segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Diálogo com Deus II

O hábito de adorar.

Fomos chamados para um relacionamento de amor com Deus. Ele não quer apenas que saibamos das suas intenções, que tenhamos determinadas informações acerca do comportamento ideal, ou que desenvolvamos certas habilidades, ou ainda venhamos a guardar determinado ritos litúrgicos. Sobre tudo, Ele está interessado em nós, como seres integrais. Quer relacionar-se conosco, e demonstrou isso claramente em Jesus, vindo ao nosso encontro e removendo a barreira de separação que havia entre nós e Ele, "Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio" Ef. 2.14.


Todo relacionamento, para ser saudável, precisa da participação ativa de ambas as partes. Precisa de exposição, de transparência e interesse sincero. Por muito tempo, busquei a Deus para suprir minhas necessidades, acalmar meu coração, encontrar socorro... não tinha a menor idéia de como me relacionar com Deus. Além disso tinha uma forte sensação de que precisava realizar algo grande, algo verdadeiramente significativo para Deus. Algo que fizesse Ele sorrir para mim. Que lhe desse alegria! Havia sinceridade em meu coração, mas nunca me sentia satisfeito. Por mais que eu fizesse, nunca era suficiente. Tinha realmente a impressão de que isso não fazia a menor diferença para Ele.
Muitos cristãos acreditam que precisam impressionar Deus. Não é uma crença formal. Não dizem isto, mas vivem assim. O fim desse caminho é a frustração! Deus quer relacionamento, e não benefícios! Ele não nos abençoa por que fizemos um bom trabalho, por causa do nosso desempenho. Ele nos abençoa por que é da sua natureza abençoar!
Quando descobri isso, passava por minha mais profunda crise pessoal. As coisas que eu havia vivido, tudo o que tinha feito até aquele momento pareciam sem sentido. Nada estava dando certo. Não tinha mais nenhum prazer na adoração. As coisas que antes eram importantes para mim tornaram-se vazias e sem sentido. Era como se, de uma hora para outra, tudo aquilo que sempre teve valor e que tanto prezei desaparecesse. Nesse momento sabia que se Deus não me acolhesse, ninguém mais o faria. Não havia ninguém a quem recorrer. Ninguém que pudesse compreender os anseios da minha alma. Foi nesse momento, que pela primeira vez, percebi claramente o verdadeiro amor de Deus. Agora eu já não tinha nada, a não ser lágrimas. Nada para ofertar. Nenhum bem, nenhum trabalho relevante, nenhum grande feito, nenhum currículo, nada! Nesse momento, quase podia ouví-lo dizer: "Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atrai." Jeremias 31:3. Agora não dependia mais do que era, ou tinha que oferecer... só podia receber! Se Ele não me acolhesse, não tinha para onde ir. Não havia esperança!
Mas Ele me acolheu! Ele espera ansioso pelo momento da nossa entrega total. Ele diz "...inclinai os ouvidos e vide a mim; ouvi, e a vossa alma viverá..." (Isaías 55.3a). Até chegarmos a esse ponto, não estamos prontos para oferecer uma "oferta aceitável" ao Senhor. Nada em nós pode atraí-lo, até que nos esvaziemos de nós mesmos e sejamos enchidos Dele! A partir desse ponto, podemos agir. Não como antes, não baseado nos nossos recursos, mas simplesmente repartindo aquilo que Ele já nos deu. Para isso fomos criados.
"Esta é a vida eterna: que conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". João 17.3. "Receber e repartir". A vida está Nele! Ele é nossa fonte! Precisamos saciar nosso sede Nele, e assim daremos fruto, e fruto que permanece!

Autor: Gilberto Wegermann

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...