teísmo Aberto, negou a Soberania Divina e relativizou as Escrituras. Para piorar a situação ele negou a volta eminente de Cristo, poetizou a Bíblia, além de questionar doutrinas fundamentais ao cristianismo.

Caro leitor, a carta de Gondim bem como o seu desabafo me entristece profundamente. Lamento o fato de que aquele que outrora dizia andar por caminhos  seguros, hoje  tenha optado por trajetos obscuros. Lamento  em saber que aquele que antes pregava as verdades do evangelho, hoje tenha apostatado, negado a ortodoxia bíblica em detrimento de uma fé subjetiva e relativista.

Termino este texto, reproduzindo uma fala  do jornalista Paulo Lopes, que afirmou que José Geraldo Gouveia, um ateu confesso, declarou que Gondim não tem para onde ir a não ser para os braços do ateísmo.

Espero sinceramente que José Geraldo esteja errado. 

Rogando a Deus que reconduza Gondim a verdade.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Tentados pelos demônios, servidos pelos anjos!

By Robinson Cavalcanti

Nesse início da Quaresma – período importante do Ano Cristão – somos chamados à atenção para os momentos dramáticos que antecedem o ministério messiânico de Jesus: os quarenta dias no deserto, onde foi tentado por satanás, para, ao fim, vitorioso, ser ministrado pelos anjos.

A vida peregrina das pessoas é alternada de oásis e de desertos. Jesus não foi para o deserto por conta própria, nem foi algo ao sabor das circunstâncias, mas para ali foi levado pelo próprio Espírito Santo. Necessitamos de oásis para não perecer. Necessitamos de desertos para amadurecer. Em ambos podemos receber recados de Deus.

No deserto estava a representação das hostes espirituais da maldade, na pessoa de satanás como tentador, e das hostes espirituais da bondade, nas pessoas dos anjos que o serviram, alimentando-o e dessedentando-o. Anjos e demônios estão presentes nos textos das Sagradas Escrituras do Gênesis ao Apocalipse. Mas que dizer deles na vida da sociedade, da Igreja e das pessoas?

Sabemos que os demônios tentam, induzem, possuem, assessoram as instituições e as atitudes de iniquidade, sem eliminar a responsabilidade e a culpa de decisões morais humanas. Sabemos que anjos são mensageiros, guardiões e ministradores da parte de Deus para o seu povo. Sua realidade, muito clara no Judaísmo, no Cristianismo e no Islã, também pode ser encontrada em outras tradições religiosas não-abraâmicas.

O racionalismo pós-iluminista secularista ocidental moderno e contemporâneo tem negado tal realidade, como superstição ou mitologia. Um pensador afirmou que essa foi a jogada mais brilhante de satanás: convencer o mundo de que ele não existe, para poder atuar livremente em seu ministério de desumanização e opressão. O Positivismo e o Marxismo foram instrumentos ideológicos da promoção dessa negação dos seres angélicos caídos e não caídos. E a Igreja?

A Igreja tem se dividido entre os liberais que adotaram o cetismo – negação do pensamento secular, pentecostais e neo(pseudo)pentecostais que, em alguns casos, têm ido da supervalorização do poder satânico e a redução do poder da cruz, com seus “encostos” e “sessões de descarrego”, vendo demônios por toda a parte, fugindo da culpa pessoal quanto ao mal, aos assentos de templos reservados para os anjos bons, em uma espécie de “rotinização angélica”. Mas, e as Igrejas históricas?

As Igrejas Históricas, no geral, confessam nos seus livros a existência de anjos e demônios, mas vivem a prática do cotidiano como se ambos não existissem, ou fossem aposentados. Ou seja, a prática e a pastoral são a negação do que se afirma ensinar como verdade.

Certa vez um jovem pastor africano, educado em Seminário Teológico liberal na França, quando de regresso ao seu país, foi chamado a exorcizar uma parenta que estava (literalmente) “com o diabo no couro”. Em pânico, disse para o demônio: “eu não posso lhe expulsar, porque aprendi que você não existe…”.

Como anglicano, integro um ramo histórico da Igreja. Entre nós é escassa a presença de exageros afirmativos quanto a anjos e demônios, mas, em algumas Províncias e Dioceses, não é escassa a presença dos céticos-racionalistas. Tenho preocupação, quanto à nossa Diocese e as coirmãs históricas ao nosso redor pela quase total ausência de referência aos ministérios angélicos e satânicos em sermões ou reflexões teológicas.

Quando o Dr. Billy Graham, na década de 1970, escreveu o seu livro sobre os anjos, fazia meio século que ninguém tinha tratado do tema nos Estados Unidos, onde, nos dias de hoje, se falar em anjos e demônios é tido como algo exótico ou uma gafe.

Vejo o tempo da Quaresma – da Quarta-Feira de Cinzas ao Domingo da Ressurreição – como um período de aprofundamento da fé, pela oração, o jejum e a caridade, como nos tem ensinado a tradição da Igreja.

Olhando para o episódio de Jesus no deserto e para os desertos existenciais, espirituais e teológicos, gostaria de fazer um chamamento a todos para uma renovada consciência do angélico e do satânico na nossa vida e missão.

Os anjos podem acampar ao redor de nós. E satanás (creiam-me) está “solto na buraqueira”.

É bom abrir os olhos, e, pelos olhos da fé, enxergar além do material.

Que o Senhor nos abençoe!

Lido no "Pavablog"

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A origem e a análise bíblica do Carnaval

By Wagner Antonio de Araújo

 

A ORIGEM DO CARNAVAL 



4 mil a.C. - antigo Egito - culto a Isis - rituais agrários - colheitas de grandes safras
pintavam os rostos, dançavam, bebiam.

rituais pagãos - festas e orgias romanas
deus Pã e Baco - Pã (Lupércio) deus dos bosques e florestas
Baco - Dionísio - deus das festas, da intoxicação, da bebedeira, do lazer

Lupercais, Bacanais e Dionísicas

O povo de Israel, no deserto, ao aguardar por Moisés, que demorava no monte, decidiu criar um bezerro de ouro e realizar uma "festa", cujos sintomas eram exatamente o das festas egípcias: bebedeira, orgias, descontroles morais. (conforme (Ex 32:6) E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar. 

Nos primeiros séculos da Era Cristã

O Carnaval começava após o ano novo e Dia de Reis, mas acentuava-se próximo do período da Quaresma, principalmente na chamada "terça-feira gorda", que era o último dia em que os cristãos podiam comer carne à vontade. Daí pra frente a igreja insistia num jejum e abstinência de prazeres e comidas.


Na Idade Média

Jogos e disfarces.
em Roma: corridas de cavalos, carros alegóricos e guerra de confetes nas ruas.
O Papa Paulo II criou o BAILE DE MÁSCARAS no século XV...

As máscaras mais famosas são confeccionadas em Veneza e Florença. Eram símbolos de sedução.

COMÉDIA ITALIANA - grupo teatral que instalou-se na França para difundir COMMEDIA DELLARTE, peça italiana, onde havia 3 personagens:
PIERRÔ - Ingênuo, sentimental e romântico, apaixonado pela COLOMBINA.
COLOMBINA - Caricatura das antigas criadas de quarto, sedutoras e volúveis.
ARLEQUIM - amante de Colombina, inimigo de Pierrô, é o palhaço farçante e cômico.

na EUROPA:

Entrudo: ritual carnavalesco, significa entrada, início, começo da Quaresma. Existe desde 590 d.C.quando o Carnaval Cristão foi oficializado.
o povo comia e bebia até cair, para compensar o jejum que viria.
com o tempo tornou-se bruto e violento, tendo seu ápice em Portugal, nos séculos 17 e 18, onde homens e mulheres atiravam água suja, ovos podres, guerra de laranja, restos de comida, além de todo tipo de abusos, imoralidades e atrocidades.
no Brasil
origem portuguesa
chegou com as caravelas.
recebeu influência das mascaradas italianas.

só no século 20 recebeu a influência africana.

1) O entrudo chegou ao Brasil em 1641 no Rio de Janeiro.
A Igreja Católica insistiu em mudanças.
Então a água suja foi substituida por água com perfume, originando o lança-perfumes, éter perfumado com perfume francês. Criado em 1885
No lugar das grosserias vieram as batalhas de flores e desfile de carros alegóricos de origem européia.
REI MOMO - inspirado nos BUFOS, atores portugueses, que faziam  comédias para divertir os nobres. 
ZÉ PEREIRA - 1846 - tocador de bumbo. Deu origem às baterias
Origem da palavra Carnaval 
Estudiosos divergem quanto a origem do termo Carnaval. Para uns, a palavra vem de CARRUM NAVALIS, os carros navais que faziam a abertura das Dionisías Gregas nos séculos VII e VI a.C. Uma outra versão é a de que a palavra Carnaval surgiu quando Gregório I, o Grande, em 590 d.C. transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao sétimo domingo, denominado de "qüinquagésima" deu o título de "dominica ad carne levandas", expressão que teria sucessivamente se abreviado para "carne levandas", "carne levale", "carne levamen", "carneval" e "carnaval", todas variantes de dialetos italianos (milanês, siciliano, calabres, etc..) e que significam ação de tirar , quer dizer: "tirar a carne" A terça-feira. (mardi-grass), seria legitimamente a noite do carnaval. Seria, em última análise, a permissão de se comer carne antes dos 40 dias de jejum da Quaresma.

 

20 RAZÕES PELAS QUAIS O CRENTE NÃO DEVE TOMAR PARTE DA FESTA DO CARNAVAL

 

1) É uma festa pagã, com práticas pagãs. Será, porém, que, se de qualquer modo te esqueceres do Senhor teu Deus, e se ouvires outros deuses, e os servires, e te inclinares perante eles, hoje eu testifico contra vós que certamente perecereis. (Dt 8:19)

 

2) É uma celebração da carnalidade, da imoralidade. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. (1Jo 2:16)

 

3) É uma festa de práticas vergonhosas; E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. (Rm 6:21)

 

4) É uma permissão à imoralidade, à prostituição. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. (1Co 5:11)

 

5) É servir a dois senhores, à carne e a Deus. Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mt 6:24)

 

6) É uma festa consagrada ao Diabo e ao pecado. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. (1Co 10:21)

 

7) É destrutiva à instituição familiar. Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará. (Hb 13:4)

 

8) É festa mundana. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. (1Jo 2:16)

 

9) Corrompe a sociedade.  Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. (1Co 15:33)

 

10) Escandaliza os que amam a Deus. Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? (1Co 8:10)

 

11) Não edifica. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. (1Co 10:23)

 

12) Produz inimizade contra Deus. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. (Tg 4:4)

 

13) É dar lugar ao Diabo. Não deis lugar ao diabo. (Ef 4:27)

 

14) É o ambiente consagrado às obras da carne. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, (Gl 5:19)Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, (Gl 5:20);Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. (Gl 5:21)

 

15) Incita ao pecado. Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior. (Jo 5:14)

 

16) É roda de escarnecedores. Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. (Sl 1:1)

 

17) Afasta a imagem de Deus do coração do homem. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. (2Co 4:4)

 

18) É prática dos que perecem. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. (Rm 8:8)

 

19) Corrompe a santidade. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. (2Co 11:3)

 

20) É deste mundo e não tem parte com Cristo. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. (1Jo 2:16)

 

Que Deus nos abençoe, santifique e afaste de qualquer prática carnavalesca.

 

Wagner Antonio de Araújo

Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel, Carapicuiba, São Paulo, Brasil.

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