quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Por que sexo antes do casamento é pecado?
(Baseado em texto de Jaime Kemp)
A resposta simples é: porque a Bíblia diz. Diferentemente de outros mandamentos, a proibição de fornicação (sexo antes do casamento) é difícil de ser simplesmente aceita. Não ouvimos por aí ninguém questionando porque não devemos matar, roubar, ou mesmo odiar ao próximo. Quando se fala em se manter virgem até o casamento, até mesmo cristãos de verdade (muitos só se dizem cristãos) têm seus questionamentos. Não que alguém duvide que seja errado, só não se sabe bem porquê. De fato, como obedecer algo que não entendemos é muito mais difícil, muitos caem em tentação pela ignorância de não compreenderam a maravilhosa vontade de Deus.
Há algum tempo atrás, quando sua avó se casou, por exemplo, essa dúvida nem seria trazida à baila. Tão claro como hoje as pessoas sabem que não deve se matar ou roubar, se sabia que o sexo era para depois do casamento (ao menos para as mulheres). Hoje em dia, fazer sexo fora do casamento é "normal" e ter uma vida sexual ativa é aclamado como sendo necessário para que a pessoa seja saudável e "de bem com a vida". No entanto, esse mandamento veio diretamente de Deus e, ainda que o mundo cada vez mais tente levar-nos a crer que se guardar para o casamento é sem sentido e ultrapassado, tem em si a perfeição que tudo que vem de Deus possui.
Muitas pessoas não sabem nem ao menos onde se encontra na Bíblia esse mandamento. Então vamos começar por aí. Dependendo da tradução as palavras mudam, mas você pode encontrar esse mandamento em Atos 15:20, 15:29, 21:25.
"Quanto aos gentios que creram, já lhe transmitimos decisões para que se abstenham das cousas sacrificadas a ídolos, do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas." (At.21:25)
Mas o que a Bíblia diz sobre o sexo:
1. Deus é a favor do sexo. Ele o criou puro, limpo, bonito e deseja que suas criaturas o desfrutem plenamente no casamento.
2. O propósito do sexo é:
A. Procriação - a extensão do amor dos pais na concepção dos filhos.
B. Comunicação - unidade conjugal.
C. Recreação - o prazer conjugal.
3. Deus planejou o sexo para o casamento.
Confira em Gen.1:28 Hebreus 13.4 ; 1 Tessalonicenses 4. 3-8; 1Coríntios 6.12-20.
Diante da avalanche devastadora que atualmente tenta transformar o sexo antes do casamento em um fato normal e totalmente aceitável; devido a força implacável que a pressão dos amigos e da mídia exerce; pela assustadora proliferação do sexo precoce, é evidente a necessidade de um estudo claro, amplo, franco, aberto sobre estas questões tão polêmicas, e que são tão reais à sua problemática de vida.
Então você já sabe que é errado, mas por que é errado?
Como qualquer outro pecado, sexo antes do casamento, tem suas conseqüências...
1. Efeitos Físicos
- Perda da virgindade;
- Gestação inesperada;
- Filho ilegítimo;
- Aborto;
- Casamento forçado;
- Doenças venéreas.
2. Relacionamentos Desfeitos
Muitos namoros e noivados terminam justamente devido ao envolvimento sexual. O sexo, que foi idealizado por Deus para ser uma bênção quando praticado sob Seus princípios, torna-se uma catástrofe.
Para os dois jovens envolvidos é muito complicado desfazer o relacionamento, livrar-se dos elos que os encurralou, equacionar as dificuldades mútuas e as brigas constantes que surgem em decorrência.
Há também a chance concreta de um dos dois sentir-se usado pelo outro e, quando a relação termina, esse é um fator que machuca demais.
3. Culpa
Assim como muitas formas de imoralidade e desobediência dos padrões divinos, o sexo antes do casamento também produz culpa.
4. Abalo emocional
O preço emocional para uma imoralidade sexual é imensurável. Suspeita, desapontamento, tristeza, stress, sentimento de vazio são algumas emoções destrutivas que a sucedem.
Uma garota afirmou:
- Depois da experiência você fica mais dependente do que nunca do apaz. Ele é a sua vida e você se sente inteiramente vulnerável.
Quando meu namorado terminou comigo senti-me péssima, horrível. Ao saber que após uma semana ele já tinha outra, fui invadida por um entimento de rejeição desesperador.
Eis o depoimento de outra moça:
- Pensei que a relação sexual seria mais satisfatória, mas me enganei. Confessei a Deus o que fiz. Sei que Ele me perdoou. No entanto, o que me entristece, é que nunca mais receberei minha virgindade de volta. Temo pelo dia em que terei que contar ao homem que o Senhor tiver escolhido e separado para mim, que ele não será o primeiro.
5. Ataques Contra a Auto-Estima
A causa para um envolvimento sexual antes do casamento, também pode vir a ser uma de suas conseqüências.
Envolvimento sexual fora do casamento acentua os sentimentos de insegurança, humilhação e as dúvidas pessoais.
6. Escravidão Espiritual
A Palavra de Deus declara em 1 Pedro 2.11: "As paixões carnais fazem guerra contra a alma." e em 1 Pedro 5.8, o apóstolo menciona o diabo como nosso adversário, que anda ao nosso redor como leão que ruge à procura de alguém para devorar.
O sexo é o meio pelo qual Satanás escraviza os seres humanos física, emocional e espiritualmente - ao mesmo tempo - em diversas oportunidades.
O pecado sexual prejudica o relacionamento e o caminhar do adolescente com Deus. Já observei que jovens mergulhados em uma relação ilícita são mais vulneráveis a outras tentações.
Acima de todas essas razões, fazer sexo fora do casamento implica em desobedecer a uma determinação de Deus. Quando pecamos contra Deus pagamos o preço.
O Espírito Santo se entristece e se afasta, decepcionamos o nosso Senhor e Salvador - que nos garantiu que nunca sofreríamos tentação que não pudéssemos resistir e atendemos a concupiscência da carne, voltamos a agir como a velha criatura, voltamos ao jugo de Satanás.
Cabe a cada um de nós resolver o que fazer... Lembre-se "Tudo posso naquele que me fortalece." Inclusive esperar...
Fique com Deus,
Igrejas do Pão e Circo
João Rodrigo Weronka
Prometo: não vou chover no molhado.
Lá por meados de 2010 escrevi um texto que era um verdadeiro desabafo. Publiquei e depois voltei atrás, reconhecendo um conteúdo raso, emotivo demais e sem solução prático-teológica. Optei remover o texto, embora o mesmo tenha sido replicado em outros sites.
É o preço deste tempo: o que entra na rede, se multiplica em velocidade exponencial. Assim como os devaneios das “Igrejas Pão e Circo”, que se multiplicam em velocidade alarmante.
Creio que você já deve ter ouvido alguma vez a expressão “Pão e Circo” em sua vida, correto?
Vou contar brevemente o motivo de tal expressão. Nos dias da Roma antiga praticava-se a política “panem et circenses” (política do pão e circo), já que devido a fatores socioeconômicos, houve um considerável êxodo dos moradores das regiões rurais em direção a Roma. Sem emprego e sem ter o que comer, a multidão se tornava um perigo crescente para ordem social, levando o império a tomar uma decisão que entorpeceria o povo, fazendo-os esquecer da realidade e maquiando a verdade onde estavam inseridos. Manobra de manipulação em massa.
Tudo muito simples: de modo constante ocorriam lutas envolvendo gladiadores nos estádios, sendo o Coliseu o mais conhecido de todos. Durante as lutas o povo era “gentilmente” alimentado. Enquanto se divertiam com o show de horrores e se alimentavam de modo precário, a multidão ficava “domada”. Mesmo estando mal alimentado e podendo curtir um entretenimento raso, o povo se contentava e não haveria preocupações relacionadas à massa para que os poderosos viessem a ter incômodos.
Vindo para nossa proposta, temos como fato que nossos dias têm sido marcados por agito eclesiástico. Onde olhamos é possível constatar gente que anda “em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (Ef 4.14).
Vi recentemente coisas que – infelizmente – não chocam mais. Ilustrações trágicas travestidas de mensagem do Evangelho, mas que são vazias do mesmo. “Pastores” utilizando poço e lama para ilustrar e infectar seus seguidores com a nefasta Teologia da Prosperidade e similares; outros da ala dos “revoltados” com a vida utilizando crianças para expor suas teorias mercantilistas mirabolantes; igreja emprestando o altar para que o sósia de um apresentador faça micagens; a infestação da Teologia Relacional (Teísmo Aberto), com seus “pensadores” liberais e moderninhos, e por aí vai. A lista é grande, e você sabe bem disso, não é preciso repetir.
De modo claro e direto, tais demonstrações nada mais são que “pão e circo”. Todo mundo se diverte com o show de horrores com jeitinho de Evangelho, “come” um pãozinho aqui e acolá, volta para sua casa e se engana achando que está alimentado com pão genuíno. Seja sincero: você acredita que tais práticas correspondem ao Evangelho e a missão da Igreja no mundo? Se você acha que sim, peço que calque biblicamente sua resposta, já que as Escrituras quase não são utilizadas nos Coliseus eclesiásticos, e quando são, é de modo pervertido e desconexo.
Mas não vamos gastar mais linhas falando sobre o problema. A proposta é falar mais sobre o que acredito – biblicamente – ser um caminho de solução. Lendo muito sobre o assunto, vendo a prática de muitos pastores e professores, de pessoas não presas a métodos e a números, mas sim enveredadas na senda da qualidade eclesiástica.
O que fazer para melhorar um pouco este cenário?
Fato é que os líderes que apregoam o “Pão e Circo” dificilmente mudarão a sua práxis. O foco deste texto é tentar alcançar aqueles que estão seduzidos pelo erro e vacinar os que não têm contato com as modinhas, bem como reforçar e incentivar os cristãos a permanecerem na Verdade.
COISAS SIMPLES E FUNCIONAIS
Exposição bíblica / pregação expositiva:
Você já teve a oportunidade de receber alimento sólido através de uma exposição bíblica?
Os púlpitos estão cada vez mais carentes da exposição da Verdade. É chocante ver que dia-a-dia nossos pastores estão se transformando em animadores de plateia e terapeutas se distanciando da genuína vocação. Nesta via de mão dupla, a plateia anseia pelo espetáculo e quer a todo custo ouvir o que agrada, enquanto aquele que deveria expor a Verdade a todo custo, acaba cedendo a vontade dos seguidores.
Se uma mãe alimenta o filho apenas de batata frita, por mais que o filho ame tal comida, o deixará doente, desnutrido e obeso. E a analogia bate com a saúde do povo evangélico. Um povo carente de alimento sólido e obeso de teorias e filosofias humanas de sucesso e prosperidade.
Mark Dever é um pastor que pensa assim. Veja sua opinião:
Se alguém me procura e pergunta se deveria aceitar o pastorado de uma igreja que não deseja que ele pregue de maneira expositiva, talvez eu o desestimulasse a aceitar essa posição. Se um cristão me procura e diz que um falso evangelho é ensinado consistentemente no púlpito de sua igreja, provavelmente eu o encorajaria a mudar de igreja.
Por que digo isso com tanta firmeza? Pela mesma razão que desestimularia alguém de ir a um restaurante onde não servem alimentos, mas somente figuras de alimentos. A Palavra de Deus, somente a Palavra de Deus, dá vida! [1]
De fato, existem métodos variados de pregação: pregação em tópicos, pregação biográfica, pregação histórica, etc. Porém a pregação expositiva é a que provem o sólido alimento pelo fato de expor a Palavra de Deus. Expor as Escrituras demonstra submissão total ao Deus da Palavra. Como é maravilho mergulhar num determinado texto, absorver seu conteúdo contextual e poder absorver o ensino e aplicar na própria vida! Não há preço que pague tamanha refeição.
Minha esperança é que o pastor que leia este ensaio se desperte para a pregação expositiva. Desta forma a autoridade da pregação sempre começa e termina na Escritura. Sempre! Não devemos nos enganar, igrejas cujo eixo não é a Palavra (existem igrejas onde o louvor é o centro do culto, ledo engano) tendem a superficialidade. Antes que os “levitas” [2] me apedrejem, reafirmo a necessidade do louvor, porém a Palavra de Deus é o foco do culto. A igreja não deve estar edificada sobre a música, mas sobre a Palavra.
E vou além: nossas canções precisam de base bíblica profunda. É duro constatar um sermão profundamente bíblico e expositivo, porém regado a canções centradas no homem para que ele se sinta bem, prosperando “para direita, para esquerda” e por aí vai.
Bíblia, maravilhosa Bíblia
A teologia bíblica é o norte que nos garante o caminho certo. Quando se desvirtua a centralidade da Palavra, tende-se a migrar para caminhos ermos. Tende-se a correr atrás de um horizonte utópico, como certo pensador falou acerca de algo profundamente bíblico e absolutamente verdadeiro.
Em nossos dias, onde a pseudoteologia dos neopensadores tenta a todo custo derrubar a teologia, falar em sã doutrina é visto como insanidade, intolerância, pensamento na caixinha.
Quero incentivar o leitor a ir um pouco além. O cristão de nossos dias não se sente motivado a estudar sobre doutrinas centrais da fé cristã. O ambiente é tão hostil, tão modificado, que soa estranho (e sinceramente, as vezes me sinto um dinossauro) quando incentivo alunos e leitores ao estudo sistemático das Escrituras e ao estudo – ao menos superficial – de matérias teológicas.
Aquilo que até pouco tempo atrás era fundamental e verdadeiro, foi travestido de pensamento bitolado pelos dirigentes dos Coliseus eclesiásticos. E viva a farra do “pão e circo”.
A Bíblia é incisiva ao alertar que o ensino correto deve ser aplicado na igreja. Não fui eu que inventei isso, mas é alerta da Palavra. Tomemos por exemplo a exaustiva insistência de Paulo para Timóteo e Tito (leia as cartas, são curtas e profundas). A insistência de Paulo na questão doutrinária é impressionante, um verdadeiro megafone para a igreja de hoje.
A pregação expositiva, em aliança com a teologia bíblica, fará toda a diferença. Deixo as palavras sábias de um mestre nas Escrituras, Lawrence Richards, que de certo modo é uma bela aplicação sobre tudo que foi dito até aqui:
1) Conhecer a verdade , estar comprometido com a sã doutrina, precisa nos levar à santidade de vida, ao autocontrole, à reverência etc.; 2) Não se espera somente que a verdade tenha um grande impacto sobre a nossa vida, mas que a vida esteja em harmonia com a verdade. Nossas boas obras precisam refletir nossas crenças; 3) É a verdade que produz o estilo de vida marcado pela santidade, e não o contrário. Ser uma “boa pessoa” não leva o indivíduo à verdade. Mas ela, aceita e aplicada, produz a santidade em nós. [3]
Não seja apenas um “revoltado com o sistema”. Precisamos ser mais práticos neste momento e tentar melhorar o quadro, ao menos com alertas na neblina. É nosso dever.
Oremos pela igreja para que os pastores se voltem para as Escrituras e para que nossos irmãos em Cristo busquem esse compromisso. Ainda há esperança.
Pão e circo, não. Pão da vida, sim (Jo 6.35).
NOTAS
[1] DEVER, Mark. O que é uma igreja saudável? São José dos Campos: Editora Fiel, 2009. p.56
[2] “Levitas” estão em aspas, pois, biblicamente falando, em nossos dias, o ofício levítico simplesmente não existe. Os que usam o título para si o fazem por ignorância ou propositalmente. A pregação expositiva é um remédio para tratar tamanho equívoco.
[3] RICHARDS, Lawrence. Comentário bíblico do professor. São Paulo: Editora Vida, 2004. p. 1124-25
Em NAPEC
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