terça-feira, 30 de agosto de 2011

Papelão da Convenção Batista Brasileira


Convenção Batista Brasileira recua sobre a construção do OBELISCO, mas emite nota dissimulada. O vídeo a seguir prova que a CBB mente.


Ontem, no final de tarde, em conversa com um dos articuladores da campanha contra a construção do malfadado PIRULITO DO PIRAGINE, o Sr. Sócrates Oliveira de Souza Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira informou que estava reunido com a assessoria de imprensa da entidade produzindo uma nota informando a desistência da construção do OBELISCO, declarando que mesmo seria substituído por uma placa comemorativa.

Contudo, ao ler a NOTA divulgada a seguir, fica a impressão que a mesma apenas desmente um boato de internet.

Obviamente, não se trata de boato de internet, mas de uma intenção explicita da convenção batista do centro leste paulista, referendada pelas convenções paulista e brasileira.

Tal “boato” foi espalhado pelas próprias convenções e está EXPLICITO aos 03:50s (na fala do pastor Ruben Nazareth dos Santos - presidente da ABCLESP) NO VÍDEO DESTA MATÉRIA, ONDE NÃO APENAS A INTENÇÃO DE CONSTRUÇÃO DO MONUMENTO É ESTABELECIDA, COMO É FEITO O CONVITE PARA OS BATISTAS VIREM INAUGURÁ-LO (ATÉ MESMO UMA IMAGEM DO MESMO É VISTA).

Genizah copiou o vídeo e o arquivou em diversos servidores para que os batistas possam comprovar a dissimulação.

NOTA OFICIAL DA CBB

Ao contrário do que afirmam alguns rumores que têm circulado pela internet, a Convenção Batista Brasileira não tem intenção alguma de construir um obelisco por ocasião dos 140 anos do início do trabalho batista no Brasil. O que haverá por ocasião desta data tão significativa é a realização de um culto de ações de graças a Deus, promovido pela Convenção Batista Brasileira em parceria com a Convenção Batista do Estado de São Paulo, na cidade de Santa Bárbara d'Oeste (SP). Desde já, todo o povo batista está convidado a participar deste evento, cujos detalhes logo serão divulgados.

Em Cristo, Sócrates Oliveira de Souza
Diretor Executivo Convenção Batista Brasileira

Autorizamos a reprodução deste conteúdo única e exclusivamente se a fonte for citada como Convenção Batista Brasileira e com a inclusão do link para www.batistas.com (na internet).

140 anos de Batistas no Brasil from Genizah on Vimeo.


A abominação está aos 03:50s (na fala do pastor Ruben Nazareth dos Santos - presidente da ABCLESP)



Diversos irmãos estão articulando protesto contra a dissimulação da CBB. Deixe seu protesto aqui:

http://www.batistas.com/index.php?option=com_contact&view=contact&id=1&Itemid=24


Extraído do Genizah Virtual

O Pirulito " batista " subiu no telhado.


Em março deste ano, um grupo de pastores e diáconos batistas procurou o Genizah para apresentar denuncia envolvendo a Convenção Batista do Brasil e a Convenção Batista de São Paulo e a pretensa inclusão, na festa de comemoração dos 140 anos dos batistas no Brasil, da inauguração de um “obelisco” - considerado um símbolo pagão, adotado pela maçonaria.

Na ocasião, a Convenção Batista Brasileira emitiu uma nota dando o caso como boato de internet, contudo, nos bastidores o assunto foi tratado pelos denunciantes e a direção executiva da CBB em telefonemas e reuniões e, de fato, havia sim no vídeo a menção clara ao referido obelisco.

Não fosse o bastante, o assim denominado “boato” ou “mal entendido”, na percepção da CBB, seguiu, para todos os efeitos, muito real, com articuladores da Convenção Paulista tratando de, explicitamente, se colocar na defesa do obelisco, minimizando o simbolismo do mesmo e relativizando a tradição dos batistas, muito atentos às armadilhas da idolatria. O episódio foi parcialmente contornado quando, misteriosamente, o vídeo oficial do evento aparece modificado nos sites das duas convenções, expurgado das referências ao obelisco.

Ontem (29/08/2011) irmãos batistas nos informaram acerca da divulgação no site da CBB da programação oficial das comemorações dos 140 anos dos Batistas no Brasil. Do informativo consta uma cerimônia solene, sobre cuja a natureza os mesmos levantam suspeitas de se tratar da iniciativa de construção de um monumento de natureza maçônica (ou de inspiração pagã).

Ainda segundo a intepretação dos mesmos irmãos batistas, a suspeita se baseia nos acontecimentos anteriores (relatados nas matérias linkadas neste post) e no fato das "cerimônias de lançamento de pedras fundamentais” serem rituais de tradição maçônica.

Despidos de qualquer intenção difamatória, especulativa ou política, o desejo destes irmãos batistas é obter os devidos esclarecimentos acerca do projeto construtivo do monumento lançado a partir da colocação solene desta pedra fundamental.

Veja o link para o site da CBB:

http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=773:celebracao-dos-140-anos-da-primeira-igreja-batista-em-solo-brasileiro&catid=16:artigos1&Itemid=42

Veja a programação:

- Dia 8/9 - Celebração de Missões - 19h30 Preletor - Pr. Irland Pereira de Azevedo Participação da Banda e Coro da Cristolândia EXPO-MISSÕES

- Dia 9/9 - Celebração da Juventude - 19h30 Preletora - Missionária Analzira Nascimento Participação Musical: Cantor PG e banda Bandas das Jubas do Estado

- Dia 10/9 - Celebração Solene

16h00 - Lançamento da Pedra Fundamental do Marco Histórico

20h00 - Culto Solene

Preletor - Pr. Carlos Novaes

Participações:

Coro da PIB de São José do Rio Preto, Grande Coro de 200 vozes formado pelas igrejas da região Banda Sinfônica de Nova Odessa


Nota do Editor

A editoria do Genizah reafirma a nossa intenção de não polemizar sobre o assunto, mas tão somente atender ao pedido de parcela significativa de batistas sinceros que, no mesmo espírito cooperador, acompanham este caso e desejam luz sobre o episódio.

Como autor desta matéria, manifesto o meu maior apreço e ligação à Igreja Batista.

Desde o início da minha caminhada cristã tenho transitado entre as denominações Batista e Presbiteriana e, como os nossos leitores contumazes sabem, o Genizah frequentemente promove as obras missionárias batistas, mais do que quaisquer outras, dado os laços de amizade favorecendo o nosso conhecimento destas iniciativas.

Ademais, ressalto a profunda dívida que tenho para com a Igreja Batista. Foi em um acampamento batista o meu primeiro contato com o Senhor; o meu primeiro culto foi em uma Igreja Batista; fui seminarista batista; tenho como discipulador um pastor batista; e não fosse uma mudança de cidade, eu estaria, certamente, congregando na mesmo igreja batista onde encontrei conforto por anos.

Da mesma forma, as fontes da matéria são todos batistas sinceros, envolvidos com a Obra, sérios. São servos que tem se oposto à introdução de símbolos maçônicos na igreja e à ordenação de maçônicos.

Ou seja, é uma discussão honesta e justa entre irmãos que entendem de forma diferente a validade deste tipo de associação e pretendem que o assunto seja apresentado e discutido com a abertura merecida.

Genizah pretende organizar uma série de artigos sobre o assunto. Já convidamos alguns especialistas na matéria a contribuir e deixamos aqui o mesmo convite a todos os interessados em nos enviar material para apreciação.

Danilo Fernandes

Extraído do site do Genizah Virtual

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Cadê o conselheiro?!?


A função de ser conselheiro dentro do povo de DEUS é uma das mais nobres, o conselheiro é alguém visto como confiável, sábio, amoroso, forte, equilibrado e inteligente. Vejo muitos jovens que almejam serem reconhecidos como conselheiros.

O conselheiro é um pastor e como tal deve se comportar:

"Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes." (Tito 1.7-9)

Um conselheiro não tem hora de descanso, descansa quando lhe permitem pois como dizer a alguém em meio a uma crise que volte outra hora, pois agora ele está descansando? Essa conversa de que tal dia ninguém deve incomodá-lo pois é seu dia de descanso não é a fala de um pastor-conselheiro, mas de um profissional. Um conselheiro é um servo que ministra no Reino em obediência ao SENHOR e para ser benção aos servos do Rei, ele não é um profissional que atende clientes. Não o faz por fama ou glória, mas porque obedece o chamado que recebeu do Triúno DEUS.

Muitas vezes estará exausto mas nunca a ponto de se recusar a orar com alguém para aproximá-lo do SENHOR.

Mas ... e quando ele mesmo se encontra ferido? E quando ele precisa de atenção, cuidado e conselhos?

Nessa hora ele se pergunta: "Cadê o conselheiro!?!"

É trágico mas as pessoas não avaliam que o próprio conselheiro tem problemas e crises pessoais. O que ele deve fazer quando as enfrenta? Alguns argumentam que ele deve recorrer a DEUS. Sim ele recorre, mas também precisa de carinho e compaixão humana. Um sorriso e ouvir palavras verdadeiras de estímulo.

Em algumas igrejas se um pastor pede orações por sua vida muitos começam a especular que talvez ele esteja em pecado. E mesmo que estivesse, isso o torna indigno de receber nossa misericórdia e a compaixão? Será que o povo pensa que é mais provável que ele apenas esteja cansado? Que esteja enfrentando as mesmas crises que cada um deles enfrenta e que ele atendeu com zêlo e amor?

Porque as pessoas olham para as crises de um conselheiro como se fossem máculas inaceitáveis e muitas vezes o tratam tal qual um leproso nos tempos bíblicos?

Conselheiros são seres humanos. Ficam cansados, são feridos, sangram, choram, se sentem abandonados e querem apoio e amor.

Muitos deles seguem ministrando mesmo quando estão feridos e cansados, mas eu peço por eles.

Peço que os cristãos comecem a olhar para seus conselheiros não como super-homens, mas tão somente como homens que o SENHOR usa para abençoar Sua Igreja e assim também cuidem deles, pois ao cuidar deles estarão servindo ao SENHOR.

"Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.

Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil." (Hebreus 3.7 e 17)

Da próxima vez que um pastor precisar de apoio e de cuidado não esperem que ele grite "Cadê o conselheiro!!!". Mostre para com ele o amor que procede de DEUS



Um forte amplexo


Victor Hugo Ramallo, pastor

Nossos medos e anseios


Antes que alguém queira esfregar no meu nariz o texto bíblico eu já o aviso ... sim conheço os textos clássicos sobre não ter medo:

"Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares." (Josué 1.9)

"Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação." (II Timóteo 1 : 7)

Mas a realidade nos demonstra que sim temos medos.

Sim sabemos que o medo e a presença do Senhor JESUS em nossas vidas não são compatíveis, mas é fato que muitas vezes o temor nos assola e a incerteza nos assombra. Incorrer na tolice de atribuir isso a espíritos demoníacos é algo infantil e irreal, eu sei que demônios existem e atuam, mas nossos medos são algo muito mais próximo de nós mesmos. A origem de nossos medos está em nossas inseguranças e em nossas limitações, nossos medos surgem e nos assombram pelo simples fato que temos medo de perder pessoas ou coisas.

Nos apegamos a uma pessoa e a simples idéia de não semos mais bem quistos por essa mesma pessoa nos apavora, nos imobiliza ou nos leva a atos tresloucados. Por medo e em reação a ele agimos de modo insensato e contrário ao nosso padrão comportamental. O medo é tão somente a percepção, mesmo que não plenamente consciente, que não temos como controlar situações ou relações e que elas podem simplesmente findar ou romper-se de modo abrupto e inesperado.

Ou seja o medo é tão somente falta de fé (e fé é a consciente, voluntária e amorosa submissão à vontade de DEUS), queremos controlar o que de fato está sob controle de DEUS e isso é insubordinação. Além de insubordinação é algo tolo, pois não podemos controlar nada e ao tentarmos controlar inevitavelmente iremos falhar, essa falha (ou a consciencia da possibilidade dela ocorrer) produz em nós o medo. Lembremo-nos "DO SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam" (Salmos 24.1)


Reexplicando: temos medo por querer controlar algo que não somos capazes de controlar e a percepção dessa nossa incapacidade gera em nós o medo

Mas como vencer esse inimigo que dia após dia nos enfrenta e muitas vezes nos vence?

Parecerá estranho mas é uma questão de orgulho, precisamos reconhecer nossa incapacidade e nossa incompetência. Admitir que não somos sequer próximos de ter a capacidade de cuidar de nós mesmos. Isso os dói e nos incomoda mas é a realidade antes de podermos reconhecer que o SENHOR nos governa devemos reconhecer que não somos capazes de cuidar nem de nós mesmos e muito menos da realidade que nos cerca.

Quase posso ouvir a pergunta: "O senhor tem certeza pastor?"

Sim tenho. Pois meus medos também me assombram, não sou melhor que ninguém e nem mais santo que qualquer outro cristão. Sou tão falho e incapaz como qualquer outro ser humano.

Em cada situação de medo (medo de perder o que amo ou a quem amo) tenho que reconhecer que não posso cuidar dessa realida e que é DEUS quem tem o controle e aprender a confiar nEle em cada uma dessas situações e relações. Esse é um aprendizado constante por toda a vida e temos que aprender a ser alunos insistentes e obedientes.

A obediência ao SENHOR manifesta nosso amor por Ele e dessa forma aprenderemos e viveremos o que nos ensina a Palavra:

"No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor." (I João 4 : 18)



Um forte e fraterno amplexo

Victor Hugo Ramallo, pastor e vosso conservo

O Pr Victor Hugo Ramallo é um grande amigo, pastor, missionário, homem de grande visão. Ele coopera com nosso blog também.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pastor é carregado entre a multidão, como um deus.

Diante de uma multidão de populares, soldados do exército levam pastor, como registrado na imagem abaixo. A cena lembra aqueles filmes épicos, onde escravos carregam o sultão em sua esteira.












Verdadeiramente, é uma imagem bizarra. Onde esse mundo vai parar? Vejam as imagens do episódio revelando a soberba, a idolatria e a busca do poder:








































Oi? O que foi?





Extraído do site Genizah Virtual

Deus não está nem aí...


Por Hermes C. Fernandes

Deus não vai perguntar que tipo de carro você costumava dirigir... mas vai perguntar quantas pessoas necessitando de ajuda você transportou.

Deus não vai perguntar qual o tamanho da sua casa... mas vai perguntar quantas pessoas você abrigou nela.


Deus não vai fazer perguntas sobre as roupas do seu armário... mas vai perguntar quantas pessoas você ajudou a vestir.

Deus não vai perguntar o montante de seus bens materiais... mas vai perguntar em que medida eles ditaram sua vida.

Deus não vai perguntar qual foi o seu maior salário... mas vai perguntar se você comprometeu o seu caráter para obtê-lo.


Deus não vai perguntar quantas promoções você recebeu... mas vai perguntar de que forma você promoveu os outros.


Deus não vai perguntar qual foi o título do cargo que você ocupava... mas vai perguntar se você desempenhou o seu trabalho com o melhor de suas habilidades.


Deus não vai perguntar quantos amigos você teve... mas vai perguntar para quantas pessoas você foi amigo.


Deus não vai perguntar o que você fez para proteger seus direitos... mas vai perguntar o que você fez para garantir os direitos dos outros.


Deus não vai perguntar em que bairro você morou... mas vai perguntar como você tratou seus vizinhos.


Deus não vai perguntar quantos diplomas você conquistou... mas vai perguntar como você usou seu conhecimento para o bem comum.


Deus não vai perguntar quantos hectares tinha sua propriedade... mas vai perguntar se você ajudou a proteger o meio-ambiente.


Deus não vai perguntar quantas pessoas você atraiu para a igreja... mas vai perguntar como você influenciou o Mundo à sua volta.


Deus não vai perguntar que herança você deixou para seus filhos... mas vai perguntar que legado deixou para as próximas gerações.

E eu me pergunto: Que tipo de respostas terei para dar? Talvez Ele nem faça pergunta alguma. Bastaria Seu olhar prescrutante para que todas essas perguntas nos viessem à mente num abrir e piscar de olhos.

E você, está pronto pra encontrar-se com Deus?

Extraído do blog do Hermes C. Fernandes

Não sou vencedor


Autor: Digão

Descobri que não sou um vencedor. A igreja evangélica, ultimamente, vem batendo incessantemente nesta tecla: se você é crente, é obrigatoriamente um vencedor. Será?

Bom, tive algumas vitórias bem rumorosas, outras discretas. A algumas, credito a Deus; a outras, ao meu esforço, capacidade e empenho próprios. Também tive alguns fracassos retumbantes, e outros silenciosos. A alguns, credito ao mal externo (o diabo e o mundo); a outros, ao meu mal interno (minha carne e minha inabilidade).

Isso faz de mim, uma pessoa comum. E é isso que a igreja evangélica, com todo o seu discurso triunfalista, quer mascarar, esconder. Quer criar, a todo custo, um exército de pessoas de bem com a vida, sem dores ou sofrimentos, usufruindo toda a alegria do céu aqui e agora. Deixaram todo e qualquer traço de epicurismo (ou mesmo estoicismo) para trás e abraçam, sem nenhuma restrição, o corpo moreno, suado e sexy do hedonismo. Aliás, essa mania de querer perseguir a felicidade e todo custo tem formado uma geração de gente estupidificada, alienada, egocêntrica e insensível. Somos um simples reflexo de nossa sociedade doente.

Quando vemos a Bíblia, não encontramos nela nenhum traço daquilo que é apregoado hoje em dia. Os vencedores que a Bíblia retrata em Hb 11 são pessoas comuns, usadas por Deus, mas que passaram tremendas angústias, ou tiveram até mesmo mortes violentas. O profeta Isaías teve seu corpo serrado ao meio; Tiago morreu no fio da espada; Paulo foi decapitado; Pedro, segundo nos conta a tradição, crucificado de cabeça para baixo. Isso sem falar de Jesus que, por desafiar todo o sistema religioso putrefato de Seu tempo, foi pendurado na cruz, morte abjeta àqueles dias. Isso nos demonstra que todos aqueles que ousam desafiar o sistema religioso putrefato de nosso tempo também terão destino semelhante.

Sim, Jesus disse que passaríamos por aflições no mundo. Mas também disse que Ele venceu, não nós, e Sua vitória sobre o mundo foi a execução de seu propósito em Sua morte. Sim, a Bíblia afirma que somos mais que vencedores. Mas o contexto de Rm 8 não me autoriza a ser irresponsável e a apregoar um estilo de vida róseo. Em todas estas coisas, diz Paulo, somos mais que vencedores em Jesus. E que coisas são essas? Trata-se do mesmo argumento de Jesus, ou seja, a vitória sobre o mundo não é um carrão na garagem e uma vida livre de problemas, mas a nossa fé (1Jo 5.4). Permanecer fiel, mesmo debaixo de uma saraivada de balas por todos os lados, mesmo depois que “companheiros de jornada” te abandonam, é uma vitória, e daquelas bem sobrenaturais.

Portanto, da próxima vez que resolver ouvir um daqueles mantras pegajosos que exaltem incessantemente o seu ego e que se esquecem de mencionar o Filho, pense em Jesus morrendo como um bandido, no profeta Oséias se casando com uma prostituta, em Jeremias perseguido por Pasur e jogado em uma cisterna. Mas, principalmente, pense como apostatamos de modo ruidoso e contínuo da simplicidade do Crucificado, indo atrás da doce mensagem de Baal apregoada por pastores-vendedores-popstars da moda. Caso não sinta nenhum arrependimento ou tristeza com isto, é sinal que Javé não faz mais diferença, e Baal é sua nova realidade.

Extraído do site Genizah Virtual.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"David e Jônatas eram gays?"


Responde: Alan Brizotti

A amizade é um dos aspectos mais subestimados da espiritualidade. Vivemos na era dos conteúdos esvaziados, dias onde tudo é marcado pela penumbra da suspeita. Os relacionamentos são marcados por pitadas de maldade. Não são poucos os que lêem o texto sobre a amizade entre Jônatas e Davi e acreditam numa provável relação homossexual entre eles. O que me intriga é que, geralmente não se valoriza o que a Bíblia diz (principalmente quando ela é normativa em questões de relacionamentos), contudo, buscam-se desesperadamente textos bíblicos que legitimem as práticas homossexuais. Então, valoriza-se a Bíblia ou não?

A raiz dessa problemática está na abismal incapacidade do homem pós-moderno em manter amizades leais, a incapacidade de pertencer. Não é por acaso que os psicólogos e psiquiatras estejam sendo vistos como “amigos profissionais”. É a tragédia da amizade descartável, uma espécie de relação utilitarista e monetária que, movida pela estética do fingimento, termina quando o dinheiro (ou o prazer) acaba. Um provérbio italiano diz: “Amizade que termina, nunca começou”. Eugene Peterson diz: “um Jônatas faz acontecer um Davi”.

O amor que a Bíblia define na relação de Jônatas e Davi vai muito além da famigerada “opção sexual” – é uma forma de santidade. No texto bíblico de I Samuel 20. 42, Jônatas diz a Davi: “O Senhor seja testemunha entre mim e ti”, esse amor torna a experiência humana em algo santo. Essa amizade permitiu um milagre: de maneira radicalmente oposta a seu pai, Saul, Jônatas discerniu a presença de Deus em Davi. A amizade de Jônatas conseguiu enraizar-se na alma de Davi de uma forma que o ódio de Saul jamais conseguiu. Foi uma amizade baseada no “vínculo da paz”.

O fator Jônatas é a aliança, o pacto, o “amor de almas”, que cria vínculos na sociedade dos solitários. Muitos pactos de amizade – o fator Jônatas – ainda são vividos nas atuais “cortes de Saul” que se tornaram alguns casamentos, postos de trabalho, famílias, igrejas, lugares que vivem em condições hostis a esse tipo de propósito. Entretanto, a vitória está na permanência da aliança e não na vulnerabilidade das circunstâncias e opiniões.

No mesmo texto, I Samuel 20. 42, Jônatas diz a Davi: “Vai-te em paz”: uma amizade libertadora, não opressiva, digna do amor que permite ao outro a potencialidade de suas asas. Não vejo qualquer conotação homossexual entre Jônatas e Davi – nenhuma tentativa “romanceada” de sexualizar, erotizar ou “casar” esses dois corações. O que há é uma abençoada convergência de admiração mútua. Um perfeito pacto de vida. Um amor que poucos – homossexuais ou heterossexuais – descobriram.

Você já encontrou seu Jônatas?

Extraído do site Genizah Virtual.

Vamos esclarecer as coisas!

Postado por Augustus Nicodemus Lopes


Os tempos ficarão difíceis, não para a Igreja Evangélica, mas para aqueles evangélicos que:
* insistirem que a Bíblia é inerrante;

* acreditarem que foi Deus que criou o mundo e não a evolução;

* afirmarem que o casamento é entre um homem e uma mulher;

* declararem que só Jesus Cristo salva e que o Cristianismo é a única religião verdadeira;

* acreditarem na necessidade da Igreja;

* se recusarem a negar qualquer das posições acima.

Extraído do blog: O Tempora! O Mores!

Para Quem Pensa Estar em Pé


Augusto Nicodemos Lopes

Faz alguns anos fui convidado para ser o preletor de uma conferência sobre santidade promovida por uma conhecida organização carismática no Brasil. O convite, bastante gentil, dizia em linhas gerais que o povo de Deus no Brasil havia experimentado nas últimas décadas ondas sobre ondas de avivamento. “O vento do Senhor tem soprado renovação sobre nós”, dizia o convite, mencionando em seguida o que considerava como evidências: o movimento brasileiro de missões, crescimento na área da ação social, seminários e institutos bíblicos cheios, o surgimento de uma nova onda de louvor e adoração, com bandas diferentes que “conseguem aquecer os nossos ambientes de culto”. O convite reconhecia, porém, que ainda havia muito que alcançar. Existia especialmente um assunto que não tinha recebido muita ênfase, dizia o convite, que era a santidade. E acrescentava: “Sentimos que precisamos batalhar por santidade. Por isto, estamos marcando uma conferência sobre Santidade...”

Dei graças a Deus pelo desejo daqueles irmãos em buscar mais santidade. Entretanto, por detrás dessa busca havia o conceito de que se pode ter um “avivamento” espiritual sem que haja ênfase em santidade! Parece que para estes irmãos — e muitos outros no Brasil — a prática dos chamados dons sobrenaturais (visões, sonhos, revelações, milagres, curas, línguas, profecias), “louvorzão”, ajuntamento de massas em eventos especiais, e coisas assim, são sinais de um verdadeiro avivamento. É esse o conceito de avivamento e plenitude do Espírito que permeia o evangelicalismo brasileiro em nossos dias. Parece que a atuação do Espírito, ou um avivamento, identifica-se mais com essas manifestações externas e com a chamada liberdade litúrgica, do que propriamente com o controle do Espírito Santo na vida de alguém, na vida da igreja, na vida de uma comunidade.

Lamentavelmente, os escândalos ocorridos nas igrejas vêm confirmar nosso entendimento de que em muitos ambientes evangélicos, a santidade de vida, a ética e a moralidade estão completamente desconectados da vida cristã, dos cultos, dos milagres, da prosperidade em geral.

Uma análise do conceito bíblico de santidade destacaria uma série de princípios cruciais, dos quais destaco alguns aqui (outros princípios serão mencionados num próximo post):

1) A santidade não tem nada a ver com usos e costumes. Ser santo não é guardar uma série de regras e normas concernentes ao vestuário e tamanho do cabelo. Não é ser contra piercing, tatuagem, filmes da Disney, a Bíblia na Linguagem de Hoje. Não é só ouvir música evangélica, nunca ir à praia ou ao campo de futebol e nunca tomar um copo de vinho ou uma cerveja. Não é viver jejuando e orando, isolado dos outros, andar de paletó e gravata. Para muitos, santidade está ligada a esse tipo de coisas. Duvido que estas coisas funcionem. Elas não mortificam a inveja, a cobiça, a ganância, os pensamentos impuros, a raiva, a incredulidade, o temor dos homens, a preguiça, a mentira. Nenhuma dessas abstinências e regras conseguem, de fato, crucificar o velho homem com seus feitos. Elas têm aparência de piedade, mas não tem poder algum contra a carne. Foi o que Paulo tentou explicar aos colossenses, muito tempo atrás: “Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” (Colossenses 2.23).

2) A santidade existe sem manifestações carismáticas e as manifestações carismáticas existem sem ela. Isso fica muito claro na primeira carta de Paulo aos Coríntios. Provavelmente, a igreja de Corinto foi a igreja onde os dons espirituais, especialmente línguas, profecias, curas, visões e revelações, mais se manifestaram durante o período apostólico. Todavia, não existe uma igreja onde houve uma maior falta de santidade do que aquela. Ali, os seus membros estavam divididos por questões secundárias, havia a prática da imoralidade, culto à personalidade, suspeitas, heresias e a mais completa falta de amor e pureza, até mesmo na hora da celebração da Ceia do Senhor. Eles pensavam que eram espirituais, mas Paulo os chama de carnais (1Coríntios 3.1-3). As manifestações espirituais podem ocorrer até mesmo através de pessoas como Judas, que juntamente com os demais apóstolos, curou enfermos e ressuscitou mortos (Marcos 10.1-8). No dia do juízo, o Senhor Jesus irá expulsar de sua presença aqueles que praticam a iniqüidade, mesmo que eles tenham expelido demônios e curado enfermos (Mateus 7.22-23).

3) A santidade implica principalmente na mortificação do pecado que habita em nós. Apesar de regenerados e de possuirmos uma nova natureza, o velho homem permanece em nós e carece de ser mortificado diariamente, pelo poder do Espírito Santo. É necessário mais poder espiritual para dominar as paixões carnais do que para expelir demônios. E, a julgar pelo que estamos vendo, estamos muito longe de estar vivendo uma grande efusão do Espírito. Onde as paixões carnais se manifestam, não há santidade, mesmo que doentes sejam curados, línguas “estranhas” sejam faladas e demônios sejam expulsos. Não há nenhuma passagem em toda a Bíblia que faça a conexão direta entre santidade e manifestações carismáticas. Ao contrário, a Bíblia nos adverte constantemente contra falsos profetas, Satanás e seus emissários, cujo sinal característico é a operação de sinais e prodígios, ver Mateus 24.24; Marcos 13.22; 2Tessalonicenses 2.9; Apocalipse 13.13; Apocalipse 16.14.

4) O poder da santidade provém da união com Cristo. Ninguém é santo pela força de vontade, por mais que deseje. Não há poder em nós mesmos para mortificarmos as paixões carnais. Somente mediante a união com o Cristo crucificado e ressurreto é que teremos o poder necessário para subjugar a velha natureza e nos revestirmos da nova natureza, do novo homem, que é Cristo. O legalismo não consegue obter o poder espiritual necessário para vencer Adão. Somente Cristo pode vencer Adão. É somente mediante nossa união mística com o Cristo vivo que recebemos poder espiritual para vivermos uma vida santa, pura e limpa aqui nesse mundo. É mais difícil vencer o domínio de hábitos pecaminosos do que quebrar maldições, libertar enfermos, e receber prosperidade. O poder da ressurreição, contudo, triunfa sobre o pecado e sobre a morte. Quando “sabemos” que fomos crucificados com Cristo (Romanos 6.6), nos “consideramos” mortos para o pecado e vivos para Deus (Romanos 6.11), não permitimos que o pecado “reine” sobre nós (Romanos 6.12) e nem nos “oferecemos” a ele como escravos (Romanos 6.13), experimentamos a vitória sobre o pecado (Romanos 6.14). Aleluia!

5) A santidade é progressiva. Ela não se obtém instantaneamente, por meio de alguma intervenção sobrenatural. Deus nunca prometeu que nos santificaria inteiramente e instantaneamente. Na verdade, os apóstolos escreveram as cartas do Novo Testamento exatamente para instruir os crentes no processo de santificação. Infelizmente, influenciados pelo pensamento de João Wesley – que noutros pontos tem sido inspiração para minha vida e de muitos outros –, alguns buscam a santificação instantânea, ou a experiência do amor perfeito, esquecidos que a pureza de vida e a santidade de coração são advindas de um processo diário, progressivo e incompleto aqui nesse mundo.

6) A santificação é um processo irresistível na vida do verdadeiro salvo. Deus escolheu um povo para que fosse santo. O alvo da escolha de Deus é que sejamos santos e irrepreensíveis diante dele (Efésios 1.4). Deus nos escolheu para a salvação mediante a santificação do Espírito (2Tessalonicenses 2.13). Fomos predestinados para sermoas conformes à imagem de Jesus Cristo (Romanos 8.29). Muito embora o verdadeiro crente tropece, caia, falhe miseravelmente, ele não permanecerá caído. Será levantado por força do propósito de Deus, mediante o Espírito. Sua consciência não vai deixá-lo em paz. Ele não conseguirá amar o pecado, viver no pecado, viver na prática do pecado. Ele vai fazer como o filho pródigo, “Levantar-me-ei e irei ter com o meu Pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti” (Lucas 15.18). Ninguém que vive na prática do pecado, da corrupção, da imoralidade, da impiedade, – e gosta disso – pode dizer que é salvo, filho de Deus, por mais próspero que seja financeiramente, por mais milagres que tenha realizado e por mais experiências sobrenaturais que tenha tido.

Estava certo o convite que recebi naquele dia: precisamos de santidade! E como! E a começar em mim. Tenha misericórdia, ó Deus!

Em O Tempora, O Mores
Extraído do site do Genizah Virtual (Obrigado amigo)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Que Jesus você serve?




Por Leonardo Gonçalves

Cada vez fica mais evidente a diferença entre aquilo que Cristo pregou e viveu, e aquilo que os seus discípulos pregam e vivem. Muitos “seguidores” de Cristo parecem ignorar diversos fatos da vida do Mestre, dando a clara impressão de servirem a outro Jesus, que não é o da Bíblia.

Os crentes da atualidade ensinam uma religião hedonista, onde Cristo não é o salvador da alma, e sim o salvador “da pele”. O objetivo principal dessa religião não é ser salvo ou agradar a Deus, mas desfrutar de todas as benesses de uma vida religiosa. Promete-se uma vida de abundante felicidade e isenta de enfermidade ou dor, um verdadeiro oceano cor-de-rosa! Não há nele qualquer menção ao sofrimento, afinal, os filhos de Deus não sofrem nunca, e jamais serão pobres: “Nosso Deus é o dono do ouro e da prata” [1], dizem, ignorando completamente que esse ouro é dele, e não nosso. A dissonancia desse Cristo triunfalista é obvia: Jesus nos chamou para serví-lo, e não para servir-nos dele. Ele disse: “Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz, e siga-me”[2]. E no tocante ao Reino, ele foi bastante sincero ao dizer que o seu “Reino não é deste mundo”[3].

Aqueles que pregam este cristianismo hedonista dizem que ninguém jamais saiu triste da presença de Jesus, pois ele sempre correspondeu às expectativas dos seus seguidores. Eles ignoram o caso daquele jovem rico, que ao ter seu coração descoberto e sua avareza desvelada, afastou-se de Jesus, triste de verdade [4].

Ora, o Evangelho não são benesses temporais, mas uma vida atemporal, no céu. Não é satisfação para os nossos prazeres, e sim a mortificação da nossa carne. Aqueles que pensam que Jesus é um grande solucionador de problemas, um Silvio Santos gospel a jogar aviãozinhos de dinheiro para o auditório, estão muito equivocados. Os que assim procedem, definitivamente, não conhecem a Jesus.

Agora, se por um lado há aqueles que pensam que Jesus é um Silvio Santos celestial, por outro há também quem pense que ele é um fariseu enfurecido cheio de raios nas mãos, pronto para dispará-los sobre as cabeças daqueles que tiverem qualquer comportamento não-religioso. O pior é que nesse exacerbado zelo, eles acabam optando por um ascetismo hipócrita, isolando-se das pessoas e vendo o mundo como um inimigo, e não como objeto do amor de Deus e como nosso campo missionário [5]. Tais crentes comportam-se como separatistas radicais, fazem violência a individualidade humana ao impor uma série de proibições absurdas, como “não toques, não proves, não manuseies” [6], e se esquecem que Jesus não foi um abitolado que se escondia das pessoas por medo de se contaminar: ele comia com os publicanos pecadores, participava de festas [7], e abriu seu ministério com um milagre sem igual: transformou 600 litros de água em vinho da melhor qualidade! Os neo-fariseus, no entanto, passam de largo por estes textos, preferindo uma fé míope e legalista, do que viver a plena liberdade que Cristo nos oferece. Para os tais, um Cristo que bebe vinho, come com pecadores e é amigo de prostitutas, definitivamente é carta fora do baralho. Aliás, a própria menção da palavra “baralho” é suficiente para provocar-lhes escândalo.

Olho para ambos grupos com uma profunda tristeza em meu coração, pois percebo que nenhum deles compreendeu ainda a essência do evangelho. Como é difícil a moderação! Qualquer que seja a época, a tendência da igreja (instituição) é sempre polarizar: ou legalista, fariseu e xiita, ou liberal, hedonista e leviano. O bom senso, velho árbitro da moralidade, está em falta na prateleira do mercado religioso.

Contudo, o mais deprimente é ver que ambos grupos não conhecem a Jesus. Eles dizem conhecê-lo e até serví-lo, mas na verdade eles adoram um ídolo. Sim, um ídolo forjado por eles mesmos, uma divindade de Edom, feita sob medida para satisfazer suas concupiscências e prazeres mundanos. Ou um outro totalmente diferente, mas igualmente destrutivo, um divinade xiito-farisaica, produto de uma consciência culpada que deseja comprar o favor de Deus mediante a autojustificação e uma “santificação” alienígena, que está muito mais relacionada ao corte de cabelo e com as vestimentas, do que com o caráter, pensamentos e atitudes de Cristo. Ambos pisam a graça divina, pois se o hedonista não pensa nas coisas espirituais e anela um céu na Terra, o legalista deseja até morar no céu, mas não está disposto a confiar na graça barata, na graça de graça: ele quer pagar o direito de piso. Simonista, ele espera comprar o Dom de Deus mediante a observância de certas práticas que, “apesar de parecerem sábias, uma verdadeira demonstração de humildade e disciplina, não tem nenhum valor para controlar as paixões que levam à imoralidade” [8].

Contrastando com o Jesus fariseu e com o Jesus libertino, está o Jesus bíblico. Olvidado e desprezado, já quase não figura nos púlpitos do nosso país. Cada vez mais me convenço de que o Brasil ainda é um campo missionário, pois apesar do assombroso crescimento dos cristãos evangélicos, apenas uma pequena parcela demonstra conhecer o Cristo da bíblia, o qual é “uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo”[9]. Muitos tropeçam, se escandalizam e caem, mas a Providência de Deus afirma: “Quem crer nele não será confundido”[10], e é por isso que, por mais que me apresentem um outro Cristo, e ainda que esse Cristo genérico faça chover milagres do céu, não abro mão das minhas convicções. Eu sei em quem tenho crido. Eu cri no Cristo. Jamais poderão me confundir!



NOTAS: 1. Ag 2.8 / 2. Mc 8.34 / 3. Jo 18.36 / 4. Mt 19.22 / 5. Jo 3.16 / 6. Cl 2.21 / 7. Jo 2.1 / 8. Cl 2.23 / 9. Rm 9.33; 1Pe 2.8 / 10. Rm 9.33

Extraído de NAPEC Apologética Cristã

Apenas uma Pequena Mentirinha

Extraído do Crônicas do Cotidiano


Na semana passada, fui retirar dinheiro de um dos bancos na rua em que moro. Logo depois de sair, ouvi a voz de um homem atrás de mim. “Não posso falar. Estou dentro do laboratório e já vou ser atendido…”

Intrigada, virei-me para ver o rosto do mentiroso, já que não havia nenhum laboratório móvel encostado na calçada. Em vez disso, vi as costas de um trio se afastando rapidamente, ladeira abaixo—pai e mãe, cada um segurando na mão de uma menina de uns cinco ou seis anos que andava entre eles.


Continuei olhando enquanto que ele tirou o celular do ouvido com a mão esquerda e o enfiou no bolso. Foram se afastando de mim e eu retomei o meu próprio caminho, mas sem retomar meus pensamentos anteriores, pois agora estava refletindo sobre as implicações daquilo que eu havia ouvido e visto nos poucos segundos em que fora participante involuntária na vida daquela família.

Por que aquele homem mentiu? Poderia até ser uma declaração baseada num acontecimento e local verídico—ele (ou a filha, ou a esposa) realmente estava a caminho de fazer um exame no laboratório localizado a uns cem metros dali. Talvez estivesse atrasado, sem tempo para conversar naquele momento. Ou eles já haviam feito o exame, e haviam saído de outro laboratório três quarteirões acima do banco. A “única inverdade” então seria a respeito do tempo—ele estava transferindo um evento futuro ou passado para o presente.

Continuei cogitando—Mas p’ra que fazer isto? P’ra que inventar uma inverdade? Afinal, o que tinha demais ele estar na rua, a alguns quarteirões do laboratório, em vez de que já estar dentro dele? Será que ele não poderia ter dito a verdade—“Estou a pé numa rua barulhenta, e vou fazer um exame de laboratório?” (futuro). Ou “Estou voltando de levar minha filha a um exame de laboratório e estamos correndo na rua para pegar a condução” (passado). Por quê a mentira?

Algumas possibilidades foram surgindo na minha mente, que lutava para encontrar uma solução que poderia elucidar a razão por trás da opção daquele senhor para fornecer uma informação que não refletia a realidade, especialmente numa situação tão corriqueira e aparentemente irrelevante, que nem aparentava ser uma de pressão ou coação.

Poderia ser que ele não ia, ou não foi, para laboratório algum. Talvez ele não estivesse acostumado a mentir. Esta invenção havia sido improvisado na hora para explicar sua ausência no trabalho e ele não havia tido tempo para trabalhar os detalhes. Mais tarde, ele descobriria que o chefe estranhou o som de carros buzinando e do ônibus freando bem dentro de um laboratório!

Por outro lado, ele poderia ser uma pessoa que dava tão pouca importância à veracidade dos detalhes, que mentia descaradamente em qualquer situação, sem nem se dar conta da quantidade de inverdades que proferia em situações do dia-a-dia.

Já na entrada do meu prédio, enquanto esperava o porteiro abrir para mim, mais um detalhe daquilo que havia visto surgiu na minha memória, como se tivesse feito um zoom numa máquina fotográfica. Percebi que na cena clicada na minha mente, e que ainda visualizava, a menininha parecia prestes a tropeçar, pois estava olhando totalmente de lado, para cima, como se estivesse também ouvindo a conversa do pai. Estaria perplexa? Ousaria questioná-lo? E se o fizesse, qual seria a sua resposta?….

Minha mente agora faz outro zoom. Para o futuro. Pai e filha estão conversando no celular.

Vislumbro uma mocinha. O Papai quer saber onde ela está.

Percebo uma moça. O Papai pergunta o que ela está fazendo.

Vejo uma mulher. O Papai está querendo saber quando ela vem visitá-lo novamente. Ela olha para a menininha ao lado, com quem anda na rua, de mãos dadas.

O que ela dirá? Qual será a sua resposta?

Este artigo foi publicado em 22 de outubro, 2010. Está arquivado sob Educação dos Filhos, Família, Filhos/Pais, Honestidade, Mentira/Verdade.

Justiça chama Deus de homofóbico

Foto: Defensoria Pública de SP/Divulgação

Ou não? Afinal, o referido outdoor continha apenas três versículos da Bíblia.


Em recente reportagem do Terra tomamos conhecimento que a Justiça de Ribeirão Preto, interior de SP, determinou a retirada de um outdoor considerado homofóbico.

Em entrevista ao site Portal Cristão News, o pastor Antônio Hernandez Lopes, da Casa de Oração de Ribeirão Preto (SP), lamenta a decisão da Justiça de, a pedido da Defensoria Pública do Estado, retirar um outdoor considerado homofóbico. O painel, carimbado com o apoio da casa evangélica, continha três citações bíblicas, entre as quais um trecho do Levítico que sustenta que "se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável".

"Não estou chorando porque estou com medo. Estou chorando porque estou vendo uma igreja morta! Dormi em um país democrático e acordei em um país ditatorial!", protestou o pastor, que diz agora estar acessível apenas a fiéis. "O fone da igreja eu desliguei. Só mantenho o fone pessoal celular no qual eu atendo as ovelhas."

A decisão da Justiça ocorreu dois dias antes da realização da 7ª Parada do Orgulho LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) da cidade, que aconteceu no domingo, e determina multa de R$ 10 mil para cada ato de descumprimento da decisão. Procurada pelo Terra, a Nóbile Painéis, responsável pelo outdoor e também citada pela Defensoria, disse que não comentaria o assunto.

O que estamos assistindo (e vai recrudescer!) é um processo político onde as partes testarão os seus limites.

Até os recentes embates, nunca tivemos notícia de igreja ou qualquer tipo entidade de cunho religioso fazendo campanhas de propaganda desta natureza e tema, ainda que nenhuma lei impedisse tal iniciativa.

O que vemos costumeiramente são ações da Igreja Católica, em especial as da campanha da fraternidade da CNBB, em geral em favor da família. Também comuns são as iniciativas envolvendo os temas do aborto e o uso de anticoncepcionais.

As iniciativas das igrejas evangélicas são pouco lembradas.

Muito embora as campanhas da ICAR promovendo a virgindade, o uso de contraceptivos e contrárias ao aborto encontrem muita crítica na mídia secular, sendo costumeiramente tratadas de forma irônica e, por vezes agressiva, desconhecemos qualquer iniciativa de censura ou demanda judicial em que tais propagandas tivessem sido retiradas por decisão da justiça. Se isto em algum momento ocorreu no país, o fato foi considerado irrelevante pela mídia.

Considerando que os temas supra envolvem uma parcela da população muito mais significativa do que os grupos da diversidade sexual e, em termos relativos e absolutos, encontram muito menos simpatia da população em geral praticante, sem restrição, dos métodos contraceptivos e, embora possa até declarar ojeriza, é conivente com os números absurdos de vidas ceifadas pelo aborto, eu me pergunto: Não estamos diante de uma clara restrição aos direitos de expressão?

A igreja tem todo o direito de promover os seus valores, assim como qualquer outro grupo e, obviamente, tais direitos sempre irão desagradar alguém.

Até o presente momento a justiça tem negado o direito da igreja de se expressar enquanto garante amplos e irrestritos direitos ao movimento gay de fazê-lo. Contra fatos, não há argumentos.

Para mim fica claro que, agindo assim, parcela do poder judiciário prejudica qualquer processo de convivência pacífica entre as partes, enquanto contribui para a clara restrição dos direitos de expressão dos brasileiros.

Obviamente, o papel histórico do poder judiciário se perdeu diante das recentes medidas do STF que decidiu romper os limites de suas atribuições e legislar e, agora, influencia outras instâncias que abandonam o seu papel de conciliação e contribuem para o acirramento dos ânimos, na medida em que não garantem o mesmo direito de manifestação e expressão a todos.

Eu tenho a impressão que se os direitos de manifestação dos religiosos não estivessem sob ameaça, assim como não estão os direitos de todos os demais movimentos populares deste país, este assunto já estaria esquecido e estaríamos em paz, cada qual vivendo segundo suas escolhas, crenças e (des)governo*.



* Posto que se Deus não decreta naquela vida será, na melhor das hipóteses, a acepção mundana do termo segundo "O que será" de Chico Buarque, pois não há lei que dê governo ao que não se pode governar; o Que está na fantasia dos infelizes; o Que está no dia a dia das meretrizes; O que será, que será? O que não tem decência nem nunca terá; Que todos os avisos não vão evitar; Por que não tem juízo! Ou como disse São Paulo: "Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas cousas, com o uso, se destroem. Tais cousas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade" (Colossenses 2:20-23).



Genizah

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Devemos ungir com óleo?


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Introdução

Hoje em dia, muitos tem ungido com óleo buscando curar doentes e consagrar objetos e pessoas ao Senhor. O objetivo deste artigo não é gerar confusão ou críticas, mas buscar agradar ao Espírito Santo obedecendo às verdades das Escrituras. Por favor, não use este texto em seu intelectualismo hipercrítico pecaminoso, mas em amor corrija seu irmão. Também, não é o alvo deste um detalhamento completo sobre o uso do óleo, principalmente no Antigo Testamento, mas questionarmos o uso dele no Novo com o que é feito atualmente.

Transcrevo abaixo parte do estudo do Pr. Eduardo Dantas[1] sobre o mesmo assunto, o qual nos dará uma boa base para prosseguirmos:

1. A ORIGEM DO ÓLEO

Leia (Êx 30.22-33) observamos que Deus estava estabelecendo as primeiras diretrizes para o seu povo que libertara do cativeiro no Egito e que colocara em uma peregrinação em direção à terra prometida. Estava estabelecendo mandamentos para o culto de um modo geral.

Dentre os mandamentos estava o de que fosse preparado um óleo que foi chamado de óleo sagrado da unção. Era um preparado específico que tinha uma fórmula específica ditada pelo próprio Deus a Moisés e não era, de maneira alguma, somente o óleo da oliveira ou azeite. Era, também, uma fórmula que não poderia ser copiada por ninguém sob pena de ser banido do povo de Deus. O óleo da unção tinha objetivo definido e era o de santificar os elementos do culto, de consagrá-los completamente para Deus, de tal maneira que quem tocasse em algum dos objetos consagrados se tornaria Santo (Vers 29). Mas havia uma proibição: o óleo da unção não poderia, de maneira nenhuma, ser aplicado sobre o corpo de alguém e somente os sacerdotes poderiam ser ungidos com o óleo (Vers 32,33).

2. UNÇÃO DE PESSOAS

2.1 Unção de Reis – Os reis eram ungidos como libertadores para o povo de Israel e para governar sobre o povo como seu pastor: “Amanhã a estas horas te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo; porque o seu clamor chegou a mim.” (I Samuel 9:16)

2.2 Unção de Sacerdotes – Deus instruiu Moisés a ungir sacerdotes, de modo a consagrá-los e reconhecê-los como pessoas separadas para servir a Deus através do sacerdócio. Os sacerdotes julgavam sobre as diferenças entre as pessoas do povo, faziam expiação, santificavam o povo perante Deus, ouviam confissões de pecados, eram a ligação entre o povo e DEUS.

2.3 Unção de profetas – O ofício profético era estabelecido pelo ato da unção: “O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado.” (Isaías 61:1-3 )

Não há uma descrição clara nas Sagradas Escrituras sobre como, ou qual, seria o ritual para a unção de profetas, mas, este fato está razoavelmente estabelecido através do texto de Isaías acima citado.

Diante desses textos acima, concluímos que Cristo cumpriu essas 3 unções de Profeta, Rei, e Sacerdote. Profeta: ao anunciar as Boas Novas, Rei: como Libertador do povo e Rei do universo, e Sacerdote: em fazer a ligação entre o povo e Deus.

3. TIPOS DE ÓLEO

Existem alguns tipos de óleo usado na bíblia para diversos fins tais como:

3.1 Unguento – Gordura misturada com perfumes especiais que lhe davam características muito desejáveis. Era utilizado para ungir os pés dos hóspedes, simbolizando a alegria pela chegada daquele hóspede, e desejando-lhe boas vindas:

“E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo.” (João 11:2)

Também como era utilizado no cuidado pessoal com o corpo, pois, é um excelente hidratante:

“Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas. Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com unguento, até que se cumpriram as três semanas.” (Daniel 10:2-3)

“Lava-te, pois, e unge-te, e veste os teus vestidos, e desce à eira; porém não te dês a conhecer ao homem, até que tenha acabado de comer e beber.” (Rute 3:3)

3.2 Óleos curativos – O óleo tem poderes curativos, permitindo amolecer feridas e purificá-las. O óleo quando misturado a certas ervas, pode proporcionar medicamentos poderosos para vários males. Não é de surpreender que os médicos em Israel tivessem desde tempos antigos conhecimento destas ervas e da forma de utilizá-las no processo curativo de doentes.

“Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo.” (Isaías 1:6)

“E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;” (Lucas 10:34)

3.3 Unguento fúnebre – Este unguento era utilizado na preparação do corpo para o sepultamento, como parte de um processo de embalsamamento:

“Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento.” (Mateus 26:12)

“E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galileia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam especiarias e unguentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento.” (Lucas 23:55-56)

Os termos no grego para ungir do Novo Testamento

Antes, de prosseguirmos, quero mostrar um distinção feita pelo Novo Testamento com relação ao “ungir” que em muito nos ajudará. Isto é, há dois termos no grego para “ungir”:

- aleipho (218 αλειφω) de 1 (como partícula de união) e base de 3045; TDNT – 1:229,37; v
1) ungir
Sinônimos ver verbete 5805
- chrio (5548 χριω) provavelmente semelhante a 5530 pela idéia de contato; TDNT – 9:493,1322; v
1) ungir
1a) consagrando Jesus para o ofício messiânico e concedendo-lhe os poderes necessários para o seu ministério
1b) revestindo os cristãos com os dons do Espírito Santo
Sinônimos ver verbete 5805
- 5805 – Sinônimos
218 – é a palavra comum e mundana para ungir
5548 – é a palavra sagrada e religiosa para ungir[2]
Há ainda o termo chrisma, mas o mesmo advém do termo chrio:
- chrisma (5545 χρισμα) de 5548; TDNT – 9:493,1322; n n
1) qualquer coisa untada, ungüento, geralmente preparado pelos hebreus com ervas aromáticas e óleo.
Unção era a cerimônia inaugural para os sacerdotes[2]
Ou seja, há um termo comum e mundano (aleipho) para ungir e um termo sagrado e religioso (chrio e chrisma). Por mundano não entenda pecaminosa, mas corriqueiro e habitual, como fins medicinais, estéticos ou funerário.

O uso do óleo

Dito isto, consideremos quatro questões sobre o uso do óleo:

1) O Novo Testamento não prescreve unção com óleo na consagração de ministros

Mas somente a imposição de mãos – considerada pelo autor de Hebreus como “rudimentos da doutrina de Cristo” (Hebreus 6:1,2)

“E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.” (Atos 6:5-6)

“E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.” (Atos 13:2-3)

“A ninguém imponhas precipitadamente as mãos [para o ministério], nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.” (1 Timóteo 5 : 22)

Alguém pode argumentar que isso era feito no Velho Testamento e teremos que concordar. Contudo, estamos na Nova Alianças e as leis sacerdotais não mais vigoram, pois temos um novo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque e não de Arão (Hebreus 7:11). A unção com óleo nos tempos antigos foi realizada como simbologia para nossa esperança (Romanos 15:4) em dois sentidos

(i) Cristo foi ungido pelo Pai como nosso Rei-Profeta-Sacerdote com o Espírito Santo e com virtude.

Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu [chrio] com óleo de alegria mais do que a teus companheiros. (Hebreus 1:9)

O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu [chrio] para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração (Lucas 4:18)

Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste [chrio], se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; (Atos 4:27)

Como Deus ungiu [chrio] a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. (Atos 10:38)

Esse é um motivo para grande alegria! Deus ungiu seu Filho para nos libertar. A unção do Filho está diretamente relacionada a nossa Salvação! Nós temos Aquele que foi ungido diretamente por Deus Pai como Rei, Profeta e Sacerdote.

(ii) Cristo e o Pai, em graça divina, nos tornaram participantes da unção de Cristo nos dando igualmente o Espírito, como também nos tornando reis e sacerdotes diante dele.

Mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu, é Deus, o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações. (2 Coríntios 1:21,22)

“E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.” (Apocalipse 1:6)

Não precisamos de nenhuma unção [chrio] de homens, pois já fomos ungidos por Deus. O que nos leva ao próximo ponto.

2) O Novo Testamento não prescreve unção com óleo no Batismo do Espírito Santo

Como vimos anteriormente, a simbologia do óleo e do Espírito do Antigo Testamento foi cumprida em Cristo e em nós quando recebemos o mesmo. Não precisamos ser ungidos com óleo, pois o verdadeiro Óleo, o Espírito, foi derramado sobre nós.

Vemos nos relatos de batismo com o Espírito Santo somente o uso de imposição de mãos:

“Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.” (Atos 8:17)
“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.” (Atos 19:6)

Outro texto que pode nos auxiliar neste quesito é 1 João 2:20,27:

E vós tendes a unção [chrisma] do Santo, e sabeis tudo.[...] E a unção [chrisma] que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção [chrisma] vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis. (1 João 2:20,27)

Este texto mostra que nós, todo e qualquer verdadeiro cristão nascido de novo, tem hoje a unção do Santo, o Espírito, porque já a receberam no passado. Vale lembrar que o termo usado para unção échrisma (Unção era a cerimônia inaugural para os sacerdotes) que provem de chrio que é o termo sagrado e religioso para ungir.

A consequência desta verdade é que não devemos ungir ninguém para “capacitar para o ministério”, porque todo cristão já tem a unção, que é o Espírito, que o capacita.

3) O Novo Testamento não prescreve unção com óleo com o termo religioso e sagrado para curas físicas

Há no Novo Testamento dois episódios que relacionam doenças, cura, ungir e óleo e ambas usamaleipho, o termo com sentido corriqueiro.

E expulsavam muitos demônios, e ungiam [aleipho] muitos enfermos com óleo, e os curavam. (Marcos 6:13)

Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o [aleipho] com azeite em nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (Tiago 5:14,15)

O termo aparece 8 vezes no novo testamento (Mt 6:17; Mc 6:13; 16:1; Lc 7:38,46; Jo 11:2; 12:13; Tg 6:14). Leia os textos se deseja comprovar o uso corriqueiro.

Isso mostra que a intenção de Marcos e Tiago não era uma unção religiosa ou milagrosa, mas a conotação médica explicada no artigo do Pr. Eduardo Dantas. Contextualizado os versículos para os dias de hoje seria algo como: “eles davam o remédio e oravam com fé e Deus curava o enfermo”. Isto significa que Tiago afirma que o presbítero não deveria zelar só pela saúde espiritual ou pelas questões espirituais, mas também pela saúde física; e que deveria fazer a “oração de fé”.

Apesar, do termo “oração de fé” dar outro artigo quero fazer uma breve consideração sobre o assunto.

a) O que é Fé

Um dos enganos que as pessoas tem atualmente é não saber o que é fé. Coloca-se fé na fé e não fé em Deus. Fé é confiar em Deus, no Seu poder e na Sua vontade e não em nossa própria capacidade de confiar em Deus. Orar com fé não é orar com poder é orar confiante no poder de Deus. Observe que Tiago fala do profeta Elias, que “era homem sujeito às mesmas paixões que nós”. Ou seja, o enfoque não é nossa capacidade ― estamos sujeitos à paixões e falhas ― mas na capacidade de Deus.

b) Óleos, remédios e Fé

Tendo em mente o que realmente significa fé, o perigo de focar na sua fé, no óleo ou no remédio é grande. Quando você faz isso (colocar mais confiança em como você orou, ou se passou óleo ungido ou não, ou até se tomou remédio ou não do que a confiança em Deus), você está cometendo idolatria.

c) Tenha Fé

Por fim, não quero desestimular a oração pelo enfermos, mas quero encorajar segundo a verdade. Não quero que você pense: “agora, tudo que resta é dar o remédio e só dizer Deus seja feita sua vontade”. Não! Quando alguém estiver doente, medique a pessoa e ore para que Deus que a cure, confiando não no remédio, nem na sua capacidade, mas no Deus de Elias (nosso Deus) que fez parar de chover por 3 anos.

4) O Novo Testamento não prescreve a unção para consagrar objetos

Como bem apontou o Pr. Eduardo Dantas somente os objetos relacionados ao templo eram ungidos e consagrados ao Senhor. Esta unção era tão série que não era usada para ungir nenhum objeto caseiro. Logo, quero apresentar três motivos para você não ungir os objetos em sua casa ou igreja:

1) Como dito anteriormente, não estamos mais sob a lei cerimonial do Velho Testamento. Ela foi abolida no novo sacerdócio de Cristo. Portanto preceitos como ungir o templo não são válidos e praticá-los é negar as realizações de Cristo.

2) Não temos mais templos no molde do Antigo Testamento. Sua igreja local não é um templo. Sua igreja local é um edifício onde os templos de Deus se reúnem. Você é o templo de Deus, habitado por Ele, através do Espírito (1 Coríntios 6:19). Deus não habita em templos feitos por mãos de homens; (Atos 17:24).

3) Portanto, se há alguma coisa a ser ungida ou consagrada, esta é você, cristão. E não é você que fará isto. Deus já o fez, como vimos anteriormente, através da unção do Espírito.

Isso significa que você não precisa ungir seu carro. Ele já é de Deus, tanto porque toda terra Lhe pertence, quanto pela fato de você ser apenas um servo e mordomo daquilo que Deus colocou em suas mãos. Não se iluda achando que você pode consagrar alguns itens para Deus e outros não. Nada é teu e tudo que você tem Ele lhe deu para o objetivo exclusivo de exaltar Glória de Deus (e isto inclui o copo onde você bebe suco). Seu comprometimento de usar qualquer objeto para a glória de Deus já foi feito quando você se converteu. Renove-o e o viva intensamente.

Conclusão

Gostaria de resumir topicamente o que foi falado acima para favorecer a compreensão:

1) Podemos observar nas Escrituras dois usos para o termo ungir: o corriqueiro e o religioso.

a) Sentido religioso:

- No Velho Testamento, temos a simbologia da unção de reis, sacerdotes e profetas e do templo.

- No Novo Testamento, esta simbologia foi cumprida em Cristo de duas formas:

i) Ele foi ungido nosso Rei-Profeta-Sacerdote com o Espírito e com virtude por Deus Pai.

ii) Nós fomos ungidos por Deus com o Espírito como reis e sacerdotes, capacitando-nos para a vida cristã; e nos tornamos templos de Deus, através de Seu Espírito.
- Portanto, não devemos tomar o lugar de Deus e ungir ou consagrar a alguém ao ministério ou como simbologia do batismo do Espírito Santo.

- Nem devemos consagrar aquilo que Deus já separou para si mesmo. Tudo quanto é nosso já é dele e igualmente, já nos comprometemos quando nos convertemos a usar tal para glória de Deus.

b) Sentido corriqueiro:

- Nos dois testamentos vemos o óleo sendo usado com intuito medicinal, estético e funerário.

- É neste sentido que Tiago e Marcos nos recomenda ungir as pessoas, ou seja, cuidar de suas doenças. Atualmente, seria o mesmo que dar algum remédio ao doente.

- Portanto, não devemos ungir o doente esperando que essa unção o cure, mas devemos medicá-lo e orar a Deus pela cura com fé, confiando não em óleos e remédios ou em nossa capacidade, mas na capacidade e no poder de Deus.

Adendo 1: “Não toqueis nos meu ungidos”

Diante do que foi exposto acima, gostaria que você reconsiderasse os versículos de Salmo 105:15 e 1 Crônicas 16:22 que dizem “Não toqueis os meus ungidos”. Gostaria de fazer três observações

1) Os versículos são verdadeiros. Deus nos alerta contra quem toca em Seus ungidos. Não o despreze porque alguns tem abusado dele.

2) Cristo é O Ungido de Deus. Portanto a primeira aplicação do versículo é: “na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído [cuspido, batido, entregue, crucificado]! Bom seria para o tal homem não haver nascido.” (Marcos 14:21).

3) Todo cristão (e não só alguns seletos) é ungido de Deus (1 João 2:20,27), portanto ai daqueles que martirizam, abusam ou zombam de cristãos. Estes iram clamar “até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Apocalipse 6:10) e Deus em seu devido tempo certamente responderá.

Sendo assim, não fale mal do seu irmão e também não tema denunciar falsos profetas que usam aqueles versículos para defenderem seu pecado.

Bibliografia

[1] Dantas, Eduardo. Estudo Bíblico – Óleo de Unção. Acessado em 21 de Maio de 2011.
[2] DICIONÁRIO BÍBLICO STRONG. © 2002 Sociedade Bíblica do Brasil

Por Vinícius Musselman Pimentel. © Voltemos ao Evangelho Website:voltemosaoevangelho.com

Sexo antes do casamento, toques, masturbação e pornografia… É pecado?


Quando falamos sobre sexo antes do casamento, toques, masturbação e pornografia, a pergunta principal que muitos fazem é: “Isso é pecado?”. Creio que esse questionamento é bastante comum, embora uma resposta convincente seja negligenciada geração após geração. Então, humildemente, quero tratar disto de um modo intelectualmente honesto e indo direto ao ponto, sem enrolação, usando quatro textos-chaves, crendo que não há quem possa negar a verdade da Escritura.

“Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu; mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se” (1 Co 7:8,9).

O raciocínio de Paulo é bem simples. Ele está argumentando sobre a possibilidade de solteiros e viúvas abraçarem o celibato – o não-casamento. Em meio ao seu ensino, ele deixa um conselho curto e importantíssimo sobre desejo sexual. Mesmo que ele ansiasse que estas pessoas não casassem, ele sabia que alguns iriam sentir fortes desejos, correndo o risco de alguém não conseguir “conter-se”. O que essas pessoas deveriam fazer? Que atitudes aqueles que não têm força para conter sua sexualidade devem tomar? Masturbação para aliviar? Pornografia para relaxar um pouco? Dá uns “pega” na namorada? Nada disso. Paulo só apresenta duas escolhas para os que não conseguem vencer seu desejo: ou casa, ou se “abrasa” – o que outras traduções põem como “arder de desejo”.

O texto é bem claro, embora não o leiamos com a atenção devida na maioria das vezes. Você, jovem, tem desejos sexuais incontroláveis? Você se sente um poço de luxúria e está a ponto de explodir de vontade? Deus só te permite fazer duas escolhas: ou continuar assim ou se casar – suprindo todo o seu desejo do modo que Ele ensinou.

“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará” (Hb 13:4).

Esse texto requer um pouco mais de atenção. O escritor usa uma linguagem que pode passar despercebida aos nossos olhos se não formos cuidadosos. Esse texto fala, basicamente, sobre sexo. Temos uma clara ordem para venerarmos, ou seja, prestarmos honras a dois ambientes sexuais intercambiáveis. Primeiro, ao matrimônio; segundo, ao leito sem mácula. Então, ele expõe que Deus julgará os que vivem uma sexualidade oposta ao que deveria ser honrado, ou seja, os que vivem em prostituição e os que vivem em adultério. Podemos perceber, sem muito esforço, que matrimônio é contrastado com prostituição e leito sem mácula, com adultério. Vamos olhar para essas duas oposições.

A segunda oposição é simples: percebemos que quando adulteramos, ou seja, traímos nossos cônjuges, pecamos contra o leito sem mácula – que, pelo texto, só pode ser o leito de um casal devidamente casado. Ou seja, toda relação sexual fora do leito de seu parceiro é um adultério (até mesmo as que não saem do campo da mente e do coração, segundo Mateus 5:27,28). Já a primeira oposição é o que chama nossa atenção de um modo mais específico: as atividades sexuais fora do matrimônio são consideradas como um ato de prostituição. Todo sexo que não ocorre dentro de um casamento é uma atitude prostituta – e digna do julgamento de Deus.

Amigo, toda atitude sexual que ocorre fora do casamento é considerado, neste trecho da carta aos Hebreus, como um ato de prostituição. A Santa Escritura ordena: “Fugi da prostituição”, e completa: “Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1 Co 6:18). Fuja de toda atitude prostituta, fuja de todo ato sexual que acontece fora do matrimônio.

“Filho do homem, existiam duas mulheres, filhas da mesma mãe. Elas se tornaram prostitutas no Egito, envolvendo-se na prostituição desde a juventude. Naquela terra os seus peitos foram acariciados e os seus seios virgens foram afagados” (Ez 23:2,3).

O texto é muito simples. Deus está narrando para Ezequiel a história de duas irmãs por parte de mãe que se entregaram à prostituição nas terras egípcias, mesmo quando ainda jovens. O pronto principal que Deus ressalta sobre a prostituição daquelas moças é que “seus peitos foram acariciados e os seus seios virgens foram afagados”. Garotas, se o Senhor trata os “toques” de seu namorado como um ato de prostituição, que tal lutar contra isso como você luta contra o sexo em si? Diante de Deus, é o mesmo pecado.

“Fiz um acordo com os meus olhos de não olhar com cobiça para as moças” (Jó 31:1)

A Escritura testemunha sobre Jó, dizendo que ele era um “homem íntegro, reto e temente a Deus”, que “desviava-se do mal” (1:1). O próprio Senhor Jeová proferiu que não havia “ninguém… na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal” (1:8). Conhecendo as qualidade que Deus entregou a esse servo, vemos um exemplo disso no capítulo 31 do livro que conta sua história. Jó, expondo as próprias obras de justiça, diz que fez um pacto com sigo mesmo de “não olhar com cobiça para as moças”. O texto de Mateus 5:27,28 deixa claro que o cobiçar alguém já é, em si, um ato de adultério.

Como, diante deste ato de Jó, podemos tentar defender a pornografia como aceitável? Não podemos, de modo algum, ceder à nossas vontades carnais que pregam à nossa mente, dizendo que só observar não produz mal algum. Que digamos como o Salmista: “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101:3).

O que nós aprendemos com esses quatro textos bíblicos?

Vemos na primeira carta de Paulo aos cristãos da cidade de Corinto que só temos duas escolhas com relação aos nossos desejos: ou casar (que é o recomendado) ou arder em desejo. Masturbação, pornografia ou toques não são opções; ou casa, ou se abrasa.

Podemos perceber, pelo texto de Hebreus, que todo ato sexual que ocorre fora do casamento é uma prostituição; e que todo ato sexual que ocorre sem ser com seu cônjuge, é adultério. Então, todo auto-erotismo, sexo pré-matrimonial, preliminares e até masturbar-se quando sua esposa não está afim de ter relações são atitudes dignas do julgamento do Santo Deus.

Percebemos pela profecia de Ezequiel que tocar indevidamente em moças é um pecado de prostituição, mostrando, no mínimo, que o relacionamento entre um casal não-casado nunca deve passar de beijos e carinhos comportados.

Por fim, Jó nos ensina, com a própria vida, a não cobiçarmos as moças (ou os moços, conseguintemente); levando-nos a perceber que a pornografia ou o voyeurismo são atos pecaminosos que precisam ser mortificados em nossas vidas.

Então, amigo, gaste um tempo para lidar com tudo isso. Talvez você já considerasse esses atos como pecaminosos, então medite mais nestes textos e confirme mais as verdades que você já conhecia; se você não tem os pecados sexuais que foram apresentados aqui como realmente pecaminosos, leia os textos bíblicos apresentados aqui com cuidado e oração. Renda-se às verdades apresentadas nas Escrituras e viva a vontade do Pai.

Nota: Sei que esse tema é doloroso para a maioria dos jovens. Tratar esses pecados de um modo indiferente e com pouca compaixão é irresponsável e é uma atitude digna de julgamento severo. Não use essas verdades sem amor e nem use o amor como desculpa para diminuir a verdade. Talvez esse texto caia nesta condenação, mas é culpa de seu caráter mais técnico. Vide regra, mansidão é a melhor maneira de tratar escravos desta pecaminosidade. Não esqueça isso.

Por Yago Martins © Voltemos ao Evangelho.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Tatuagem, pode?


Uma Resposta Pastoral

As Escrituras declaram que o nosso corpo e templo do Espirito Santo conforme I Coríntios 6.19 “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” Sendo assim é sensato de fato procurar saber qual o padrão de Deus para esse templo.

Temos apenas um texto que fala sobre o marcar o corpo que se encontra em Levítico 19.28
Contudo não temos um claro e explicito mandamento sobre esta questão nas Escrituras, mas temos alguns princípios que pode te ajudar a decidir sobre isso.

Essa formula serve para nos ajudar discernir entre o que é certo e errado.

Questão 1: O que estou prestes a fazer e útil ou proveitoso – fisicamente, mentalmente e espiritualmente? Convém que seja feito?
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm.” I Coríntios 6.12

Questão 2: O que estou prestes a fazer pode me dominar?
“Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” I Coríntios 6.12

Questão 3: O que estou prestes a fazer ofende a outros? Escandaliza?
“E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.” I Coríntios 8.13

Questão 4: O que estou prestes a fazer glorifica a Deus?
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” I Coríntios 10.31

Sabendo que não somos guiados por regras e sim pelo Espirito Santo, e o modo pelo qual o Espirito Santo nos guia é por meio da Palavra de Deus. Leia e medite nestes versículos, e que a vontade de Deus se cumpra sobre a sua vida.

Por João Vitor, colaborador do Voltemos ao Evangelho

Uma Resposta Reflexiva

Penso que se pregar o não-uso de tatuagens (poderia ser um brinco ou uma calça jeans) pela imagem da tradição, pela exaltação da identidade da denominação, pelo glória da imagem moral de si mesmo, Deus ficaria em segundo plano e nesse caso a pregação do não-usar tatuagem seria pecado, pois desfoca a glória de Deus e coloca nas atitudes morais.

Da mesma forma, se quero usar uma tatuagem para afirmar a minha identidade, para confrontar “o sistema” com a liberdade da minha mente, para atrair os olhares e sensualizar, o uso da tatuagem (ou de uma calça jeans) se torna pecado, pois mais uma vez a imagem do homem num prazer fútil coloca Deus de lado.

Enfim, o objetivo do coração do crente é que é o problema. Não a atitude.

Simão, o mago, buscava gozar dos dons do espírito – Paulo dizia que devemos buscar – mas ele o fazia com objetivos completamente carnais e não-regenerados. Se fazemos ou nos abstemos de algo sendo guiados por objetivos baseados em nossos próprios desejos não-regenerados cometemos pecado. Mais específico: se tatuamos ou deixamos de tatuar baseados em nossos próprios desejos não-regenerados cometemos pecado.

Por Bruno Curnha, colaborador do Voltemos ao Evangelho

Uma Resposta Teológica

Levítico 19:28 condena tatuagens no Israel antigo. Essa proibição fazia parte do “código de santidade”, uma seção extensa de Levítico dedicada a leis que foram dadas a Israel para distinguir o povo das nações ao redor deles. Os gentios usavam tatuagens, portanto, Israel não deveria usá-las para fornecer uma demonstração visível do fato que Israel era “santo” (isto é, separado como especial para Deus). A partir do contexto de Levítico 19:28, parece que as tatuagens especificamente proibidas eram aquelas recebidas como parte de uma cerimônia pagã, embora alguns pensem que é uma proibição ampla contra todas as tatuagens.

Contudo, quando Cristo veio, ele derrubou a parede divisória entre judeus e gentios (Ef. 2:12ss.). Especificamente, isso significa que as leis que foram dadas para separar Israel do restante das nações, são agora contraproducentes se aplicadas na mesma forma que o Israel antigo as observava. Devemos adaptar nossa aplicação da Lei para seguir o seu propósito original à luz das mudanças que Cristo trouxe.

Considere o exemplo da circuncisão. Essa estipulação distinguia Israel dos cananistas na Terra Prometida. Mas o Novo Testamento nos ensina claramente que ser santo para Deus não mais requer ser circuncidado (e.g. Rm. 2; Gl. 2; 5). A circuncisão era um símbolo exterior de dedicação a Deus. Mas esse símbolo exterior, dividindo povos ao longo de linhas raciais, não é mais útil. O povo de Deus procede de toda nação, e os símbolos de santidade que devemos carregar agora são um coração puro (e.g. Rm. 2:28-29, que também era requerido no Antigo Testamento) e o batismo (que não tem quaisquer conotações raciais, e substituiu a circuncisão como o sinal do pacto; Cl. 2:11-12).

Ora, isso não é dizer que tudo o que aparece no “código de santidade” pertence somente a tal separação – há outros fatores em ação também, tais como os morais (a moralidade de Israel era para ajudá-la a se distinguir das outras nações). Se alguém está convencido que as tatuagens eram uma questão moral, então tal pessoa deve se abster delas. Eu, contudo, não posso pensar em nenhuma razão para a tatuagem ser uma questão moral – certamente a Bíblia não declara que existem falhas morais envolvidas no uso de uma tatuagem, não importa qual seja o contexto. O caso seria muito similar aos mandamentos que não devemos cortar o cabelo em redondo ou danificar as extremidades da barba (Lv. 19:27). Essas são práticas inocentes em si mesmas. Elas eram erradas no antigo Israel por causa de sua associação com práticas pagãs (tais como adivinhação, rituais de morte, prostituição cúltica, etc.; cf. Lv. 19:26-31). Se essas ações não possuem associações perversas em nosso tempo, não existe nenhuma razão para proibi-las.

Por Ra McLaughlin

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

Disponibilizado por: monergismo.com

O Upgrade Burro da Igreja


Um dia eu entrei no Twitter e deparei-me com uma ameaça imposta numa tarja laranja, bem berrante, que dizia: “you will automatically be upgraded to New Twitter very, very soon” (ou, numa tradução livre: “seu Twitter automaticamente sofrerá um upgrade para o Novo Twitter muito, muito em breve”). Por alguns segundos fiquei ali, parado, meio estarrecido com a imposição de algo que não quero, meio decepcionado por perder uma interface que caminha comigo há dois anos e que me atende perfeitamente bem. Quando lançaram o novo twitter eu tentei usar, confesso – mas odiei. O visual é confuso, não encontrava as funcionalidades que mais usava… o caos. Estressado e meio perdido, cliquei no botão salvador que me levou de volta à segurança do meu bom e velho twitter. Ah, sim, agora eu estava em casa! Que upgrade que nada, deixem-me em paz com aquilo que funciona bem e que tem funcionado tão bem há tanto tempo!

Isso é fruto de uma mania: nossa sociedade vive a ditadura do upgrade. Meus aplicativos do iPhone vivem recebendo upgrades, toda semana tem algum. Até mesmo meu notebook tem as famigeradas “atualizações automáticas” (ou seja: upgrades que independem de eu clicar em qualquer botão) que, por diversas vezes, já causaram problemas no meu computador. Tem momentos em que tenho vontade de gritar: “Deixem-me em paz! Não preciso de mais upgrades! Deixem-me com o que funciona!”. Aí a Apple lança a versão 2.1.0.2.3.5 do Ipad e aquele meu amigo, com a gana típica da sociedade de consumo, corre à meia-noite para a fila da loja para adquirir o último modelo, antes que… Bem, antes que nada, porque se ele permanecesse com seu antigo Ipad continuaria tão feliz como antes, resolvendo sua vida tão bem como antes e jogando paciência da mesma forma que antes.

Mas fato é que vivemos numa sociedade de consumo. Se você para de consumir, as empresas param de ganhar dinheiro. Então não tem a menor importância para elas nem é vantajoso para elas que aquilo que você tem atenda perfeitamente suas necessidades: por meio da propaganda e do marketing as companhias vão te convencer de que você precisa de um upgrade, do mais recente, da novidade, caso contrário você será o mais desgraçado e anacrônico homem das cavernas. IPhone 3GS? Fala sério, seu velho! Carro modelo 2009? Ah, faca-me rir. Windows XP? Meu Deus, em que mundo você vive? (Só a título de registro, uso até hoje o Win XP e só troco sob decreto presidencial, pois essa antiga versão é bem melhor do que as que lançaram depois – os malditos upgrades).

A verdade é que vivemos na era do upgrade. Que é uma era ditatorial. Se não fazemos upgrade de tudo é sinal que somos ultrapassados, múmias caquéticas de um tradicionalismo vazio, escravos de antigos pensamentos, retrógrados descontextualizados, pessoas que não querem se adaptar e falar a linguagem dos nossos dias, ortodoxos que não entendem a cultura do século 21. E esse pensamento tem invadido tsunamicamente a Igreja. E, em especial, os redutos jovens da Igreja.

Precisamos de um upgrade na Igreja?

O cristianismo tem 2 mil anos de vida. Nesses dois milênios tanta coisa aconteceu! Mártires deram suas vidas por Cristo, homens sinceros e tementes a Deus discutiram com firmeza e honestidade de fé as doutrinas verdadeiras da Bíblia, hereges e seus pensamentos foram deletados pelo crivo de homens conhecedores das Escrituras, pensamentos apócrifos foram derrotados pela prova do tempo, milhões de cristãos anônimos chegaram ao conhecimento da salvação pela igreja institucional e hoje nos aguardam no descanso celestial. A Igreja também errou muito, como absolutamente qualquer agrupamento ou comunidade formada por seres humanos erra: errou na Inquisição, errou nas cruzadas, errou na omissão diante do nazismo, errou com as indulgências Sim, errou, como eu erro e como você, leitor, erra. Mas vislumbrou os erros, pediu perdão publicamente por muitos deles e, com esse reconhecimento, hoje podemos não cometer os mesmos erros – cometemos novos, não os mesmos.

A comunidade de fé cristã passou por reformas, tem sobrevivido heroicamente ao câncer do liberalismo teológico, trouxe a neo-ortodoxia, conheceu o Movimento Pentecostal moderno, viveu grandes despertamentos e épocas de trevas e frieza espiritual. Hoje a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo é uma senhora vivida, experiente, que carrega consigo a sabedoria dos séculos. E que chegou até nós oferecendo ao cristão do século 21 tesouros do conhecimento bíblico, preciosidades da vivência daqueles que testaram de tudo antes que nós sonhássemos em nascer. A Igreja de que você faz parte hoje carrega em si o sangue dos mártires, o heroísmo dos reformadores, o conhecimento de centenas de estudiosos e pensadores, a devoção de pessoas maravilhosas, como Francisco de Assis, Teresa D’Ávila, Thomas-à-Kempis, John Wesley e outros seres humanos magníficos… Ou seja, eu e você recebemos de herança na nossa era o legado de uma Igreja que foi provada e aprovada pelos milênios, que aprendeu, feriu e foi ferida, errou, acertou e chegou cheia de cicatrizes mas também cheia de vida até nós. Uma vida insuflada pelo Espírito Santo, que fortalece, aperfeiçoa e vivifica a Noiva do Cordeiro.

Aí um dia eu acordo de manhã e descubro que estão querendo fazer um upgrade na Igreja.

Assustado, vejo grupos que querem acabar com a igreja institucional. Outros que querem legitimar uniões que a Bíblia não legitima. Olho para os lados e vejo denominações fazendo um upgrade na missão da Igreja, transformando-a de piedade em prosperidade material. “Que vida humilde que nada, a nova versão da Igreja oferece carro do ano, emprego, fortuna e fama”, promete o rótulo da caixa. Outros ainda que acham que a versão 2.0.1.1 da Igreja está descontextualizada da nossa cultura e que por isso devemos abandonar tudo o que vivemos em 2 mil anos, vestir calças jeans rasgadas e pregar Cristo como se Ele fosse um rock star. Que devemos falar palavrões, ouvir músicas com letras questionáveis, frequentar antros onde pulula o pecado, chamando isso de “contextualização”. Mas esse upgrade que querem fazer não é contextualizar, é simplesmente transformar filé mignon espiritual em papinha de neném, porque, afinal, o mundo engole papinha com mais facilidade. Queremos dar papinha para o mundo engolir algo que nunca precisou dessas estratégias “contextualizadas” para ser engolido. Há ainda muitas outras formas de upgrade do cristianismo puro e simples, que tenta dar caras novas e funcionalidades novas para algo que funciona muito bem, obrigado, há 2 mil anos – conduzindo pessoas ao conhecimento de Cristo e à salvação de suas almas.

O upgrade do Evangelho não é a resposta. Podcasts moderninhos não vão revolucionar a pregação da Palavra. Falar e se vestir como qualquer pessoa do mundo underground não vai fazer a antiga tradição de homens de fé como Agostinho, Wesley, Whitefield, Atanásio, Bunyan e outros perder sua validade. Com todo respeito, esse é um upgrade burro. Pois simplesmente não traz nada de novo que sirva para melhorar algo antigo que estava ruim. É só uma nova embalagem, coloridinha, bonitinha, mas de um papelão bem sem qualidade. Que não soma nada vezes nada à mensagem da Cruz.

“Ah, Zágari, mas se não contextualizarmos o Evangelho as novas gerações não aceitarão Cristo”. Chego a rir quando ouço isso. Os que propõem esse upgrade se esquecem dos jovens que durante dois mil anos viveram uma vida com Cristo sem precisar de nenhuma novidade, nenhuma contextualização que fuja dos padrões ortodoxos. Os jovens metodistas de Oxford viveram a fé porque conheceram o amor de Cristo e não porque um deles pintou o cabelo de vermelho. Os morávios não glorificavam em paz o Senhor ante o risco iminente da morte porque alguém falou gírias e palavrões a eles. Os jovens cristãos que foram dilacerdados por feras no Coliseu não estavam nem aí para o que a sociedade em que viviam dizia. Os jovens pietistas, os puritanos, os monges pré-reformados, tantos e tantos, jovens e mais jovens e mais jovens viveram o cristianismo versão 1.0 por séculos sem precisar de upgrade algum. Basta ter um mínimo de conhecimento histórico para saber dissso.

Tudo o que eles tinham era a Palavra. E a pregação da Verdade. E isso ainda é tudo de que nossos jovens precisam hoje. E nada mais.

Quem não vier a Cristo pela simples proclamação do plano de salvação, meu amigo, pode ter certeza de que não virá porque no upgrade da fé ligaram pedal de distorção na guitarra, puseram pedal duplo no bumbo e falaram gírias no meio da pregação. Isso é pura criação de nicho, embalada pela lógica da sociedade de consumo. Isso mesmo. O que um ou outro líder quer fazer para encher suas igrejas e ganhar notoriedade é lançar uma versão do cristianismo com upgrade. Upgrade de prática, de discurso, de aparência, de métodos e estratégias, de liturgias, de jargões e de locais de reunião. Upgrades que só mudam o hardware do Evangelho e não melhoram em nada o software. Pois esse não precisa de nenhuma mudança, nunca precisou e nunca vai precisar. É o que é. Sempre foi e sempre será. E sofro por ver legiões de jovens que não enxergam isso, agarrados ao desejo consumista de ter a nova versão, de conseguir o produto com upgrade, de mostrar para os amigos que não fazem parte da fé “velha” e “tradicionalista”, mas que estão na crista da onda da modernidade cristã. Que são cool. Uhu!

Uhu? Fala sério…

No dia em que meu Twitter sofrer o upgrade automático eu ficarei triste. E peço a Deus que o Evangelho nunca tenha que enfrentar nenhum upgrade. Pois Ele é o mesmo ontem, hoje e será para sempre. Se encontrar um jovem pecador, seja onde for, em que época for e em que ambiente social for, eu lhe direi: “Você é um pecador, mas Jesus Cristo morreu e ressuscitou pelos seus pecados e se você entregar sua vida a Ele hoje e passar a viver como um discípulo do Mestre ele te justificará, regenerará, adotará e te fará caminhar com Ele por toda a eternidade, numa vida de amor, justiça, paz e devoção de um ao outro”. Depois, e só depois, eu me preocuparei com esse papo de contextualização. Mas, sinceramente? Aí eu acho que isso já nem será necessário, pois, uma vez que a Palavra da Salvação é proclamada, o Espírito Santo é suficientemente capaz de salvar quem Ele quiser dentro do contexto que Ele quiser. O resto é pura invencionice humana.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Escrito por: Mauricio Zágari
Fonte: Gospel Prime
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